sábado, 14 de março de 2009

RUMO À SENHORA DA ASNEIRA - 3

Foto 4 - Escadaria Nobre de acesso ao Terraço
do Portal da Virgem


Foto 3 - Escadaria de acesso ao Terreiro da
Sala do Capítulo inacabada


Foto 2 - Escadaria de acesso ao piso superior
da Torre da Condessa, a partir do 1º
patamar



Foto 1 - Vista geral da escadaria da Torre da Condessa


Vimos, nas duas peças anteriores, que parece haver indefinição, por parte da autarquia, em relação aos projectos a mandar elaborar para a Cerrada do Cães, a Mata do 7 Montes e os acessos pedonais, dentro e fora desta antiga Cerca Conventual. Vimos, também, que havia algum receio de que ousassem introduzir o trânsito automóvel na Mata, hipótese que afinal parece que nunca existiu. Concluímos a tentar demonstrar que o mais fácil acesso pedonal ao Convento, através da Mata, pelo Portão dos Arcos ou do Lagar, é igualmente o mais longo, bem como a afirmar que a autarquia prefere o acesso pela Torre da Condessa, que consideramos uma má escolha. Vamos agora tentar explicar os motivos que nos levam a considerar o acesso pela Torre da Condessa, como opção prioritária, um erro crasso.
Desde meados do ano passado que a Câmara de Tomar vem advogando a necessidade de uma ligação forte da Cidade ao Convento, através da Mata. Organizou até uma célebre passeata "Da Cidade ao Convento pela Porta do Sangue", só para um escol de convidados, durante a qual houve pelo menos um incidente, e que acabou por passar pela Torre da Condessa . Citamos este facto, aparentemente sem importância, porque demonstra várias coisas: a) - o indispensável "trabalho de casa", ou preparação prévia, não teve lugar; estavam convencidos que era possível passar pela Porta do Sangue ou da Almedina; b) -o presidente Paiva, cuja obstinação é conhecida, já tinha escolhido: seria por ali e por mais lado nenhum; c) - na ignorância epistemológica (desculpem o palavrão, mas não conheço outro) dos fundamentos que determinaram tal opção, trata-se apenas de mais uma decisão do tipo "quero, posso e mando", inaceitável numa sociedade aberta.
Olhando atentamente para as quatro fotos que publicamos, vemos exactamente aquilo que os assessores do nosso ex-autarca lhe deviam ter mostrado, antes de ele ter optado, ou para fundamentar o indispensável mudança de opinião. Realmente, enquanto o acesso pelo Portão do Lagar não comporta qualquer desnível em degraus, este da Torre da Condessa é bastante fértil nesse aspecto. Começa logo pelo íngreme escadaria até ao pomar, que agora ocupa a antiga Almedina, continua com a igualmente íngreme escada do pomar até ao terreiro da Casa do Capítulo inacabada, terminando com a escadaria renascença até ao Terraço da Virgem. Será este um bom percurso para peões, sobretudo para os séniores, que são os mais disponíveis para viajar e visitar? E para as cadeiras de rodas? É claro que não! Há os ascensores e as escadas rolantes? Pois há sim senhor! E vão fazer as respectivas instalações, sem destoar, onde? Será tudo isto prioritário? Ou simples mania de novos-ricos, deslumbrados com os fundos comunitários? Qual o papel da ganância no meio disto tudo?
O actual presidente, que todos consideram uma boa pessoa, sensível e culta, comprometeu-se a respeitar as opções do seu antecessor no cargo. Mas Fernando de Sousa não é um "tomareco", daqueles que ao fim de meia dúzia de anos cá, já se proclamam mais tomarenses que os próprios nabantinos de nascença. Fernando de Sousa é tomarense, nascido à sombra tutelar do castelo templário, e mesmo ao lado da igreja de S. João, o que lhe coloca uma gravíssima responsabilidade sobre os ombos -o respeito pelo nosso passado, pelo bom gosto e pelo bom senso. Sendo evidente que a escolha da Torre da Condessa, como ligação prioritária, é um erro monumental, só nos resta uma esperança -que o nosso autarca tenha a coragem de mudar de cavalo de batalha. Apesar dos compromissos assumidos.

17 comentários:

Rui Ferreira disse...

eh.eh, eh!!

Anónimo disse...

O amigo Rui vai desculpar que lhe digamos nada ter percebido da sua hipótese de comentário Qual é a ideia?

Pessoal da pesada.

Rui Ferreira disse...

Cito a wikipédia:
«Eh, Eh», som onomatopeico que significa um riso sarcástico. Contraposto pelo «ah ah», que é um riso espontâneo, divertido.

E não é uma hipótese é mesmo uma teoria que eu tenho!

Anónimo disse...

Acho incrível que se use e abuse destes temas ligeiros como os acessos ao convento, o arranjo da Cerrada, a transformação da Mata e outras "mariquices". Parece que em Tomar não há problemas de maior, pelo que os arranjos florais estão na ordem do dia!!!

Estarão deliberadamente a tentar esconder-se os problemas sociais que a cada dia que passa recaem sobre esta terra?
Há notícias de que a Caritas denunciou um aumento em flecha de famílias a necessitar de ajuda, devido ao desemprego cada vez maior, precaridade do trabalho e encargos cada vez mais ferozes, a atirar as pessoas para a penúria! A Platex que é o último reduto industrial do concelho, pelo menos digno desse nome, com um quadro de pessoal que pelos vistos, pelo que já li, chega quase aos 250 empregados, deixa perceber os primeiros sintomas de grave crise que pode acabar da pior maneira, atirando para o desemprego uma quantidade de gente suficentemente importante para causar uma enorme mossa na economia da região!

E face a estas perspectivas andam os senhores doutos administradores e "partenaires" deste blogue a entreter o tempo com tretas paisagísticas!
É esta a vossa visão da comunidade a que pertencem? Estão assim tão distanciados dela que não vêem mais? O vosso bem estar social - provavelmente construído com uma bela reforma pública atribuída em plena idade activa - cega-vos e tornou-vos egocêntricos? São estes os reais prtoblemas do concelho, os que vocês retratam nas vossas belas fotografias?
É com isto que se entretêm? Com isto e com pequenas tricas de baixa política concelhia protagonizada por gentinha de qualidade duvidosa, na sua esmagadora maioria, para desempenhar um cargo público?

Claro! Quão importantes são os vossos temas!!! Devem sê-lo pois vocês saltam que nem pulgas se alguém intervem com frases menos elogiosas, menos "correctas", menos "à façon"...

Vão-se catar! se vocês tivessem alguma vez na vida passado por alguma provação - não estou a falar duma dor de dentes ou duma unha encravada - não seriam tão superficiais!

CRESÇAM! TORNEM-SE ADULTOS! NÃO TENHAM O UMBIGO TÃO GRANDE!

Rui Ferreira disse...

Para a Cáritas eu já dei!
O Anónimo também?
Procuro TODOS OS DIAS ajudar o próximo, o anónimo também?

Se sim, estamos a fazer um mundo melhor! Se não, ajude também e deixe-me, nos tempos livres, falar ou comentar as mariquices que me apetecerem, ok?

Anónimo disse...

À vontade! Cada maricas com a sua tara!
SIRVA-SE!!!

Sebastião Barros disse...

Para anónimo de 14/03, em 16:47:

Antes de mais, deixe-nos agradecer o seu encorpado comentário obreirista, dado que ele é um perfeito produto do tempo que atravessamos. Estamos num país do sul da Europa (julgamos nós, porque os do norte do continente acham que ele termina nos Pirinéus) e nesta área geográfica é habitual considerar que o facto de se falar num assunto corresponde a resolvê-lo.
No seu caso, as 11 e meia da noite de sábado não serão porventura a hora mais adequada para considerações sócio-económicas. Dito isto, vamos ao tutano da questão.
1 - Respeitamos e encorajamos a liberdade de expressão, em prol da qual nos batemos em tempo útil, quando era realmente difícil e pouco saudável. 2 - Não recebemos lições de cidadania dadas por anónimos, posto que já conhecemos a fome, a miséria, o frio, a prisão, a guerra, a emigração, a discriminação, a repressão, o racionamento, o desprezo, e por aí adiante. Numa palavra -Vivemos e temos mundo. Será o seu caso? Permita-nos a dúvida, pois caso fosse, escreveria de outra maneira. Mais ponderada, mais tolerante, mais fraterna, dando a quem lê o benefício da dúvida. Considerando que os nossos interlocutores, por muito que se esforcem,estarão sempre numa posição física oposta, ou pelo menos diferente da nossa, não podemos estranhar que vejam as coisas de ângulos diferentes.
3 - Claro que há problemas sociais gravíssimos no nosso concelho. Conhece algum concelho,ou algum país, que os não tenha tão ou ainda mais graves? Se acha que estamos trilhando pistas erradas, seja proactivo -indique-nos qual o caminho ou caminhos a seguir, porquê, para quê e com quem. Depois logo lhe diremos algo.
Andamos a entreter o tempo com tretas paisagísticas, como escreveu, porque, nesta questão do Covento e da Cerca, estão em causa no mínimo três milhões e meio de euros, dos contribuintes portugueses e europeus, pelo que tentamos evitar, na medida das nossas possibilidades, que se cometam mais erros do tipo do estádio, do pavilhão, da ponte do Mouchão, da Ponte do Flecheiro, da Rotunda Cibernética,do Parque de Campismo, etc. etc.
Está natualmente no seu direito de discordar. Todavia, se aceitar fazê-lo num tom mais calmo e consensual, ganharemos todos.
Aceite as nossas saudações cordiais.

Tomar a dianteira

Anónimo disse...

Já percebi que você, sebastião, ou é lerdo ou estúpido! E sobretudo encaixa no perfil dos bem aconchegados da vida que eu referi, e aos quais a vida real passa ou sempre passou ao lado.
É evidente que não menosprezo o afã com que se tratam os assunto ligados á cosmética da cidade. Simplesmente evidenciei o facto de haver problemas bem mais graves no concelho, como aqueles que referi, a que vocês não dão o mínimo de relevância, nem um segundinho que seja de espaço nesta treta de blogue. E porquê? pelo que já disse! Estão bem na vida, o sector produtivo é que vos alimenta, vocês nem sequer têm sensibilidade para perceber a aquidade desses problemas para reflectir sobre eles, muito menos para promover discussão.
Os vossos dias passam lânguidos, manhã, tarde, noite...e por aí fora.
Mas, claro! Você apressou-se a vir temperar-me com epítetos que julga que me ofendem! Puro engano! Vindo donde vêm, tal como espeava, são medalhas!
Olhe, para rematar o assunto de uma vez por todas suprima o meu comentário...mostre quem manda! E reserve a sua prosa pseudo-académica para si. Alimente o seu narcisismo!

BOA TARDE

Tomar, 15 de Março de 2009 pelas 14:17H

Rui Ferreira disse...

ah valente!!

2 e tal da tarde.

Anónimo disse...

Ainda não percebi muito bem o que fazem estes administradores do blogue. Existe uma discrepância enorme entre a hora real e a hora mostrada nos comentários.
Ainda não perceberam que é necessário corrigir?

Anónimo disse...

Ó Rui, ainda não são horas da pica?

Rui Ferreira disse...

não percebi!!

Sebastião Barros disse...

Agora já se entende melhor onde é que lhe dói! O seu texto transpira pretensa superioridade moral e jorra raiva contra os "improdutivos". Conceitos de outro tempo, tal como a sua ideologia. Apodar filhos de gente analfabeta de "gente que está bem na vida e a quem os dias correm lânguidos..." só de funcionários e/ou militantes de determinado partido, que não menciono para respeitar a memória do meu pai.
Já agora diga-nos uma coisita singela: Afinal quais são as suas credenciais, que lhe permitem ser acusador agreste de quem nunca lhe fez nem fará mal algum, mesmo se o vier a conhecer, o que nos parece altamente improvável? Tristes tempos estes em que o anonimato substitui, com muita vantagem e conforto, os martírios da clandestinidade.
Haja saúde e paciência!

Anónimo disse...

Picou-se, Barros? Claro, o conceito "improdutivo" é doutros tempos, não de agora. Não vamos beliscar-nos a nós mesmos, não é?
E essa de ser muito improvável que venhamos a conhecermo-nos é alguma ameaça? Olhe que eu passo por si muitas vezes, quase ombro a ombro...

Anónimo disse...

Peço perdão por ter sido pouco claro. Nunca agredi ninguém fisicamente, não tenciono começar agora. Apenas pretendi dizer que se você quisesse que nos conhecêssemos, não usaria o respaldo do anonimato. Só isso. Continue s escrever que nada lhe será cortado, enquanto respeitar o contexto, não usar palavrões despropositados, nem ofender deliberadamente os leitores.

Anónimo disse...

Você continua a brandir a questão do anonimato! Você lá sabe! Mas eu também sei que o anonimato é a condição "sine qua non" para se intervir neste blogue!
Se em alguma ocasião acha que essa condição é perniciosa então elimine-a e obrigue a quem quer que seja que deseje intervir o faça após login verdadeiro.
Para mim não há "esconderijo" atrás do anonimato. Ser-se anónimo nesta situação é o mesmo que assinar com pseudónimo! verdadeira identidade está camuflada e, pior que isso, pode ser adulterada, isto é, eu posso escrever as asneiras que me ocorrerem e assinar por baixo com o nome de alguém a quem não deseje propriamente boas venturanças...não acha?

PS- Eu também não quis inferir uma situação de confrontação física quando digo que passo por si quase ombro a ombro. Não desço a esse nível. Há coisas pelas quais não vale a pena perder tempo...

Anónimo disse...

Posto isto só tenho a dizer que não volto a contestá-lo, sr. Barros. Não vale a pena bater no ceguinho!
Continue para aí a espraiar a sua sapiência! Há uns que gostam de se ouvir, outros gostam de se ler. Tiques narcísicos!

BEM HAJA E ATÉ SEMPRE.