domingo, 28 de junho de 2009

O CABO DAS TORMENTAS



Por mares nunca dantes navegados, com névoa cerrada, rumo ao Cabo das Tormentas. Tal parece ser a presente situação política em Tomar. Em 2008, apresentei a minha candidatura no PS/Tomar, covencido de que nenhum dos previsíveis candidatos, tanto socialistas como das outras forças, dispunha de qualquer projecto, plano, programa, intenção, ou o que quer que seja, adequado aos novos tempos que corriam e continuam a correr. Disse, na minha apresentação, que tinha um projecto sólido e fora habituado a liderar, designadamente durante a guerra em África, onde aprendi que é muitio mais eficaz dizer "Sigam-me!" do que "Vão lá indo, que já lá vou". Não consegui convencer quase ninguém. Perdi largamente e foi pena. Para eles e para o concelho, que eu não estou nada mal nem cansado de estar bem.
Passaram os meses e continuei a bater nessa tecla do projecto, como condição prévia para qualquer candidatura. Até à data, porém, só o presuntivo candidato da CDU e os dois arautos locais do BE é que me parecem estar a navegar na boa direcção. Pelo menos de acordo com o que já declararam aos jornais. Os outros, incluindo os mais recentes independentes, indiciam estar naquela situação limite de quem não sabe sequer que não dispõe nem de envergadura, nem de armas adequadas ao presente contexto. Vai daí, vivem numa espécie de realidade paralela, continuando a acreditar que podem vir a vencer. Mas porquê senhores?
Nos mais variados locais, cidadãos de ambos os sexos continuam a dizer que nas próximas autárquicas é tudo a mesma gente. Que ou não vão lá, ou se abstêm, ou votam nulo. Há até uns mais cínicos e sofisticados. Proclamam que como os candidatos são todos boas pessoas, tencionam pôr uma cruz em cada um, para ninguém se queixar. Quando se lhes lembra que assim o voto será nulo, contrapõem que não têm culpa nenhuma, pois não foram eles que fizeram a lei. Ora toma!
Um eleitor da urbe, que por necessidade viaja muito em grupo e em taxi, garante que todos os motoristas cantam a mesma música. Não vamos, por agora, dizer qual é, para tentar não beneficiar ninguém. Entretanto, TODAS as forças políticas estão a encontrar dificuldades no recrutamento de candidatos. Os cidadãos abordados fornecem as mais diversas justificações para recusarem, mas a verdade parece ser esta -são cada vez menos os que estão dispostos a abrilhantar o baile, que outros aproveitam para iniciativas bem mais lucrativas.
Pelas bandas da Câmara, a actual maioria também não vai nada bem. Na recente sessão da Assembleia Municipal, até Vítor Gil, fiel entre os fiéis do PSD, julgou necessário lamentar "uma intervenção infeliz do sr. presidente da Câmara" (as palavras são dele). Enquanto isto, os deputados municipais do PS não abriram o bico, vá-se lá saber porquê, e continua a agravar-se uma velha e cada vez mais problemática situação. Enquanto alguns eleitos, a tempo inteiro e não só, se vão lamentado em privado, de que há quadros dirigentes da função pública local com nítida carência de iniciativa e de entreajuda, alguns destes alegam em sua defesa que há muito não recebem missões ou orientações operacionais. E sem isso...
Pode-se até escrever, sem receio de exagerar, que em muitos serviços se vive já num clima de "fim de reinado". Tomar a dianteira está em condições de garantir que nalguns gabinetes já começaram a aparecer processos com a elucidativa indicação "Para despacho só depois das eleições".
Gente prevenida, é o que é!

10 comentários:

Anónimo disse...

...E o homem não desiste! F...-..!

...OH Sr. Provedor da Urbe, vá pregar para a Albufeira - a do Rio! lá, os peixinhos do Zêzere, com esforço, tentarão ouvi-lo e, como não compreendem o que diz, poderá ser que votem em si e o elejam!

Fosse eu peixe e seguilo-ia, pois, com a água que mete, o meu meio estaria sempre salvaguardado!...

PS: Um seu dedicado e preocupado admirador; descanse, essas insónias deixam-me apreensivo!

Anónimo disse...

Como o artigo não está "assinado" pode-se assumir que o "Sebastião Barros" quis ser candidato pelo PS?

Anónimo disse...

A Miliciano salvou a ACITOFEBA do vazio directivo. Foi eleita vice-presidente da associação.
À 4.ª vez lá conseguiram arranjar direcção. A Miliciano empurrou, agora, vamos ver como vai ser o mandato!!! Pode ser que ajude a entrar uma lufada de ar fresco naquela associação!

O Observador

Anónimo disse...

O socialista Francisco Faria, a Independente ex-PSD Isabel Miliciano e o PPD Godinho.

Ai que crise esta!

Anónimo disse...

O que é que as opções políticas de cada um tem a ver com o contributo que cada um pode dar naquela Associação?
Que eu saiba não vão para ali fazer política?! Ou vão?
Esta direcção só prova que está acima de quaisquer interesses partidários! E ainda bem!

Anónimo disse...

OH Rebelo isto por aqui anda murcho! O que se passa?
É da crise ou não cativas o pagode!?

Fernando Martins

Anónimo disse...

Como se vê é assim: quando não há nada para dizer inventa-se!
Inventam-se políticos e causas políticas.
E nisto, o Sr. Provedor da Urbe vai dando o seu magnífico contributo.



Abençoado seja. (Ele…)

E, como é o próprio que o diz,” não há mal que lhe chegue e vai vivendo bem”.
Assim sendo, percebem-se as suas compriiiiiidas e inócuas croniquetas, onde pretende questionar e criticar tudo o que quer que seja, mexa ou parado esteja!

Vale-nos essa preciosa colaboração para sorrirmos, ficarmos bem dispostos, e pensarmos: como é possível, aos dias de hoje, haver um ser que se diz pensante, que centralize no seu umbigo ” todos os problemas e questões” relacionadas com uma comunidade como se mais ninguém existisse por essas bandas? - em ciências médicas isto tem um nome que não vale (por enquanto) adiantar….

Porém, esta ideia fixa do “programa”, para uma terra que, o mais que tem tido, têm sido programas – desde os programas nunca cumpridos dos anteriores PC´s, chamem-se eles Pedro, também apelidado do Defensor das Causas Próprias, chamem-se eles António, mais conhecido pelo Pavão da Trofa – nunca cumpridos, mas, que se fartaram os seus iluminados autores , qualquer deles, de falar, falar, falar, de tudo e de nada; obra? Pouca ou quase nada! Pelo menos que jeito tivesse!

Lembram-se de algo, pomposamente chamado “Parque Temático”? só de uma mente tagarela, sem sentido da realidade!

Lembram-se de uma urbanização chamada Quinta das Avessadas, iniciada (com carácter de urgência…) quase há vinte anos pelo então PC chamado Pedro Marques, e onde hoje não há ainda construído qualquer edifício que seja…

Pequenos exemplos de grandes programas nunca cumpridos! Porquê?...! Boa pergunta para fazer aos seus mentores mentirosos!...

Assim, habitantes da Urbe Nabantina, o que precisamos, neste modesto entender, não é de “programas”, não é de retórica; não, a Urbe, precisa sim, de alguém, de gente sensata e não interesseira – seja em protagonismo seja em causas do vil metal – que continue devagar mas pela certa a ir de encontro à cidade real, ao concelho desejado, enfim, gente que se preocupe de facto e de direito com os problemas das suas gentes;

nanja com as narcísicas razões de evidência e protagonismo, de criar imagem ou fazer fortuna à conta da causa pública…





Sonho Sonhado

Anónimo disse...

"Enquanto isto, os deputados municipais do PS não abriram o bico, vá-se lá saber porquê, e continua a agravar-se uma velha e cada vez mais problemática situação."

A explicaçãofoi dada pela voz do Dr.Hugo Costa, foi realizada no início da Assembleia e pode ser lida em Porque tudo tem um limite, e a paciência também, os 10 elementos da bancada do PS na última Assembleia Municipal (Anabela Estanqueiro, Arlindo Nunes, Carlos Silva Lopes, Fernando Graça, Fernando Nunes, Hugo Costa, João Henriques, Luis Ferreira, Sandra Silva e Vera Simões), estiveram calados, tendo sido produzida a seguinte intervenção justificativa pelo Deputado Hugo Costa.

Sebastião Barros disse...

A incorrecção poderia ter sido evitada se o PS tivesse resolvido informar o pessoal da comunicação social antes da sessão da AM. Agora, convenhamos que já é um pouco tarde.Entretanto, esclarecemos que o nosso colega www.tomarpartido.blogspot.com,transcrito por Tomar em primeiro lugar, cometeu o mesmo erro, apesar de ter assistido à Assembleia...

Anónimo disse...

Deu jeito...