Várias pessoas amigas me têm perguntado se ter um blogue dá muito trabalho e quais são as vantagens. Tenho-lhes respondido que exige realmente algum trabalho, mas que, quando as coisas se fazem com empenho e alegria, tudo resulta em prazer e satisfação. Além de se poder informar, analisar e opinar, sem depender de terceiros e dos seus padrões comportamentais.
Graças a alguns comentários que se vão recebendo, posso hoje acrescentar uma outra satisfação: A de ter a certeza de que aquilo que mal ou bem vou escrevinhando, incomoda algumas pessoas. Caso contrário não teriam a maçada de me contactar, dando-me a enorme alegria de ler e meditar os seus maravilhosos e finamente cinzelados textos, de uma profundidade raciocinal que chega mesmo a provocar vertigens.
Neles avulta imediatamente um pequeno detalhe, que deixa antever a excepcional craveira intelectual dos seus redactores -Não têm qualquer relação próxima ou longínqua com o post que comentam, abstraindo o facto -naturalmente involuntário- de constituirem, também eles, "Retratos antigos de um país de luxo que, por um motivo ou outro, todos nós visitámos". País esse que, com cidadãos assim, e estando a um passo do abismo, não tardará a dar dois passos em frente, mesmo que o segundo já não tenha qualquer efeito, excepto o cinematográfico.
Repare-se que o primeiro comentário, de longe o mais denso, profundo, maviosos e fraterno, foi enviado já depois da uma da madrugada. O que alguns dos meus amáveis leitores padecem, só para ter o gosto de me contactar! Passar um dia inteiro a cogitar, a empreender, a articular, para conseguir algo de publicável só já de madrugada, é obra! Bem haja leitor amigo! E que Alá o cubra! De bênçãos, bem entendido!
É portanto eufórico e grato com tantas alegrias que estes leitores-comentadores me proporcionam, que decidi não voltar à Sicília, nem a Palermo. Por um lado, porque para tomar contacto com práticas mafiosas e seus respectivos autores, não é preciso sair da urbe nabantina. Basta passear por aí, com os olhos abertos e a mente a trabalhar normalmente. Até no meu bairro os há. Por outro lado, porque, conforme demonstram os comentários supra-reproduzidos, bem como outros de igual jaez, entrementes arquivados no classificador redondo do computador, vulgarmente conhecido por "lixo", embora não tendo nascido, vivido ou sequer visitado Palermo, não restam dúvidas acerca da razoável densidade de palermitas, nascidos e/ou residentes nas nabantinas margens. Donde deduzo que Cristo tinha toda a razão, ao proclamar "Benditos sejam os pobres de espírito, pois deles será o Reino dos Céus!" Amém! (ou Ámen, para os mais tradicionalistas).
10 comentários:
...yessssssssss...!!!!!!!!!!
Para quem ainda possa ter dúvidas sobre as causas da nossa desgraça, aqui temos um excelente exemplo de cidadão impoluto, leal, fraterno, frontal, verdadeiro e com elevado sentido de dedicação ao bem comum.Tomarense afinal! Só é pena não se poder saber quem é. Mas com o tempo...poder-se-á suputar que terá algo a ver com turistas. Ou não?
Mal andaria eu se após tantos anos vividos nesta doce terra ainda me incomodasse com algumas poeiras Cósmicas, grafadas em mau português, com erros ortográficos e verbos mal conjugados. Haja pachorra!
Não senhor! De modo nenhum! Nem pensar! Aviar recados aos IpT escudado no anonimato e usando sempre a mesma gravação, não é nada mafioso. Que ideia! Há lá coisa mais justa, mais democrática e mais franca??!! É fora de dúvidas que quem assim proced sitematicamente só pode ser uma pessoa equilibradíssima, sem taras, sem recalcamentos, sem traumas nem síndromes de qualquer espécie. O cidadão exemplar e o chefe de família à moda antiga, que todas as boas senhoras gostariam de ter por genro. Olarila!
Ao VOX POPULLI
Muito injusto, de uma ingratidão atroz, o seu comentário. O senhor não está certo no seu comentário.
Na era dos Descobrimentos e das Conquistas andava tudo na ganância por acumulação rápida de riqueza, ascensão a bons cargos, tudo por qualquer preço, com desprezo pela VERDADE e DIGNIDADE.
Alguns poetas desse tempo não se resignaram e enfrentaram com coragem essa realidade de corrupção generalizada, cultura que ainda grassa nos nossos dias.
A VERDADE era mal aceite.
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De um soneto de Camões a D. Luís de Ataíde:
"O que vos dá mais fama ainda no mundo,
É vencerdes,senhor, no reino amigo,
Tantas ingratidões, tão grande inveja".
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De Álvaro Barreto-Canc. Geral
"Sem pena ou sem favor
Nem por graça divinal
Não pode bom servidor
Medrar em Portugal."
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Gil Vicente - "Auto da Festa" (personagem que falava em nome da Verdade):
"Vim-me à corte cuidando achar
quem me fizesse algum gasalhado,
sem achar nunca ninguém, mal pecado
quem me quisesse somente olhar.
Oh grão crueldade!
que os tempos de agora têm tal qualidade
que todos no paço já trazem por lei
que todo aquele que falar verdade
é logo botado da graça de el-rei".
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para além dos poemas de Sá de Miranda, que seria fastidioso estar aqui a citar.
Muito injusto o senhor é no seu comentário.
Para Vox populi:
Você nem a escolher o pseudónimo foi feliz. A frase completa é "Vox populi, vox Dei", significando que sendo a voz do povo a voz de Deus, não adiante discutir. Para quem como você usa, sem disso se dar conta, uma fraseologia em conformidade com o melhor estalinismo ateu dos anos 50, que já nem os funcionários do partido usam, resulta curioso servir-se do nome de Deus. Coisas!
Quanto aos seus esfarrapados argumentos e elucubrações doentias, não perca mais tempo com ruins defuntos como eu. No hospital de Tomar ainda existe uma valência de psiquiatria. Aproveite, enquanto não a encerram, por causa de artistas como você, que falam e escrevem muito, mas trabalham pouco ou nada, apesar de ainda não estarem aposentados.
A sua odisseia aqui neste blogue tem os dias contados, a menos que resolva respeitar a verdade, a realidade, a boa educação e o direito ao bom nome de qualquer cidadão. Caso contrário, chame-lhe como quiser e acuse-me do que entender. Irá tudo parar ao caixote do lixo. E lá se irá o efeito pretendido. Os seus patrões políticos estarão de acordo? Olhe que é bem capaz de vir a ter chatices...
Já agora, uma pergunta inocente: Havendo por aí outros blogues e sendo a criação dos ditos gratuita, por que carga de água resolveu embirrar comigo? Identifique-se e terei muito gosto em publicar tudo quanto escreva. Incluindo as suas piores calúnias e calinadas.
A.R.
Cordialmente,
A.R.
Não comprrendo porque é que tem tanto medo desse vox populli.
Eu vejo-o a criticar "fantasmas" mas não consigo perceber nada,nem ter opinião.
Não sei o que é que o fulano lhe diz.Só sei que você não gosta dele e que não publica nada do que ele escreve.
Mas eu gostava de ler o que ele escreve para poder formar a minha opinião. Livremente.
Não acha?
Isto é que é uma administração dinâmica,activa.
Remove que se farta.
Força!
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