Continua o diálogo de surdos na questão dos preços finais da água fornecida pelos SMAS. Tal como nos outros temas, de resto. Dado que aqui em tomaradianteira não colabora ninguém que faça parte da tribo local dos eleitos, nunca temos direito a qualquer resposta por parte dos ilustres dirigentes locais. Já estamos habituados a esse silêncio de conveniência, que pretendem fazer crer ser produto da indiferença.
Desta vez, porém, como o ex-vereador Ivo Santos também protestou contra os exageros dos SMAS, no seu programa semanal, teve imediatamente direito a uma resposta, pessoalizada e tudo. Consta do blogue da Rádio Hertz e vale a leitura.
Quanto ao âmago da questão, Luís Vicente resolveu servir-se da sua indiscutível tarimba política, que já vem do tempo em que militava activamente na extrema-esquerda ML. Avançou com o refrão habitual: A água é de boa qualidade; os investimentos têm de ser pagos; há concelhos que subsidiam a água; não se podem comparar realidades diferentes; há 900 quilómetros de condutas no concelho... É o que se chama acertar de forma deliberada ao lado do alvo.
Verdade, verdadinha, ninguém se queixou da qualidade da água; ninguém pretendeu que os investimentos não sejam pagos; ninguém falou em subsidiar a água; ninguém colocou em dúvida a extensão e complexidade da rede. Aquilo de que os consumidores concelhios se queixam é da enormidade das diversas taxas fixas, do mau atendimento e da má organização dos SMAS, do excesso de pessoal, havendo por lá gente que ninguém sabe bem o que faz realmente, para além de receber o vencimento e marcar presença, e da recusa em adaptar-se aos tempos que correm, na mesma linha do que acontece, aliás, com os membros do executivo, de certeza não por mera coincidência. E continuamos sem saber como conseguem os concessinários privados praticar tarifas mais acolhedoras para os contribuintes forçados, como acontece designadamente em Ourém ou no Cartaxo, que também devem ter redes de distribuição mais ou menos extensas. Ou inventaram algum sistema de fornecimento de água sem condutas, assim tipo telemóvel ?
No caso do executivo camarário, a circunstancial maioria anda tão entusiasmada com os fins de mês que nem se dá conta de estar a prejudicar gravemente a cidade e o concelho, cada vez mais atolados em dívidas, em desemprego e em acentuada decadência, tudo isto no essencial provocado pela evidente falta de quaisquer ideias fecundas, portadoras de futuro. No caso dos SMAS, pelo menos os seus dirigentes, que ninguém elegeu, fingem não perceber que os preços finais praticados (preço da água+alcavalas diversas), que são os mais elevados do distrito e dos mais altos do país, contituem um forte argumento para afastar potenciais investidores, como também para originar a mudança de residência de cada vez mais habitantes.
Nestas condições, vir outra vez com a balela das evidências, roça o cinismo político e está longe de abonar quem tal diz em termos de credibilidade e de fiabilidade. Porque o problema é este: ou conseguem engravidar a história local, ou o melhor é sairem de cima quanto antes. Se demoram muito, quase de certeza que isto não vai acabar nada bem para a ocasional maioria... Dêem tempo ao tempo e logo terão a resposta.
7 comentários:
Rebelo tem mais cuidado com os erros que dás pois é constantemente! É melhor menos e melhor que mais e pior.
*concessinários* ufa tanta patetice que tenho lido da tua parte!!!
O duplo-queixo tem escrito no teu blogue por isso... Tó tem lá calma. Os outros eleitos não sabem escrever no computador, não te ligam ou têm cursos tirados na independente ou em universidades privadas.
Quanto ao preço da água é como diz o presidente Pires da Silva: quem estiver mal que se mude. Munícipes insatisfeitos vão para Ourém carago.
O ditador do Pedro Marques em tempos combateu no seu programa eleitoral os valores abusivos na facturação da água mas se estivesse a MANDAR na câmara saberia que não há outra forma de pagar os juros das dívidas realizadas pelo vaidoso do Paiva.
Pagemos todos e calemo-nos por favor. Reclamar é perder as estibeiras, a educação, a civilidade e é gastar muitas energias que podem ser aproveitadas no nosso trabalho.
Espero que tu Tó saibas aceitar opiniões contrárias à tua, rapaz.
Mas o dito "engº" Luís Vicente, o ex-extrema esquerda, ainda é o "patrão" dos SMAS? Os novos eleitos da concelhia do PSD já estão a dormir no seu poder? Foram eleitos para quê? Já aprenderam com o pessoal dirigente-político da Câmara que aquilo que fazem de nada se vê? Como diria o meu Avô, vão trabalhar malandros e deixem de ser parasitas da sociedade. E de facto, digo eu, Tomar tem e muitos políticos dessa Ordem.
Dormir...
Esse é o problema de quem manda nos SMAS e pensa que gerir é apenas assinar o expediente e representar o organismo.
Têm-se acumulado erros de gestão e se hoje grande parte dos funcionários anda em auto-gestão, limitam-se a marca o ponto e nada produzem é culpa UNICA e EXCLUSIVA dos que fingem admninistrar aquela casa.
Como diz o administrador deste blogue, para tocar guitarra é preciso ter unhas!
Há quem chame a tudo isto incompetência. E há até quem garanta que dá direito a despedimento por justa causa. Mas não nesta terra, claro!
O Luís Vicente sabe que foi colocado nos SMAS por ser o líder da concelhia do PSD.
Tendo sido apeado desse lugar, mandam as boas regras democráticas (para quem as respeita) que já deveria ter colocado o lugar à disposição do seu sucessor no cargo.
O problema é que esta gente não tem o mínimo respeito pelas regras democráticas. Isso é para os outros!
Caro Luís Vicente, até pela tua formação político (?), vinda da extrema esquerda, qual Bruno, já devias ter colocado o lugar que tens no SMAS (em acumulação, apesar de estarmos em tempo de crise), até por respeito a ti próprio. Sabes o que isso é?
O homem está à espera de ser corrido para aceder a uma indemnização...
Consta que Luis Vicente poderá ser substituído no cargo por um tomarense que apoiou o novo presidente da concelhia do PSD.
Alguém com conhecimentos na área dos serviços públicos de água e saneamento, para além de já ter sido Secretário de Estado.
Aluguer de contadores de Água, luz e gás acaba dia 26 Maio
Os consumidores vão deixar de pagar os alugueres de contadores de
água, luz ou gás a partir de 26 de Maio próximo. Nesta data entra
também em vigor a proibição de cobrança bimestral ou trimestral destes
serviços, segundo um diploma que foi ontem publicado na edição do
Diário da República.
A factura de todos aqueles serviços públicos vai ser obrigatoriamente
enviada mensalmente, evitando o acumular de dois ou três meses de
facturação, indica a Lei 12/2008, ontem publicada no boletim oficial e
que altera um diploma de 1996 sobre os 'serviços públicos essenciais'.
A nova legislação passa a considerar o telefone fixo também como um
serviço essencial e inclui igualmente nesta figura as comunicações
móveis e via Internet, além do gás natural, serviços postais, gestão
do lixo doméstico e recolha e tratamento dos esgotos.
O diploma põe fim à cobrança pelo aluguer dos contadores feita pelas
empresas que fazem o abastecimento de água, gás e electricidade.
Também o prazo para a suspensão do fornecimento destes serviços, por
falta de pagamento, passa a ser de dez dias após esse incumprimento ,
mais dois dias do que estava previsto no actual regime.
Outra mudança importante é o facto de o diploma abranger igualmente os
prestadores privados daqueles serviços, classificando-os como serviço
público, independentemente da natureza jurídica da entidade que o
presta. Numa reacção à publicação do diploma em causa, 'a Deco
congratula-se com estas alterações, há muito reivindicadas', afirmou à
agência Lusa Luís Pisco, jurista da associação de defesa do
consumidor.
O diploma ontem publicado, para entrar em vigor a 26 de Maio, proíbe
também a cobrança aos utentes de qualquer valor pela amortização ou
inspecção periódica dos contadores, ou de 'qualquer outra taxa de
efeito equivalente'.
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