segunda-feira, 29 de junho de 2009

DOIS CASOS, A MESMA MATRIZ


Excepcionalmente, apenas para memória futura, vamos abordar de forma crítica dois comentários aqui recebidos, cuja reprodução figura acima, num caso completa, no outro parcial, pois o original é algo esticado (os leitores interessados poderão lê-lo nos comentários ao post "O cabo das tormentas").
Como todas as populações de fraca cultura e pouco ensino, os tomarenses conhecem-se mal. Não conseguem manter uma relativa imparcialidade em relação a si e aos outros, sem o que qualquer posição carece de sustentação erudita. Desprovidos dos básicos utensílios que permitem ver a cidade e o mundo com olhos de ver, refugiam-se no que podem. Agridem verbalmente, tentam insultar, acusam mas não fundamentam, usam palavrões e frases feitas, tentam achincalhar...
No nosso entendimento, o que ocorre é bem mais simples. Antes e depois do 25 de Abril, a cidade sempre foi administrada por "gente bem", "homens bons", "membros do serralho", tudo com a mesma formatação cívica, a mesma formação humana ou falta dela. No fundo, lá bem no fundo, tudo gente que sempre considerou ter direito a exercer o poder por ter legitimidade hereditária.
A dada altura, após anos e anos de pacata vida sem sobressaltos, os erros de António Paiva, a falta de liderança de Corvêlo de Sousa, bem como a agora manifesta incapacidade da oposição para acicatar a maioria e informar capazmente os eleitores, a tal pseudo-élite local (la crème de la crème, dia o Hermann, na chacota) já está a antever o fim do rolo. Vai daí lançam mão de tudo, que valha a verdade não é muito, como se passa a tentar demonstrar.
O primeiro comentário é bastante eloquente. Provavelmente mais do que o seu autor pretendia. Começa com uma frase idiomática, seguida de desnecessário palavrão, ainda assim apenas subentendido, o que se agradece. Passa imediatamente à já aludida tentativa de insulto e de achincalhamento de baixo quilate. Mais abaixo, aproveita para introduzir a expressão que está na origem do "vá pregar para a albufeira" -"com a água que mete, o meu meio estaria sempre salvaguardado!..." Como quase sempre, o amável contraditor anónimo, que logo adiante aparenta preocupar-se, em tom jocoso, com umas insónias que não temos, esqueceu-se (ou não lhe convinha?) que, mesmo nos tribunais, de nada serve acusar. Sem provas evidentes, nenhum magistrado condena quem quer que seja. Mesmo o pior assassino, quanto mais agora...
No caso concreto, "Com a água que mete...", onde? quando? como? para quê? em relação a quem e a quê? Quando escrevemos que a principal qualidade dos tomarenses não é certamente a inteligência ou a capacidade de trabalho, estamos a constatar uma realidade? Ou a meter água?
É que, como se sabe, "presunção e água benta, cada qual toma a que quer".
O outro comentário, ainda que manifestamente da mesma escola de pensamento, da mesma matriz, é bastante mais elaborado. Parece provir do referido sector do "crème de la crème", da camuflada direita tomarense, tradicionalmente mais a direita que nas outras terras. Sentindo o poder hereditário a escapulir-se-lhe como areia do deserto por entre os dedos, vá de passar ao ataque. Inventando um alegado narcisismo do criticado, aludindo vagamente às ciências médicas, procura-se desacreditar, para logo a seguir cravar o punhal: "Porém, esta ideia fixa da "programa", para uma terra que o mais que tem tido têm sido programas". Vejam bem onde a cegueira política e a inveja podem levar! Conforme os nossos leitores mais versados na política bem sabem, a realidade é exactamente a inversa. Tomar nunca teve até hoje, nem antes nem depois do 25 de Abril, qualquer projecto político. Nem tem neste momento. Os nossos autarcas sempre navegaram à vista e sem rumo pré-definido. E continuam na mesma situação...
Sempre aliviará um pouco a bilis, acusar os outros de coisas que apenas nos passam pela cabeça. Fica-se bem visto na nossa "classe social" e pode ser que... Infelizmente, com uma grave crise, tanto mundial, como nacional, como sobretudo local, que nunca mais passa, os eleitores continuam a ouvir a música maviosa, mas têm cada vez menos vontade de dançar. Em Outubro, logo veremos que são afinal os narcisos, os que pregam aos peixes e os tristes e fracos aprendizes de manipuladores da paupérrima opinião pública que temos. Até lá e votos de boa saúde. Apesar de tudo!

4 comentários:

Anónimo disse...

Não se preocupe Dr. Rebelo
O povo já os conhece!
Andam por aí uns chulos, que nunca deram a cara,
Já foram do MRRPP, do PS e especializaram-se na chulagem ao PSD!
São atiradores profissionais. Que para sobreviverem têm que viver camuflados na chulagem!
Deixe-os andar, porque a esses o povo nunca lhes dará crédito!

Um admirador do Dr. António Rebelo

Anónimo disse...

"1405. NERVOSEIRA MISTÉRIO
Alguém anda a fazer sondagens telefónicas em Tomar com vista às próximas eleições autárquicas, sem identificar a empresa que está a trabalhar. Continua, pois, a nervoseira, mas desta vez é uma nervoseira mistério..."

In Nabantia

Anónimo disse...
Trata-se de uma sondagem encomendada pelo PSD local, a uma empresa de sondagens de um amigalhaço do Relvas, sedeada no Norte.

Mas nunca iremos saber os resultados, de tão fraquinhso que eles vão ser.

Ainda nos arriscamos a ter o Bruno Graça ou pior ainda, o José Vitorino como Presidente de Câmara.

Devem ser como as sondagens do PS para as Europeias!

Anónimo disse...

A fauna tomarense é o que se vê! Tudo gente culta a roçar o bárbaro! É só ideias "boas", estamos defendidos quanto ao futuro!

Tomar para Torres Novas! JÁ!!!!!!

Anónimo disse...

A Oeste nada de novo!

Anónimo da Parolada.