terça-feira, 10 de março de 2009

RUMO À SENHORA DA ASNEIRA - 1



António Rebelo


Quem vive por estas bandas há muitos anos, já terá decerto notado que, pelo menos num aspecto, a situação tomarense não mudou nem com nem depois do 25 de Abril. Refiro-me ao relacionamento dos autarcas com os seus eleitores, directamente ou por intermédio da comunicação social. Tanto faz fazer críticas, como simples reparos, alvitres ou pontos de vista. Não ouvem nem lêem. Ou então fazem ambas as coisas, mas depois não agem em conformidade. Devem ser efeitos do conhecido tique autoritário dos políticos, que os leva a considerarem que eles é que foram os escolhidos, portanto eles é que sabem. Os outros só querem é incomodar, dar nas vistas, obter benesses, ou posicionar-se. Está mal e não é nada bom para uma democracia que se deseja saudável.

Habituados, de facto, ao quero posso e mando, acostumados nos últimos 20 anos à conivência tanto da opinião pública como da publicada, resultante da retirada dos usuais escrutinadores, cansados de falarem e/ou "escreverem para o boneco", aumentaram o seu real desdém por quem ousa fazer reparos. Ousaram até praticar o quase impensável -apresentaram-se à votação sem planos coerentes e que não envergonhem tal designação. Desde então têm caminhado de improviso em improviso, rumo à senhora da asneira. Abundam os exemplos, da ponte do Mouchão ao Parque T, passando pelo Pavilhão, pelo Campismo, ou pelo paredão da Borda do Rio, pelo que não adiantaria alargar-me.

Com a aproximação das eleições, tem-se falado muito ultimamente da necessidade de uma "ligação forte" (a expressão é do actual presidente) entre a cidade e o Convento. Conforme já demonstrei anteriormente, numa série de artigos publicados em Cidade de Tomar durante o ano passado, o cada vez mais evidente marasmo tomarense não resulta do facto de os que visitam o Convento não descerem à cidade, mas de vários outros factores, como por exemplo acolhimento, preços, qualidade, variedade, originalidade, promoção, persistência. Sem contar que muitos turistas vêm e visitam a cidade, sem grandes resultados palpáveis... De qualquer forma, ninguém põe em causa que é urgente reparar as multicentenárias Calçada dos Cavaleiros e Calçada de S. Tiago, (foto), que bem precisadas estão. O mesmo acontece com o parque de estacionamento da Cerrada dos Cães, que também está num estado lastimável, que a todos envergonha, ou com a Cerca.Foi por isso com alguma esperança que li no tal documento, mais ou menos prospectivo, "Tomar 2015", haver a intenção de "requalificar" o referido estacionamento. Mais tarde, soube que era igualmente questão de melhorar a ligação cidade/Convento pela antiga Cerca. Debalde procurei mais informações. Apesar de múltiplas tentativas nesse sentido, apenas consegui apurar que se tratava, basicamente, de arranjar maneira de financiar, de forma indirecta, colectores pluviais, domésticos e calhas técnicas, tudo formando um enorme tridente, com a base na Cândido Madureira, o braço direito na Estrada do Convento, o braço esquerdo na Estrada de Paialvo e a haste central na Mata dos Sete Montes. Mas projectos, planos, nem vê-los. Parece que estavam (e estão?) a ser elaborados.

Quando li, nos jornais locais, que se tinha conseguido um acordo prévio de associação entre o IGESPAR (Convento), o INCN (Mata), CMT (Estradas e caminhos) e UE (Verbas do QREN), pensei para comigo, de acordo com o velho ditado, "muita gente junta..." Pois bem dito, bem feito. Ainda os projectos (ou será só um, com diversas partes?) não estão concluídos, tanto quanto se sabe, e já a entidade responsável pela gestão da Mata fez saber que tudo muito bem mas verbas não dão, porque não têm cabimento orçamental. Está bem dito, não está? E lá se vai a prometida requalificação da velha Cerca.

Mas a autarquia não desistiu perante este primeiro malogro. Haverá mesmo uma forte ligação ao Convento através da Mata. No próximo texto tentarei mostrar aquilo que, na minha modesta opinião, está correcto, bem como aquilo que nem tanto, e porquê.

18 comentários:

Anónimo disse...

mais importante que a ligação da Mata ao Castelo é a ligação da Cidade ao mesmo pelos diferentes acessos, sobretudo a Calçada de Santiago..

Anónimo disse...

Posição do PS, sobre a "Estratégia da Câmara até 2015 (Programa Integrado de Valorização Urbana), do blogue www.tomar.psdigital.org

DECLARAÇÃO PARA A ACTA

Sobre o documento em apreço, é preciso uma vez mais referir que ele foi erradamente apresentado, uma vez que o mesmo aconteceu publicamente como um facto consumado, antes de vir a esta câmara.
É um plano feito à medida para justificar algumas obras, feito apenas porque é obrigatório para poder concorrer aos fundos, e feito já com atraso, especialmente quando comparado com os concelhos que com Tomar mais directamente competem, em especial na triangulação com Abrantes e Torres Novas.
É também, e não pode deixar de ser dito, um documento que facilmente um aluno do nosso Instituto Politécnico faria como trabalho para ter uma nota, e no entanto sem grande trabalho deu a outros muitas notas.

É ainda, infelizmente, objecto a ser levado com pouca seriedade, pelas razões que passo a explicar:
Baseia-se em vários juízos errados, faz ao longo do seu texto diversas análises e considerações meramente especulativas, frases redondas ou gastos chavões que nada querem dizer, ou que são mesmo muito discutíveis. Frases como: “consolidada esta transformação, Tomar é hoje, uma cidade em afirmação, recuperando protagonismo social, cultural, económico e urbanístico”, ou Tomar evidencia hoje “uma vitalidade patente em vários indicadores demográficos, económicos e sociais, comparativamente com as restantes cidades portuguesas” ou, melhor, que “o centro tradicional da cidade continua a deter um forte dinamismo populacional e um intensa vivência urbana”! Se não fossemos nabantinos talvez pudéssemos ler com desapego afirmações como estas, mas sendo-o, e nesta terra residindo e dela sentindo as suas agonias, temos de nos questionar sobre o que em verdade isto poderá significar e qual a sustentabilidade e comprovação de tais afirmações, pois dinamismo ou intensas vivências são predicados pouco sentidos de há tempos em Tomar.

Há no entanto alguns pormenores dignos de observação, e que enuncio, como o facto de admitir entre linhas, várias vezes, algo que a esta câmara muitas vezes tem sido difícil ou totalmente impossível – que o passado do concelho e da cidade foi mais brilhante e bem sucedido que aquilo que o presente vai demonstrando, assim como uma leitura atenta que ignore as já referidas frases vãs, mostrará que, quanto aos investimentos mais recentes e em concreto os referentes ao programa Polis, eles não foram mais que pouco prioritários ou fiascos.

Acaba, também, por demonstrar outros fracassos que são com menor ou maior responsabilidade, do município e deste seu órgão executivo que é a câmara municipal, como no caso da “progressiva desvalorização da zona histórica”, na “desqualificação nas acessibilidades/ligações entre o sistema rodoviário concelhio e o sistema rodoviário regional”, ou nesta frase mais do que expressiva e que se comenta a si mesma: “o estado desqualificado em que se encontram as ruínas do Forum Augustano de Sellium são a expressão da forma negligente como este valioso património tem sido tratado”. Admite ainda, por exemplo, que o desemprego é em Tomar maior que a média nacional.

O documento apresenta ainda vários erros ou imprecisões, como o de referir que o IC9 ligará Nazaré a Ponte de Sôr, quando há muito se sabe que ele não continuará além do IC3 em Tomar, ou este mais interessante ainda que é o de afirmar-se que na Zona de Intervenção existem diversas “infra-estruturas turísticas que correspondem a alojamento turístico destacando-se o parque de campismo, situado junto ao Pavilhão Municipal”! De facto haver havia, mas será que este documento foi concluído antes de 2003?!

Baseia-se em pressupostos que entendo como errados, como por exemplo, concluir que “a vertente cultural é bastante valorizada na cidade de Tomar” por análise das despesas quando o que seria relevante aferir seriam os resultados, como números de espectadores/participantes ou cidadãos atingidos por essas actividades, bem como da qualidade ou pertinência das mesmas para essa vertente cultural. Tal é feito também, quando se descrevem intervenções anteriores e os seus custos, mesmo que alguns deles duvidosos, mas não se analisa a pertinência, os resultados e a contribuição para uma estratégia de futuro desses ditos investimentos. Aliás, essa filosofia de dar primazia aos gastos ao invés dos resultados, é também apanágio desta câmara.

Faz-se por diversas vezes referências à Monitorização e Sensibilização Ambiental bem como à construção do Centro de Interpretação e Monitorização Ambiental, que todos conhecemos por Casa dos Cubos, e seria bom que alguém explicasse afinal o que quer isto dizer, e o que para tal tem sido feito, para que não nos sentíssemos todos enganados.

O documento faz igualmente eco de alguns errados lugares comuns desta câmara, condizente com aquela portuguesa mania de pretensiosismo nas palavras, como o denominar como museu um conjunto de espólios que em verdade não são museus, uma vez que a única entidade portuguesa competente para o efeito, o Instituto Português de Museus, ainda não os reconheceu como tal. Isto é importante, porque numa cidade que se diz querer ter como vértices de desenvolvimento a cultura, o turismo e o consequente turismo cultural, e apesar da certa qualidade desses legados, não houve ainda competência para conseguir reconhecimento formal de qualquer museu em Tomar.
Assim, se consideramos como museus todo o aquilo que nos apeteça dessa forma denominar, teremos também de nos lembrar do Museu do Caniçal, do do Rancho Etnográfico de Alviobeira, e já agora, de todas as nossas colecções particulares!
A par com isso, continua-se a denominar erradamente algumas situações, como a insistência em dizer que as obras do pavilhão municipal foram uma remodelação, quando todos sabemos que foram a construção de algo novo.

Depois, os planos desenvolvidos pela autarquia devem ter uma base de princípios e factores comum, e não deixa de ser estranho que, por exemplo ao nível da educação, este plano apresente dados divergentes dos que serviram para a Carta Educativa há poucos dias aprovada pelo PSD na Assembleia Municipal de Tomar.

Por outro lado, não deixa de ser interessante que se reconheça o que todos sabemos e que há muito o PS afirma, aliás, não o podendo ler no programa eleitoral do PSD, uma vez que ele não existiu, estou convicto que foi no do PS que a equipa que elaborou este documento se foi inspirar. Tais como: a necessidade de Tomar se voltar a afirmar como centro de uma região, necessidade da conclusão da circular urbana e de melhorar as ligações da cidade aos IC’s, a necessidade de ligação efectiva e vivenciada entre o complexo monumental do Convento de Cristo e a cidade, a necessidade de recuperação e melhor rentabilização de espaços como a Sinagoga ou o Fórum Romano, a necessidade de promover e rentabilizar o centro histórico e para ele olhar como um todo, ou ainda que em Tomar há apesar de tudo, oferta hoteleira em débito.
É ainda mais interessante que o documento afirme que o Mercado Municipal é uma “âncora comercial do centro da cidade, com enorme atractividade”, quando todos sabemos o quanto esta câmara tem procurado extingui-lo. Diz-se também, que se deve desincentivar o uso do automóvel, quando em verdade não é o que se verifica, por exemplo na filosofia inerente às obras ditas de requalificação que se têm operado no centro histórico.

Mas, a razão fundamental pela qual afirmo que este documento não é para ser levado a muito a sério, tem a ver precisamente com o fim a que se destina, a candidatura a fundos do QREN. Estes, lamentavelmente, apresentam-se com forte probabilidade de vir a ser mais uma oportunidade perdida para Tomar, uma vez que os principais critérios de elegibilidade são as parcerias público-privadas, os projectos supra-municipais, bem como os que se enquadrem em filosofias de Desenvolvimento Sustentável, e também Mobilidade Urbana Sustentável, ou em consonância com outras políticas nacionais e comunitárias, como a Promoção da Igualdade de Género ou a Inclusão Social e Igualdade de Oportunidades, critérios que este plano pouco ou nada apresenta. Ele usa aliás, na tentativa de disfarçar essa realidade, argumentos que nos podem até deixar embaraçados, como aquele que, depois de traduzidas as palavras, diz que se promove a Igualdade de Género ao potenciarmos maior abertura de lojas no centro histórico.

Em todo caso, como essência, o que importa concluir é que, se este como outros, são documentos que a câmara entende fundamentais, é importante que eles surjam da participação que o próprio documento refere, e não como assuntos fechados, quase escondidos, e normalmente urgentes por estarem já em atraso.

Tomar, a 14 de Abril de 2008, O Vereador
Hugo Cristóvão

(AFINAL SEMPRE HÁ QUEM TOME POSIÇÕES CONSISTENTES NA AUTARQUIA SOBRE OS TEMAS EM DISCUSSÃO!)

Anónimo disse...

SANTA IGNORÂNCIA.

Reparem as opções que têm para governar a Câmara Municipal:

PSD - Corvelo e em 2º o Carrão;

PS - Becerra e em 2º o Cristóvão;

IPT - Marques e em 2º o Simões.

Os outros não contam.

Digam-me, nisto onde está a diferença?
Qual das três listas tem novidade?

Como temos de optar, respondam com honestidade qual delas merece o nosso voto.

Anónimo disse...

O Pedro Marques irá acompanhado por uma mulher (de grande categoria) e, quem sabe?, pelo Ivo.

Isso faz toda a diferença e, como temos de optar, respondam com honestidade, vai merecer o voto dos eleitores Tomarenses.

Anónimo disse...

O Ivo, conhecido como é de dizer que sim a tudo e não ter coragem para nada, vai na listinha do corvelo em numero 4 ou 5 e, não sendo eleito, vai continuar à espera de melhores dias, que nunca hão-de chegar.

Se o anónimo anterior fala da Professora Luisa do Pranto, tire o cavalinho da chuva, que ela já está comprometida com outra gente.

Só alguém muito tonto é que aceita integrar a equipa de pedro marques e a Profª Luisa não pertence a esse grupo.

Estão a vê-la misturada com o artista do José Soares ou do Jorge Cosme? Claro que não, que a Luisa é uma pessoa Honesta, com H grande e não se mistura com a ralé.

Anónimo disse...

Sr, António Rebelo,

Para melhor expressar o quanto aprecio os seus posts neste blog, deixo algumas citações das "páginas de jornalismo" de Eça de Queiroz, relacionadas com a política local:
A classe política " neste país, é um grupo exclusivo de homens que parecem ter a verdade oculta, o segredo, a ciência misteriosa de governar, (...) uma certa família de chefes, que a ninguém deixam as insígnias sagradas e a púrpura distintiva. Só eles são os que concebem e os que pensam, os que dão a força e a luz. O povo é excluído dali, a voz das praças desprezada. Os municípios, com a sua individualidade moral, obrigados a velarem pela própria acção, a administrarem os bens peculiares, a animar a ascensão do seu bem, a cortar as fatalidades embaraçadoras da vida positiva, a dissover as dissidências perigosas, a repetir as invasões do princípio autoritário, são uma escola de ideias, de sentimentos, de concepções, uma iniciação da vida política; há ali a lição perpétua dos factos, que organiza a lucidez das inteligências e forma a austeridade dos carácteres, Os municípios, recolhida a sua acção sob saudáveis prescrições, prosperam, dão o robusto instinto da independência e da hombridade, e o feracíssimo hábito da espontaneidade".

O problema surge quando as funções políticas são exercidas, escreve Eça, "por afeiçoados, ensinados e assalariados" dos grandes chefes oficiais e oficiosos.

Porque não publica os seus escritos na imprensa local? Não tem espaço?

Anónimo disse...

Ao anónimo de 10 de Março de 2009 8:55

Tiro na água!!!!!!!!

eh! eh! eh!

Anónimo disse...

Toda a gente a falar em candidatos e segundos e terceiros, mas esquecem-se das pessoas inteligentes e que tem dado alguma coisa à nossa terra! Essas sim, e não uns quantos polticos profissionalizados, que andam todos ao mesmo.

Anónimo disse...

O movimento Independentes pelo Concelho de Alcanena (ICA) vai apresentar listas às próximas eleições autárquicas apesar do fundador do movimento e actual presidente da câmara, Luís Azevedo, já ter anunciado que não se recandidata a novo mandato.

Anónimo disse...

Para anónimo de 10/03, em 09:42:

Obrigado pela citação do Eça, autor que muito aprecio.
Resolvi abandonar a escrita na imprensa local, dados os vários inconvenientes daí resultantes: paginação, cor, dia da semana, vocabulário e insegurança. Imagine que escrevia determinado texto e que decidiam só publicá-lo uma semana depois, alegando falta de espaço. Acharia correcto continuar a gastar espaço do qual parece haver tanta falta nalguns jornais?

Saudações cordiais

A.R.

Sebastião Barros disse...

APELO AOS PARTICIPANTES DE TAD:

Agradecemos o vosso empenhamento cívico, bem como o tom geralmente cordato dos posts. Só é pena que a maioria pouca ou nenhuma relação tenha com a mensagem em discussão. A não ser a circunstância de também se referirem à actuação da maioria PSD. Convenhamos que é pouco.
Sobre a declaração do PS, em linguagem escorreita, mas de estilo peixe-espada, só lamentamos que ainda não tenham entendido que o alegado "Forum Augustano" não passa de um embuste monumental. Como já foi referido na imprensa local, só a "achadora em 2ª mão daqueles alicerces" é que tem sustentado semelhante hipótese, que não é apoiada por qualquer outro facto concreto ou arqueólogo credenciado. Todos aqueles que se referem ao eventual "forum", citam a tal achadora como única referência. Temos de admitir que é pouco, sobretudo quando ocorre que a interessada nunca divulgou, que se saiba, os elementos materiais ou outros em que se terá baseado. Os achados arqueológicos não podem nem devem ser uma questão de fé e/ou de palpite.
Aquele terreno que ali está, sem qualquer uso útil, há mais de 20 tem sido, no nosso entender, uma das causas maiores na retracção dos construtores em relação a Tomar. Conviria, portanto, que o actual PS tivesse a coragem de se adaptar aos dias de hoje, levando em conta a realidade e aquilo que os tomarenses dizem.
Porque vem a propósito citamos um caso semelhante, com desfecho rápido e coerente.
Há cerca de ano e meio, em Coimbra, durante as escavações para a construção do parque de estacionamento na Av Fernão de Magalhães, foram encontradas algumas ruínas, que após estudo se concluiu serem do Convento de S. Domingos, um conjunto com origem no séc. XIII,entretanto "engolido" pelas lamas do vale do Mondego. Submetida a questão ao IGESPAR, este organismo especializado, após alguns meses de análise e ponderação, autorizou a prosseguimento das obras, alegando que "as ruínas encontradas não têm qualquer hipótese de sustentabilidade".
Pergunta-se: As de Tomar têm?

Anónimo disse...

Boa análise, que não desfaz o essencial da posição do PS, através do seu Vereador, que foi em tempo próprio, de forma correcta, fazer notar a sua divergência e sugestão de correcção em relação a uma abordagem e visão, ou falta dela, para o futuro do Concelho, gerido pelo PSD.

Para nuitos dos que criticam o Partido do candidato Becerra Victorino (PS), podem ver aqui um, dos muitos exemplos de como, de forma séria em sem interesses corporativos, se faz política em prol das populações.

Dirão alguns que se trata de propaganda, mas o que é que é certo é que o PS sobre as matérias de relevo, para o futuro do Concelho, tem posições e propostas, discutíveis é certo, mas sempre justificadas pelo interesse público, cumprindo assim a sua obrigação de oposição, que foi para isso que os Tomarenses votaram neles.

Sebastião Barros disse...

Para a malta do PS/Tomar, em 11/03 6:20:

Ainda bem que decidiram responder. Assim cá o pessoal tem ocasião de despejar o saco, com o pretexto de vos esclarecer.
É claro que nunca houve qualquer intenção de demolir a argumentação de quem quer que seja, salvo naqueles pontos em que manifestamente não estão, na nossa opinião, a encarar e/ou solucionar os problemas de modo conveniente.
Em concreto, ao questionarem as propostas e opções da maioria PSD, os membros da oposição apenas cumprem a sua obrigação principal, e nada mais. Não existe, por isso, qualquer motivo sério para se vangloriar, ou coisa parecida.
Aqui no blogue estamos convencidos de que, com a participação empenhada dos tomarenses, vai ser possível inverter a nossa triste marcha rumo ao abismo. Se assim não fosse, nem valeria a pena perder tempo a criticar. "Perder tempo com ruins defuntos", diz o povo.
Sobre o PS/Tomar, em particular, opinamos que se trata de uma situação grave. Por dois motivos principais, naturalmente ligados:arrogância não assumida e desconhecimento da realidade no que se refere ao chamado universo eleitoral. Arrogância não assumida, porque não se cansam de proclamar alguns grandes príncípios (ética, honestidade, pessoas de bem, bons costumes), mas nem sempre os praticam. E isso consta logo, porque somos uma microcomunidade política. Pior aínda, nunca se lembraram, ou pelo menos nunca mencionaram, outros grandes princípios, igualmente fundamentais -fraternidade, igualdade, humildade, realismo, autocrítica, etc.
Falta de realismo, ou desconhecimento da realidade, o que vem a ser o mesmo, porquanto ainda não conseguiram perceber que, por muito bem que trabalhem, as vossas mensagens não passam. Praticamente ninguém vos ouve, embora alguns finjam o contrário por interesse. Porque vocês não têm nem carisma, nem leaderchip, nem credibilidade. Situação que se agravou com a candidatura PS de 2005. Há candidaturas que são uma ofensa aos eleitores. Que nunca o dizem aos interessados, mas também nunca esquecem.
Para que tenham um termo de comparação: Sócrates e o PS contarão com o nosso voto, nas europeias e nas legislativas, que ganharão. E fazemos votos para que tenham maioria absoluta. Porque somos socialistas praticantes, mas não filiados? Porque Sócrates está a governar bem? Nada disso. Sobretudo porque o actual primeiro-ministro é credível, tem carisma, capacidade de liderança, estuda os dossiers, sabe defender as suas opções, sabe o que quer e não envergonha o país quando se desloca ao estrangeiro. Pelo contrário, a oposição no seu conjunto, é aquilo que todos vemos. Não tem credibilidade, nem capacidade de mobilização ou de liderança, não tem propostas credíveis, que os eleitores possam sufragar maioritariamente. Por isso limitam a atacar Sócrates de esguelha, com questões como os seus pretensos hábitos sexuais, ou o caso Freeport. Bem dizem os chineses: quem não tem cão, caça com gato.
Aqui em Tomar, a situação é quase a oposta: o PS/Tomar é que, aos olhos da maioria do eleitorado, não tem classe, não tem carisma, não tem categoria, não tem credibilidade, não tem peso político, não tem substância. Por isso as mensagens não passam e a situação não dá mostras de se alterar. O PS/Tomar só se safa de ser um desastre completo, em termos de opinião pública, porque o PSD/Tomar também anda pelas ruas da amargura. "Parecem três bêbados a mandar bocas", diz-se por aí à chucha-calada, para ilustrar a paisagam política tomarense, incluindo os IpT.
E assim sendo, aqui do blogue, se nada de substancial se alterar, ninguém votará em nenhunm partido nas autárquicas.
Escutem a opinião pública, porra!!!

Anónimo disse...

E além disso o Diz não deixa!

Anónimo disse...

Solução portanto?

Deixar que o PS possa ser entregue a gente esclarecida, com leaderchip e competência, que se deduz não existir por lá?

Então mas não estão abertas, sempre as inscrições?

Quem se achar melhor que dê o passo em frente e assuma-se.
Saia do armário e diga e demonstre que sabe e pode fazer melhor. Concorra e ganhe, primeiro lá dentro e depois demonstre cá fora a credibilidade que diz ser necessária.

se não o fizer, continuamos na mesma: apenas maldicência e nada mais. (Ou será dor de cotevelo?)

Anónimo disse...

A Dra. Anabela Estanqueiro (PS), apresentou na última Assembleia Municipal, a seguinte RECOMENDAÇÃO:

Considerando que:
- Os jovens se sentem inseguros e receosos quando frequentam a noite em Tomar, em virtude da onda de violência de que esta tem sido palco, sobretudo na zona dos bares de diversão nocturna;
-Esta violência tem sido desencadeada a grande maioria das vezes por alguns jovens com alguma dificuldade de inserção;
-Que nos desacatos que se têm vindo a repetir na noite tomarense são utilizadas armas brancas e tacos de basebol ;
-Em virtude desta insegurança que se faz sentir na noite em Tomar, os jovens residentes neste concelho vêm-se obrigados a deslocarem-se para os concelhos vizinhos, preferencialmente para Torres Novas, onde a diversão nocturna é pacata, com todas as desvantagens que tal deslocação acarreta, não só em termos de perigos associados à sinistralidade rodoviária, como em termos do continuado e persistente afastamento da camada jovem do concelho de Tomar;
-Existe um instrumento legal- a Lei 33/98 de 18/07- que prevê a criação de uma entidade de âmbito e iniciativa municipal, designada conselho municipal de segurança, que tem por objectivo formular propostas de solução para os problemas de marginalidade e de segurança dos cidadãos no respectivo município e proceder ao levantamento das situações sociais que, pela sua particular vulnerabilidade, se revelem de maior potencialidade criminógena e mais carecidas de apoio à inserção;
Recomenda-se que:
- A Câmara Municipal, ao abrigo da legislação em vigor, se proponha criar o Conselho Municipal de Segurança, de forma a serem tomadas medidas imediatas de actuação e de combate à violência e à criminalidade em Tomar.


Esta foi LIMINARMENTE recusada pelo PSD.

Anónimo disse...

As recomendações NÃO SÃO votadas e com esta aconteceu isso mesmo!

Na discussão foi CONTESTADA pelo PSD.

Estes problemas sérios devem ser tratados com distanciamento, de forma serena, sem paixão e com seriedade.

Actue-se na vertente económica, da social, dê-se autoridade a quem a deve ter (o exemplo vem de cima) e vão a ver que a criminalidade diminui exponencialmente.

Anónimo disse...

Para 11/03, 11:04:

Olhem lá, vocês estão mesmo a ficar cegos e surdos, ou quê? É-vos pedido que ESCUTEM A OPINIÃO PÚBLICA. Para quê simular que não leram? Será porque não vos interessa escutar? Porque já sabem o que iriam ouvir? Já não sabem ler nem ouvir?
Bem diz a voz do povo: Não há pior cego do que aquele que não quer ver, nem pior surdo do que aquele que não quer ouvir. Depois queixem-se e inventem explicações para o previsível descalabro. Afinal, a morte arranja sempre uma desculpa. É exactamente por isso que morremos todos. Ou será o inverso?