O semanário O RIBATEJO publicou, na sua edição de hoje, página 36, este quadro com a relação das pessoas à procura de emprego nos 21 concelhos do distrito, que reproduzimos com a devida vénia e os nossos agradecimentos.
Os cidadãos usuais espectadores de televisão, ouvintes da rádio e/ou leitores de jornais e revistas, sabem concerteza, por lhes ser dito com alguma frequência, que os números, as percentagens, as estatísticas, não enganam. Todavia, aqueles que em devido tempo andaram a romper os fundilhos das calças nos bancos e cadeiras das escolas superiores de economia, sabem igualmente que números, percentagens ou outros elementos estatísticos, desde que devidamente trabalhados por gente do ofício, "dizem" quase tudo o que o seu utilizador pretender que digam.
No caso presente, assim à primeira vista, o desemprego no distrito até nem é nada de alarmante. Estará mais ou menos na média do país. Porém, quando comparado com os distritos costeiros, o caso muda de figura.
O mesmo acontece com os concelhos do distrito. Assim ad-hoc, ordenados simplesmente por ordem alfabética, torna-se uma tarefa muito laboriosa perceber qual ou quais são os mais atingidos pela falta de postos de trabalho. Contudo, uma vez ordenados por ordem decrescente do total de cidadãos à procura de emprego, numa coluna; e depois, noutra coluna, por ordem decrescente do número do total de eleitores inscritos, o panorama social torna-se muito mais interessante e de "leitura" bastante mais fácil.
Foi, por isso, o que resolvemos fazer, tendo igualmente em conta que os portugueses em geral gostam muito de "rankings" e outras tabelas classificativas. Se calhar por estarem convencidos de que a vida também é uma espécie de desporto...
O caso do concelho de Santarém deve ser examinado com toda a cautela, devido a duas excepções: 1) -É capital de distrito, com tudo o que daí resulta; 2) -Tem mais de 50 mil eleitores, o que o coloca, por assim dizer, noutra categoria. O concelho seguinte, o de Ourém, não chega sequer aos 45 mil eleitores.
Por conseguinte, o mais indicado será compará-lo com as outras capitais de distrito.
4 comentários:
A mim não me parece, numa observação rápida do segundo quadro
(exceção feita a Salvaterra de Magos), que existam desproporções de monta. Dificilmente poderíamos imaginar correspondência para todos os concelhos igual a Benevente.
Não estando habilitado para este tipo de análise (comparativa - é assim que se diz?), julgo que há outros fatores imprescindíveis para tirar conclusões.
Um deles é o facto de parte do distrito (talves até Torres Novas) sofrer forte influência da grande área metropolitana de Lisboa; outro factor, relativamente a Tomar, é o de, quanto a grandes pólos de desenvolvimento (médios, será melhor dito), Tomar ter dificuldade, por várias razões, em se assumir como tal, e não ter nenhum outro que o influa e arraste para outro patamar de desenvolvimento. Outro, e em consequência, é, talvez, a própria Ass. Municípios de que tomar faz parte. Devia estar incluída numa que a ligasse ao litoral.
Mas isto vale o que vale. Meros bitaites. De facto, estes assuntos exigem especialistas de ordenamento e administração do território em conjunto com bons políticos, que tenham uma visão ampla e realista para o concelho, na base de uma eficaz descentralização (que não seja regionalização, como a que parece ter obedecido atirar Tomar para essa assoc. municípios, onde estão em causa meros interesses partidários). Parece-me ser uma bolsa exacerbadamente centrista (geograficamente falando), onde enfiaram os concelhos fracativos, em que cada um rouba ao outro o pouco que tem.
Mas não leve muito a sério esta opinião. Foi só para participar num tema que parece não merecer dos participantes neste blogue a grande importância que tem.
A única conclusão seria que se pode tirar, apesar do desaparecimento da platex e da Joao Salvador, o desemprego em Tomar é mais ou menos o mesmo que a media do distrito e menor que em Abrantes e Santarem e pior do que Ourem ou Torres Novas.
Sr Rebelo,
Vendo e verificando todos os comentários aqui expostos, dá-me a ideia que os SMAS estão em vias de se entregar numa qualquer sociedade anónima ainda por esclarecer.
Tudo este processo já vem de muito longe, talvez quando já do tempo do primeiro mandato de Pedro Marques e que cujo presidente dos SMAS era o então António Alexandre. Lembro-me a quando dos 60 anos dos SMAS, António Alexandre no seu discurso ter afirmado que, os SMAS teriam num futuro de ser administrados como uma empresa ou ser geridos possivelmente por alguma empresa, curiosamente uma parte já ta e não passaram muitos anos desde essa altura.
A partir daí foi um passo, que se alargou mais quando o Eng. A. Paiva chega ao poder, onde acumula os dois cargos em simultâneo, adivinhava-se já algumas alterações que surgiram efeito passados poucos meses, estava aberto o processo para uma nova reestruturação dos SMAS, Paiva, ele vinha sedento em fazer obras e queria mais dinheiro além do que os SMAS tinha.
Entretanto A. Alexandre que tinha perdido as eleições, via já uma luz ao fundo do túnel, As Aguas do Centro, o presidente da câmara e dos SMAS sorriu e até chegou a pedir opinião imagine-se aos funcionários dos SMAS, sobre uma possível privatização destes serviços, resposta negativa destes.
Mas isto não ficava assim, no segundo mandato A. Paiva, desdobrou-se em obras e negociações para pelo menos que viesse algum dinheiro injectado para os cofres dos SMAS, processo que foi conseguido um valor próximo de 1 milhão de contos (na moeda antiga) 5 milhões de euros, a parte considerada "alta" já estava o resto poderá ser numa segunda fase, pensa ele claro.
Mas os dinheiros que vinha para as águas do centro também não é eterno e é claro, em construção e reestruturação o financiamento pela C.E. nem sempre vem como eles querem e até começou a faltar, caso para atrasos em algumas partes. Os esgotos tinham também de ser feitos e os prazos cumpridos, havia pouco espaço de manobra e seria muito difícil que a curto espaço de tempo o "resto" lá fosse parar, mesmo assim muitas foram as obras por administração directa que lhes foram feitas, a margem de quê não sei, mas eles sabem e entregues de mão beijada.
É claro que as obras camarárias nunca pararam e as dívidas acumulam, sempre a espera de novas negociações, o terceiro mandato do Eng. Paiva foi o fracasso total como já é sabido, nada a respeito dos SMAS foi feito, houve um compasso de espera, até então.
Os SMAS estão a sobreviver com algumas dificuldades mas sobrevivem, se estão como estão é por má gestão de alguém e de certos comparsas, muito dinheiro foi retirado daqueles cofres para as obras, em que Tomar foi envolvido nestes últimos anos (e continua) embora agora com menos intensidade a crise não perdoa.
Será caso para dizer que os SMAS foi a escapatória e o fundo de maneio para as suas " brincadeiras" obras que valem por aquilo que se tem visto, enfim coisas para tomarense ver.
Agora com a saída de Paiva há um novo "ataque" esperemos como se comporta a justiça desta terra que nem o seu património sabe preservar. Tomar tem uma palavra sem dúvida!
Sr Rebelo,
Muito em breve lhe farei um comentário mais em promenor, de um pequeno artigo que publicou no jornal "Cidade de Tomar" de 12 de março de 2010.
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