quarta-feira, 24 de junho de 2009

SITUAÇÃO POLITICA PREOCUPANTE

Enquanto aqui na ponta do velho continente andamos todos entretidos com as férias, o calor...e as próximas eleições, por essa Europa fora os dirigentes sentem-se obrigados a agir. Depressa e bem. Para que possam ter uma pálida ideia de quão preocupante é a actual situação, passamos a mencionar alguns factos, que a comunicação social portuguesa, ocupada com o futebol como habitualmente, passou sob silêncio.
Pela primeira vez desde 1875, o presidente Sarkozy, da França, solicitou a reunião conjunta, em Versalhes, do Congresso da República (Senado + Assembleia Nacional) para fazer uma importante comunicação ao país, através dos seus representantes legítimos. Seria descabido reproduzir aqui todo o discurso, pelo que nos limitaremos a algumas curtas citações. "É do nosso país e do futuro que em conjunto podemos construir que venho falar-vos. A crise ainda não acabou. Nem sabemos quando acabará. Temos a obrigação de fazer o possível para que seja o mais depressa possível... Direi mais. Considerar a crise como um simples parêntesis que em breve será fechado, agir como se tudo devesse recomeçar como anteriormente, como se pudéssemos voltar a pensar como antes, a comportar-se como antes, com os mesmos critérios e os mesmos métodos, seria um erro fatal. Nada voltará a ser como antes. Uma crise de tamanha amplitude exige, para ser ultrapassada, outros remédios... É chegado o momento de pôr em causa os fundamentos de uma política que nos cercou de contradições cada vez menos sustentáveis... Não podemos assistir a uma catástrofe desta importância sem questionar as ideias, os valores e as decisões que conduziram a este resultado..." (O negrito é nosso)
Sarkozy é um presidente da chamada direita civilizada ou aberta, que até ousou nomear vários ministros socialistas, apesar de dispôr de maioria absoluta na Assembleia. Ainda assim, manifestou frontalmente a sua opinião e apontou caminhos. Enquanto isto, que vemos nós aqui em Portugal? Cavaco vai debitando uma frases sibilinas, enquanto Sócrates vai simulando uma recente humildade, que é de bom tom evidenciar. Até o mesmo Sarkozy não se esqueceu de recorrer a esse aspecto: "É um momento importante. Abordo-o com gravidade e com humildade, pois a situação que vivemos é sem precedente."
Nas margens nabantinas, a situação é ainda mais bicuda. A opinião publicada é unânime em considerar que a maioria PSD, detentora do poder autárquico, não tem nem nunca teve qualquer programa, o que é extremamente grave, pois sem itinerário previamente definido, ninguém consegue saber para onde vamos. Se é que vamos. Porém, quando questionadas sobre o programa ou projecto que tencionam apresentar aos eleitores, as diferentes forças partidárias locais reagem cada uma à sua maneira, mas todas ao ataque. O PSD garante que a seu tempo se verá. Os IpT remetem para uma listagem de intenções elaborada há quatro anos. Muito antes da crise, portanto. Dessa listagem consta, designadamente, a construção de um teleférico entre o Hotel dos Templários e o Castelo... Pela banda do PS, o grupo político que mais publicita aquilo que faz, insistem nas propostas e declarações apresentadas durante o actual mandado, num plano estratégico de 1997 e numa agenda para o concelho de 2004/5. CDU e BE terão igualmente projectos, que todavia nunca publicaram, pelo menos que saibamos. Finalmente, os novos independentes conservadores ainda estão a começar, pelo que nos resta aguardar.
Com este panorama, conquanto não queiramos ser aves agoirentas, somos forçados a perguntar -Nas próximas autárquicas vamos votar em quê? Em pessoas? Em programas que são verdadeiras antiguidades? Em boas intenções? E onde estão as propostas que cada força entende serem as melhores para ultrapassar a actual crise no concelho? Continuam a pensar que os eleitores são como os asnos, que comem a palha que lhes deitam? Cuidado com as abstenções, os votos brancos e nulos!

6 comentários:

Anónimo disse...

A administração do CHMT está a preparar-se para desmantelar totalmente o hospital de Tomar sob o pretexto de o preparar para a gripe com origem no México. Pretensamente este hospital ficará a funcionar apenas para isolamento e tratamento de afectados por essa doença. Vão dividir as valências entre Torres Novas e Abrantes e até já estão em fase de decidir quais as primeiras a sair e para onde.
Isto é mais uma tentativa de liquidação deste hospital em favor dos outros dois no sentido de os tornar rentáveis.
O que se passa na realidade é que das três unidades só o de T.Novas tem condições de isolamento para a gripe H1N1.
O hospital de Tomar é o que tem tido as melhores classificações quer no desempenho, quer no aproveitamento de recursos, quer na higiene.
O que se está a passar não é mais do que uma manobra política suja, já que as câmaras de Abrantes e T.Novas são PS.
Tudo leva a crer que depois de tiradas de cá, as valências não mais regressem, e ficamos com um verdadeiro elefante branco nas mãos.
Assim, a cidade de Tomar e parte da Zona do Pinhal deixarão de contar com esta unidade hospitalar e terão de se "desenrascar" com meros centros de saúde com horário finito.
Vasmos calar e deixar que tudo isto aconteça?

Anónimo disse...

Sim ! :D

Anónimo disse...

Os da geração do governo vão aparecer a clamar que é tudo mentira!

Que não senhor, Tomar vai continuar a ter o seu Hospital integral, etc e tal.

Entretanto, Abrantes (Lacão, Baltazar) e T. Novas (Rodrigues) vão-se "instalando" na partilha do CHMT, que passará a ser CHAT (Centro Hospitalar Abrantes e Torres Novas) e a dar música a Tomar.

É a vida!

Habituem-se!

Anónimo disse...

Mas... cada terra e as suas gentes só devem ter aquilo que merecem!
Será o caso?

Anónimo disse...

Só agora é que deram conta? É tarde.

Anónimo disse...

Não se preocupem tanto com a política à volta do Nabão! Agora sem o hospital e pouco depois sem o Politécnico isto passa a junta de freguesia não tarda...