terça-feira, 30 de junho de 2009

UMA HISTÓRIA TOMARENSE...

António Rebelo

Pela primeira vez esta semana, que o tempo não dá para tudo, mesmo quando já aposentado, fui visitar alguns blogues da zona. No do Templário, encontrei um texto de qualidade, que me pareceu já conhecido. Era a coluna de Miguel Sousa Tavares (Expresso online, colunistas) esta semana intitulada "Esta noite sonhei com Mário Lino". Um "artista" local decidira copiar integralmente o trabalho de MST para aquele blogue, mas "esqueceu-se" de mencionar o autor e a origem. Decidi então enviar um comentário, desancando o indelicado, dizendo-lhe que o que fez se chama plágio, ou roubo de propriedade intelectual, delito previsto na legislação portuguesa. Insinuei também que, nas universidades e politécnicos, os alunos estão muito habituados a proceder assim. (ver comentário meu no blogue d'O Templário)
Tanto bastou para aparecer um comentário-resposta, cujo estilo é conhecido. Transpira recalcamentos, traumas, inveja doentia e total ausência de escrúpulos ou de respeito pela verdade. Quando convidado a fundamentar as atoardas que tenta lançar, refugia-se no silêncio, que devia ter mantido antes. Até sei que força política apoia, mas não vem agora ao caso.
Um outro comentário pedia-me uma opinião sobre a coluna de MST já mencionada. Como se fosse a coisa mais natural deste mundo, quem colabora regularmente num blogue ir opinar para outro blogue. Não tendo acedido então ao solicitado, por estar em casa alheia, passo agora a escrever o que penso a respeito do citado artigo.
Antes de mais, recomendo a sua leitura, ou na edição em papel, ou no Expresso on line (basta digitar no Google, Expresso, e depois clicar em expresso on line e em colunistas, logo a seguir).
Tenho grande consideração e estima por Miguel Sousa Tavares, cujos livros li com muito agrado.
Escreve bem, limpo, directo, frontal e sem antolhos partidários. Dito isto, nem sempre concordo com as suas posições, designadamente em relação à caça, ao tabaco e aos toiros.Neste seu texto sobre os desvarios deste país onde habitamos, concordo com as suas críticas, mas penso que devemos encarar as coisas com alguma elevação e algum recuo. De longe e de cima vê-se e percebe-se melhor qualquer realidade complexa. Concordo que o melhor seria não construir qualquer linha de TGV, porque manifestamente desnecessária. Todavia, há acordos assinados com os nossos vizinhos, pelo então governo PSD. E quando um país começa a não cumprir com aquilo que voluntariamente subscreveu, mal vão as coisas. Há depois o grupo de pressão das empresas de construção, cuja influência é considerável, pois geralmente são essas mesmas empresas que financiam as campanhas eleitorais, e em política, como no resto, ninguém dá nada a ninguém. O problema não é só do PS, pois por exemplo o "nosso" deputado e presidente da AM, o senhor Miguel Relvas, é assessor ou colaborador de cinco empresas, conforme consta da sua declaração de rendimentos e interesses. Sabendo-se que o senhor deputado em questão nunca exerceu qualquer profissão para além da política, é assessor de quê e para quê?
O mesmo acontece em relação ao novo aeroporto. À primeira vista, a melhor solução seria manter o actual e melhorar um dos agora militares, de forma a poder acolher condignamente os voos lowcost, cada vez mais numerosos. À primeira vista, porque depois lá vêm os tais grupos de interesses e toda a problemática ligada à crise onde, paradoxalmente, até Francisco Louçã acha que o Estado deve investir, de forma a garantir o emprego e a actividade económica. Subscreveu mesmo o chamado manifesto dos 52, em resposta ao manifesto dos 28 economistas. Este a apoiar a supensão dos grandes investimentos públicos, aquele a propor o aumentos desses mesmos investimentos.
Como se tudo isto isto não fosse já assaz complexo, a posição de Manuela Ferreira Leite, afirmando que, caso ganhe as eleições, suspenderá o TGV e o o novo aeroporto, até que haja de novo equilíbrio orçamental, pode não ser assim tão inocente quanto parece à vista desarmada. Nestas coisas das grandes obras, quem beneficia, de uma maneira ou de outra, são os responsáveis políticos que fazem a adjudicação...Isto, porém, é já outro tema, que fica para ocasião mais oportuna. Por agora, o importante é ler a crónica do MST...

5 comentários:

Anónimo disse...

Aposentado e demasiado ocupado!!! Isto sim, é uma terra de milagres!!!

Sebastião Barros disse...

Uma parte do meu trabalho, mau ou bom, está publicada. E você, além de me tentar insultar ou achincalhar,sem sucesso, o que é que faz de útil para a sociedade?

Anónimo disse...

Trabalho todos os dias desde segunda até sexta, das 8H às 17H para o meru amigo gozar da sua reforma...
Chega?

Anónimo disse...

E tu nunca na tua vida trabalhaste 40 horas por semana como eu faço desde os 18 anos, ó meu chulo de merda!
Quando invocas por aqui os teus diplomas de merda, falsos de certeza, só para gáudio do teu ego, porque tu és um vaidoso de merda, devias ter vergonha e rtespeito por quem como eu, e somos milhares e milhares, andam a sustentar vadios armados em doutores e pseudo-intelectuais como tu!

Agora se quiseres anula este meu comentário e mete-o no cú, pelintra!

Anónimo disse...

O último comentário é, obviamente, dirigido a "Sebastião Barros".