quarta-feira, 10 de novembro de 2010

CONTINUA O NEVOEIRO DELIBERADO...

O executivo municipal esteve reunido esta manhã, em sessão à porta fechada, pelo que os habituais representantes da comunicação social não puderam assistir, ao contrário do que é habitual. Motivo de tal secretismo -Abordar o litígio entre o município de Tomar e a ParqT, a empresa que projectou, edificou e explora o parqueamento nas traseiras dos Paços do Concelho. Segundo o site da Rádio Hertz, tratou-se apenas de expôr aos membros do excutivo os detalhes do processo, que o tribunal arbitral deverá decidir até ao fim do corrente mês. Se assim foi, não se percebe qual a razão do secretismo. Há aspectos que os eleitores tomarenses não podem saber? O município está sem saber o que há-de fazer e resolveu comprometer os eleitos na oposição? Foram apresentadas e discutidas hipóteses de solução? A ParqT afirma que o município não cumpriu o estipulado. É verdade? Quando, como e porque é que o executivo de então resolveu agir da forma como o fez? Qual é, em síntese, o pomo da discórdia?
Se a actual maioria de circunstância se convencesse, de uma vez por todas, que o seu papel é de meros administradores temporários de uma entidade cujos accionistas forçados são todos os contribuintes do concelho, todos teriam a ganhar. Os cidadãos porque passariam a estar devidamente informados acerca de questões que a todos dizem respeito, e poderiam então emitir opiniões fundamentadas. Os autarcas da transitória maioria porque passariam a ter acesso a posições diversas das suas, o que é sempre vantajoso, pois se, em tese,  duas cabeças pensam mais e melhor que uma só, agora imaginem-se umas largas centenas, pelo menos...
Ao invés, a actual política de segredo, numa envolvência económica cada vez mais agreste, só pode vir a complicar o evoluir da situação, qualquer que venha a ser a decisão dos árbitros, uma vez que a circunstancial  maioria estará isolada perante a outra parte. E Deus sabe que há uma grande hipótese de solução de compromisso, com vantagens evidentes para ambos os lados. Infelizmente, o actual executivo não tem condições para a alcançar, por manifesta carência de fiabilidade aos olhos da ParqT, que como é lógico nunca o admitirá. Continuará a privilegiar a via contenciosa, até conseguir os quase dez milhões de euros reivindicados, que lhe permitirão ver-se definitivamente livre do vespeiro nabantino.
Salvo qualquer acidente de percurso, que venha a provocar autárquicas intercalares, uma das principais tarefas da maioria a sair das eleições de 2013 será portanto a busca incessante de um acordo consensual com a Bragaparques, entidade que controla a ParqT. A menos que, forçada a pagar a indemnização pretendida, a autarquia nabantina passe a ser a única proprietária do parque situado no núcleo histórico, estatuto que também comportará vantagens a ter em conta.
Para já e para os tempos mais próximos, na óptica dos membros da provisória maioria, "é urgente não fazer nada". Uma vez conhecido o desfecho do litígio, que, nos termos da convenção celebrada entre as partes, não é recorrível, terão então de decidir rapidamente se insistemn no combate de galos ou resolvem baixar as cristas. Cá estaremos para o que der e vier.

9 comentários:

Anónimo disse...

Isto, está, muito, muito, muito murcho!
O Sr. não se consegue ver contrariado – com o devido respeito – (qual menino, a bola é minha e o jogo é como eu quero, porque doutra maneira não há bola para ninguém – mas o jogo continua!..., claro que com outras bolas e noutros campos…), e assim ”a coisa” vai perdendo todo o interesse não havendo contraditório.
Ficará naturalmente e cada vez mais, a falar sozinho!... Porque os seus posts sendo interessantes, e tendo alguns, algum interesse, para a maioria, são chatos até dizer chega!....
Portanto amigo, de duas uma: ou abre isto às diversas e mais contundentes posições de cidadania, aguenta-as, e haverá auditório, ou, continuando a querer fazer das suas (posições, ideias, etc) verdadeiros postulados ou axiomas, um dia destes verterá sozinho e, para desconsolo, nem o Boby, estimado canino, se dará à maçada de levantar a cabeça, interromper o seu doce romrom, e espreitar quem vai!
Com consideração.
anónimo

ps:(Se, entendermos este espaço como aberto à discussão de ideias, projectos e opiniões
diversas e diferentes , e não como um blogue convencional ou, digamos, de culto; como se vêem muitos por aí.)

Anónimo disse...

Amigo Rebelo
Há assuntos de estratégia judicial que não devem ser discutidos publicamente.
Segundo consta um Advogado do Município (da empresa Sérvulo Correia) veio explicar a defesa que foi feita no Tribunal, para todos saberem.
O mais curioso é que nem aqueles que são mais próximos dos Vereadores têm conhecimento daquilo que se passou na reunião!
Portanto, não estranhe.
Às vezes o segredo é alma do negócio.
E se foi a bem dos interesses de Tomar ....
Aguardemos!!!!!!

Anónimo disse...

A Câmara,só até agora,já pagou 750.000 euros à Bragaparques e mais de 300.000 euros de honorários ao advogado e ex-ministro PSD,Morais Sarmento.

Fartai vilanagem!

Unknown disse...

Para anónimo em 12:54

Quem quer que você seja, este seu comentário revela uma excelente perícia para atirar...ao lado do alvo.
É que não existe por aqui qualquer questão de contradição. Apenas de boa educação, civilidade e frontalidade.
Desde que cada qual se identifique cabalmente, Tomar a dianteira publicará tudo o que receber, como já foi afirmado bastas vezes. Comentários anónimos, só serão publicados aqueles que entendermos. Não se pode ter tudo!

Anónimo disse...

Para 11 de Novembro de 2010 20:47

O Esmurrais Sagmento recebeu aí uns 20.000€ para a "cagada" do contrato de concessão do Convento de Santa Iria/Ex-Colégio Feminino, que teve de ser corrigido (quase na totalidade) pela jurista da C^mara.
Este caramelo foi contratado ainda pelo Paulino da Trofa.

Quem recebeu os 300.000€ foi o Servulo Correia (e Associados) para os processos com a Parque T (Braga Parques).

Mas isto de outsourcing tem que se lhe diga. É uma forma de engordar as contas dos amigalhaços do Paulino e do Relvas!!!!!!
O Governo gasta milhões e milhões para serviços que os seus técnicos podiam perfeitamente realizar.

A Câmara de Tomar também faz muito outsourcing!

Anónimo disse...

PARA PRIMEIRO COMENTADOR:

Acertou na mouche!

Unknown disse...

Para anónimo em 09:26

Eu bem vou dizendo que os tomarenses em geral são gente de ideias fixas, perdidos algures em meados do século passado. Sem resultado, pelos vistos. Lástima!

Anónimo disse...

Pois é...

És um visionário incompreendido ou,como diz a minha tia Aurelinda:

Um adiantado mental.

Vai-te conformando,na esperança de daqui a 50 anos fazerem romagens ao teu covato.

É a vida.

Anónimo disse...

Então, pelo vistos, estamos em casa, não é sr. Rebelo?