quarta-feira, 24 de junho de 2009

CADA VEZ MAIS MAIS PALPITANTE

António Rebelo

Ora aí está! A situação política local continua a aquecer! E de que maneira! Isabel Miliciano apresentou a sua demissão do PSD. E os argumentos que alinhou são indesmentíveis e de peso. Em pouco tempo, é a terceira baixa nos sociais-democratas, após José Delgado e Graça Costa, podendo muito bem acontecer que a hemorragia não fique por aí.
Com a nova lista de independentes, ao que consta a ser apadrinhada por uma daquelas pequenas formações, como meio de evitar a sempre complicada recolha de assinaturas, Miguel Relvas tem agora uma tarefa bem complicada -a de procurar obter votos à esquerda, uma vez que a candidatura de Jorge Ferreira, pelos independentes conservadores, lhe irá roubar certamente uma larga franja da direita. Como, no PS, Luís Ferreira também anda bastante nervoso, pois haverá uma sondagem mostrando resultados nada encorajadores (fala-se até na possibilidade de não elegerem qualquer vereador), irá certamente tentar captar votos à direita, até por causa do BE, da CDU e dos IpT. A questão da não-eleição de Vitorino, de acordo com uma sondagem feita há meses, cujos resultados terão estado na origem da prematura afixação de cartazes com o candidato, até pode ser apenas um boato mal intencionado. O importante, porém, é que circula por aí, com muita gente a acreditar nele. O que é significativo...
Com Relvas, Ferreira e Marques em muito maus lençóis, mesmo que por motivos não totalmente coincidentes, os tomarenses vão finalmente ter a oportunidade de ficar a saber quem é realmente político e quem não passa de um simples brincalhão. Os bons políticos sabem, instintivamente, com dizia Mendès-France, que "a política é a arte do possível, toda feita de execução, pois o que conta são os resultados." Assim sendo, qualquer dos três responsáveis citados deverá andar por aí a interrogar-se como Lénine -"Que fazer?" É simples, meus senhores, penso eu de que! Para Relvas a política de Sarkozy, que tem vários ministros socialistas e agora até nomeou ministro da cultura o sobrinho do antigo presidente Mitterrand, socialista não filiado no PS. Para Ferreira, a política de Zapatero, que foi buscar alguns dissidentes do PSOE e nomeou alguns secretários de estado próximos do PP de Rajoy. Para Pedro Marques confesso que não estou a ver nada. Para os três, o conselho de que nunca devem esquecer a velha máxima -Se não os consegues vencer, junta-te a eles! E boa sorte a todos!

17 comentários:

Anónimo disse...

O Vitorino não ser eleito.
Prevejo um resultado muito baixo, mas não ia a tanto. Isso significaria abaixo dos 2500 votos.

e os Ipt ?

Não me parece que consigam atingir os votos das últimas eleições.

Anónimo disse...

É quase certo que nas duas freguesias urbanas os IpT poderão nem sequer conseguir 50% dos votos de há 4 anos. Falta saber como se comportarão as outras freguesias, onde tradicionalmente a informação penetra mais lentamente.

Sebastião Barros disse...

O nossso entendimento é que ganhará (com 4 eleitos) quem primeiro tiver a coragem de dar o tal golpe de rins, do qual temos vindo a falar, e apresentar um projecto consistente,original, realista e adaptado aos tempos que correm.É impossível conseguir situações novas e mais risonhas com políticas velhas e gastas.

Anónimo disse...

Que Maná está escondido na Arca da Câmara de Tomar?

Mel? Algum tesouro? Seja o que for, é gostoso de certeza. Todos os principais candidatos já provaram e não prescindem dele; não é certamente coisa para iluminar o espírito, encher a alma. Se fosse isso, iam pregar para outra freguesia. Será pão?

Digam lá..., ou é segredo?

A nós, comuns mortais, que vivemos na ignorância, alumiai-nos.

Eu também quero.

Anónimo disse...

Isto vai ser uma grande dispersão.

Acredito que nenhuma lista vai conseguir mais de 2 vereadores. Será 2 + 2 + 1 + 1 + 1
Na AM a dispersão ainda é maior.

Nas freguesias e consequentemente representação na AM
PSD - 6
PS - 5
CDU - 2
Ind - 2

grande caldo

Anónimo disse...

quem não tem nada que fazer, diverte-se a brincar à política!

Anónimo disse...

BOMBA!!!

Vai rebentar uma "bomba" muito, muito em breve!
Enquanto andamos por cá a entretermo-nos com estas giga-jogas da politiquice citadina, andam-nos a fazer a folha com pezinhos de lã.
Uma vez mais vai ser necessário que as pessoas de Tomar, pondo de parte a partidarite e a naturalidade, se juntem em bloco e se manifestem. A acção tem de ter lugar sob pena de termos de andar a passear de ambulância por causa de uma simples unha encravada.

Mais não digo! Amanhã darei todos os detalhes...mas mesmo todos!!

Este assunto é verdadeiro e muito graoso para a cidade e todos os seus habitantes.

Anónimo disse...

"graoso" não! Gravoso!!!

Anónimo disse...

Peço ao sr. Rebelo ou outro(s) administrador(es) do blogue que passem o meu texto para outros blogues que eu não conheço.
Este é um assunto sério, e convem que o maior numero de pessoas esteja a par da sua existência.
Logo que possa darei mais informações.

Obrigado.

Cantoneiro da Borda da Estrada disse...

As candidaturas independentes são legais, estão consignadas na constituição. Em princípio nada a dizer. Poderiam até ser encaradas como expressão da vitalidade da democracia local, de maior participação das comunidades, etc..

Mas serão mesmo isso?

Quere-me parecer que não. Parecem mais o reflexo do mau estado e funcionamento dos partidos ou então da má fé de muitos que neles entram, nada dispostos a aceitarem as regras da luta política aberta e sincera a cada momento e não somente em períodos eleitorais, se os seus nomes não ficam posicionados para satisfazerem interesses estritamente pessoais, sejam de que natureza forem. Em última instância resultado de rivalidades pessoais.

Ao fim e ao cabo, temos de admitir que a culpa não está toda do lado dos partidos, porque se as razões são as últimas apontadas, é óbvio que são sempre os dirigentes os maus da fita. E os partidos.

Não conheço a Sra. Isabel Miliciano, sei apenas que está muito ligada ao TEMPLÁRIO, é uma jornalista, militante do PSD e através do Blog do Templário parece-me pessoa bem conceituada nos meios políticos locais.

Porque não trava o combate que supostamente quer fazer na Câmara, no seu jornal? Haverá melhor instrumento para ajudar a criar uma opinião pública mais esclarecida? ou o jornal é ele mesmo um instrumento de acesso ao poder? Esta questão tem que se pôr.

Afinal é esta a ideia que se colhe, verdadeira ou falsa. Dá a ideia que a política começa a estar organizada por seitas e se assim é, as candidaturas independentes podem ser entendidas como instrumentos contra o sistema partidário e, consequentemente, contra a democracia que vive daquele.

Penso eu.

Anónimo disse...

Que andas, mais toda a canalha, decididamente em busca de tachito, não restam dúvidas nenhumas a ninguém!
De militante de quinta geração, a desertora de primeira, eis o retrato!
(ainda te lembras dos tempos em que cheiravas as organizações esquerdistas?)
O que vale, é que o povo na sua anónima inteligência, NUNCA se deixará enganar por oportunistas e golpistas, sejam de direita ou de esquerda….
Porém, felicidades!

Anónimo disse...

Força Isabelinha, força, e serás beatificada, canonizada, entronizada, como a grande, a bela, a imortal , a devastadora “Joana d´Arc dos pobres, oprimidos, desgraçados, das margens do rio Nabão!
Eu e mais os meus treze filhos e filhas de sete separadas mães, mais estas ainda, votaremos em ti, nos teus, no teu partido ou inteiro, em quem tu disseres!

Anónimo disse...

Há um pequeno equívoco, o José Delgado não saíu do PSD, nem abandonou os cargos nas Assembleias Municipal e de Freguesia da Serra.

Anónimo disse...

Sr António Rebelo

A forma como você sistematicamente se refere ao PS, partido em que com orgulho milito, é ofensiva e grave, se pensarmos que foi a este partido que se dirigiu e se disponibilizou para por ele ser candidato.
Está bem visto porque foi, e bem, recusado. Não só mostra rancor, como mostra não conhecer o partido.
Desde logo pela forma como reduz o PS ao Luís Ferreira, o que não tendo pés nem cabeça, é ofensivo para os outros militantes e dirigentes, em especial para todos os que muito vão trabalhando por lá, algo que como se percebe, você desconhece. Não percebo sequer, porque não reagiu aindqa o próprio ou o Presidente a este seu tipo de discurso, que bem sabemos nada tem de inocente.
Como não é inocente essas falsas sondagens e boatos que tenta apregoar. O seu mau perder é evidente. Como se fosse possível o PS não eleger sequer um vereador! Ou como se fosse possível só porque lhe apetece mudar de candidato! Será que ainda não percebeu que ninguém liga às suas teorias, e que este espaço para nada mais serve do que inventar histórias e lavar roupa suja? É com essa atitude que queria ser candidato à câmara? Era esse o tipo de presidente que queria ser? Alcoviteiro, venenoso, falso?
Tenha vergonha!


- Um militante, sem vergonha de o ser, e que não pondo o PS à frente de Tomar, não faz do PS inimigo só porque o PS não faz o quer.

Anónimo disse...

"pela forma como reduz o PS ao Luís Ferreira, o que não tendo pés nem cabeça, é ofensivo para os outros militantes e dirigentes, em especial para todos os que muito vão trabalhando por lá, algo que como se percebe, você desconhece."

A primeira página (e o interior) da edição do Templário
de amanhã também faz essa redução.

E é a criatura a reduzir o PS a ela mesma!

Sebastião Barros disse...

Para a criatura ofendida das 22:01:

Ser-nos-ia extremamente fácil fazer desaparecer a sua mensagem canina.Bastariam dois cliques. Decidimos mantê-la para aqueles que nos seguem terem acesso a um testemunho do clima que actualmente se vive no PS/Tomar, para mal dos nossos pecados. Só é pena que o corajoso militante, que é hábil a qualificar arbitrariamente os outros e afirma não ter vergonha de o ser, não tenha a frontalidade suficiente para assinar com a sua graça de baptismo. Teria então muito gosto em explicar-lhe porque é que actualmente o PS/Tomar se resume de facto a Luis Ferreira, tal como o PSD se resume a Miguel Relvas,os IpT a Pedro Marques, e por aí fora, naturalmente para efeitos de simplificação jornalística. Entende?
Sobre a eventual não-eleição de José Vitorino, se sabe ler terá decerto reparado que fomos os primeiros a escrever que mesmo podendo tratar-se de boato mal intencionado, as pessoas acreditam. E pode crer que não fomos nós aqui do blogue que difundimos semelhante coisa. Circula por aí...
Para concluír, que não adianta gastar muita cera com ruins defuntos. Se a intenção do seu texto é libertar um pouco de bilis, tudo bem. Se a intenção é calar-nos, é melhor ir-se sentando, que a espera vai ser longa e a procissão ainda agora começou a sair da igreja.

Anónimo disse...

A administração do CHMT está a preparar-se para desmantelar totalmente o hospital de Tomar sob o pretexto de o preparar para a gripe com origem no México. Pretensamente este hospital ficará a funcionar apenas para isolamento e tratamento de afectados por essa doença. Vão dividir as valências entre Torres Novas e Abrantes e até já estão em fase de decidir quais as primeiras a sair e para onde.
Isto é mais uma tentativa de liquidação deste hospital em favor dos outros dois no sentido de os tornar rentáveis.
O que se passa na realidade é que das três unidades só o de T.Novas tem condições de isolamento para a gripe H1N1.
O hospital de Tomar é o que tem tido as melhores classificações quer no desempenho, quer no aproveitamento de recursos, quer na higiene.
O que se está a passar não é mais do que uma manobra política suja, já que as câmaras de Abrantes e T.Novas são PS.
Tudo leva a crer que depois de tiradas de cá, as valências não mais regressem, e ficamos com um verdadeiro elefante branco nas mãos.
Assim, a cidade de Tomar e parte da Zona do Pinhal deixarão de contar com esta unidade hospitalar e terão de se "desenrascar" com meros centros de saúde com horário finito.
Vasmos calar e deixar que tudo isto aconteça?