terça-feira, 2 de novembro de 2010

UMA DESESPERADA E INSENSATA FUGA PARA A FRENTE


Os membros do executivo municipal vão votar, na reunião da próxima quinta-feira, a adjudicação da empreitada referente ao museu polinucleado da Levada. São mais 5,4 milhões de euros, que a UE subsidiará, na melhor das hipóteses, em 80%. O que significa que, mesmo sem alcavalas e outras derrapagens da ordem, a autarquia terá de arcar com um pouco mais de um milhão de euros. Mais uma ninharia, a juntar a tantas outras. No fim de contas, a dívida municipal ainda só vai nos 32 milhões de euros = 6 milhões e quatrocentos mil contos. Uma verdadeira insignificância, nos tempos que correm, dominados pelas construtoras.
Noutras autarquias deste país, este assunto mereceria aceso debate e aprofundada análise, pois trata-se de autêntico sorvedouro de dinheiros públicos, pelo que a decisão mais prudente seria ficar-se por agora pelos telhados, reservando o resto para conjunturas mais favoráveis. Em Tomar, espera-se que tudo decorra como habitualmente. Uns reparos dos IpT, que ninguém leva a sério, uns resmungos dos socialistas, atados pela coligação,  que os obriga a voto favorável ou abstenção, o usual silêncio de Carrão e Rosário, que terão de votar a favor. E assim terão dado mais um passo decisivo rumo ao abismo.
3ª fase do Flecheiro, Envolvente ao Convento, Requalificação do Museu João de Castilho (Edifício do turismo municipal), Requalificação da Estrada de Lisboa, Requalificação da Estrada de Coimbra, Museu da Levada, eis exemplos da desesperada e insensata fuga para a frente, empreendida pela actual maioria autárquica de circunstância.
Com PP Coelho a proclamar perante o país que o pior ainda está para vir, os edis tomarenses, no seu mundo de fantasia, continuam agindo como se nada fora. A prudência aconselha indubitavelmente uma paragem para pensar. Uma pausa para aguardar o desfecho do diferendo com a ParqT, que pode vir a provocar um rombo de 10 milhões de euros nos cofres municipais. Um intervalo para indagar junto da banca se ainda é possível obter empréstimos na presente conjuntura, e a que preço. Um tempo para estabelecer como arranjar receitas para honrar os compromissos já assumidos. Pois não senhor! Para a frente é que é o caminho! Alguém terá de pagar!
No lugar dos senhores autarcas, daríamos um pouco mais de atenção ao que por aí se vai dizendo, bem como ao facto de o governo ter recuado na intenção de tornar os autarcas inimputáveis criminalmente no âmbito das suas competências, medida tão do agrado do senhor Fernando Ruas, da ANMP. O  que pode bem vir a significar o fim da vida santa e alguns autarcas a pagar com os costados atrás das grades as larguezas consentidas durante os seus mandatos. Nunca fiando, que as coisas estão a mudar vertiginosamente,  alguém terá de pagar as favas todas e os juízes não estão nada contentes.

14 comentários:

Anónimo disse...

É evidente que esta maioria PSD/PS está a enfiar Tomar no buraco, está a tramar Tomar, agora e no futuro. Tal como diz, seria necessário fazer uma avaliação dos investimentos e ter em conta os compromissos financeiros, que a câmara já tem neste momento, bem como as alterações das condições do País e as receitas que a câmara vai ter nos próximos anos. Mas este autarcas, só estão preocupados com eles próprios. Como alguém escreveu recentemente, os Tomarenses são muito distraídos da politica local e por isso vão merecendo o que lhes vão dando, os tais autarcas eleitos. No entanto por agora todos os que discordarem destes lesa município, são más línguas e invejosos, mas o dia virá em que os cidadãos vão concordar e reconhecer a criminosa gestão autárquica, deste casamento do PSD e do PS, na câmara de Tomar.

Anónimo disse...

"A prudência aconselha indubitavelmente uma paragem para pensar". Oh Caríssimo Professor, Mauela Ferreira Leite sugeriu, um dia não distante, o encerramento da 'casa' para meditação e caiu o Carmo e a Trindade. Deixe, quem vier a seguir apaga a luz!
Em Rio Maior, segundo noticia o jornal "A Bola", a comissão administrativa que dirigia o clube local entregou à presidente da Câmara Municipal as chaves da sede, colocando ponto final na história do União de Rio Maior, com dívidas que "ascendem a 93 mil euros"...

Bravura Lusitana disse...

A luta tomarense terá que se travar, necessariamente, através do PNR. É nele que reside a esperança para a cidade. Tomar precisa do PNR ! E o PNR precisa da entrega generosa dos tomarenses. Que nunca nenhum de nós deixe de efectuar a mudança que quer ver por falta de luta ou por falta de comparência !

"Não venci todas as vezes que lutei, mas perdi todas as vezes que deixei de lutar!"

Viva o PNR ! Viva Thomar ! Viva Portugal !

Anónimo disse...

Esta maioria PSD/PS está a repetir no concelho o que vemos no país. Está a hipotecar o nosso futuro.

PM

Já pensei em ir para o estrangeiro mas a minha mulher, funcionária pública (professora) não quer. Melhor, ainda não quer. Mas não deve tardar para que o bom-senso impere...

Anónimo disse...

Em relaçao à empreitada da Levada, tenho uma ideia mais em conta, criativa e adequada. Deixo aqui dois link´s para terem uma ideia do que estou a falar.

www.bracodeprata.com/

www.lxfactory.com/

Respect

Anónimo disse...

Estas obras não podem parar porque não há dinheiro para devolver as alcavalas já recebidas.

Zé Nabo (o outro)

Anónimo disse...

Tanta ignorância. Não há alternativa possivel, pois se não se realizar esta obram mais tarde ou mais cedo veremos este espaço em ruínas, para além de ao não se aproveitar o financiamento comunitário de 80%, nunca mais termos dinheiro para executar esta obra.
O erro não está em recuperar este património, mas sim no facto de o mesmo ter sido aceite palo Paiva sem as devidas contrapartidas financeiras que salvaguardassem a sua recuperação.
Agora é de ir em frente e encontrar a melhor solução para o seu funcionamento futuro.

Anónimo disse...

Façam o favor de tomar bem nota de quem vai aprovar aquele disparate do Museu da Levada.

Mais um roubo inútil e ilegal de fundos públicos.

Anónimo disse...

Eu não percebo nada de contas. Só sei a tabuada. Mas tenho cá pra mim, que o montante do QREN para financiamento da recuperação dos imóveis da Levada, foi empolado..para serem "transferidas" verbas para pagar outras obras...Talvez a parte da competência da autarquia, tenha sido incluída..é só um supôr..
Quero eu dizer que se as obras são financiadas em 80%, os 20% (nesta ou noutras) estarão incluídos...
A ser assim,é inevitável a adjudicação desta obra...já que o dinheiro remanescente terá que cobrir outras já em falta...
Espero estar enganada, o que muito humildemente aceito, pois de contas não percebo nada...

Anónimo disse...

Quem é que aprovou aquilo?
Quem foi?

Anónimo disse...

Votação por unanimidade dos sete.

Aqui chegados, qual a solução alternativa?

Anular o concurso, pagar indemnizações e deixar cair os prédios?

Suspender a adjudicação, perder a comparticipação europeia e deixar cair os prédios?

Adjudicar, fazer a recuperação dos prédios e estudar de imediato a concessão da mini-hídrica, o apoio do Espírito Santo (para minorar os juros do empréstimo camarário do remanescente) e da EDP para o museu da electricidade e de outras instituições públicas e privadas?

O Paiva formatou este processo e albardou-o à sua vivência nova-rica (sem precisar de apoios nem de financiamentos para os tais 20%)
o Corvelo deu-lhe andamento e agora o "monstro" aparece e tem de se deidir sobre ele!

A grande burrice foi a condução deste processo!

Anónimo disse...

A adjudicação da obra do museu da levada foi aprovada pela unanimidade dos vereadores presentes.

Confirmou-se assim que quem aprovou é conivente com mais um elefante branco da cidade.
Não há projecto de viabilização daquilo, depois de construído, nem foram cumpridas as regras da contratação publica para a adjudicação.
Quem aprovou vai pagar bem caro a ilegalidade cometida.

Anónimo disse...

"
Agora é de ir em frente e encontrar a melhor solução para o seu funcionamento futuro.
"

Penso que foi isso que disse o comandante do Tinatic quando se apercebeu do iceberg...

Anónimo disse...

"
A adjudicação da obra do museu da levada foi aprovada pela unanimidade dos vereadores presentes.

Confirmou-se assim que quem aprovou é conivente com mais um elefante branco da cidade.
Não há projecto de viabilização daquilo, depois de construído, nem foram cumpridas as regras da contratação publica para a adjudicação.
Quem aprovou vai pagar bem caro a ilegalidade cometida.
"

Talvez um dia a IGT actue de forma isenta e coloque os processos devidos a esta ilegalidade. Mas até lá, vamos sofrendo...