quinta-feira, 11 de novembro de 2010

CASOS NABANTINOS...

Este prédio, frente ao antigo hospital, representa sem sombra de dúvida um acto de coragem, de vontade de andar para a frente, de confiança na cidade e nos tomarenses, por parte de quem arriscou na sua construção - a CONZEL, a cujos gerentes aqui deixamos este testemunho da nossa admiração, sincera e sem segundas intenções.
Infelizmente, contrariando o que se foi dizendo enquanto duravam as obras, nem uma única fracção foi ainda vendida. Cada um terá a sua opinião, sempre bem fundamentada, salvo erro, mas uma coisa é incontestável: desde há mais de duas décadas, as coisas não vão bem em Tomar, nem para lá caminham. Na nossa opinião porque, a partir de dada altura, quiçá sem disso se darem conta, os senhores autarcas eleitos passagem a agir em função de um ponto de vista errado. Consideraram e consideram, de facto que a população está ao serviço do município, qunado é exactamente o contrário. Claro que vão negar tal realidade. Mas então façam o favor de nos explicar os sucessivos aumentos de preços e de taxas, as regulamentações locais cada vez mais exigentes, e uma burocracia de tal forma obesa e trôpega que por vezes nem os próprios especialistas "doutorados" em desenrascanço conseguem chegar a bom porto em tempo útil.



Do lado oposto da cidade, na Estrada da Serra, eis duas imagens daquilo a que podemos chamar os despojos da herança do vereador Ferreira das farturas. Vítima da sua impetuosidade, mas igualmente da sua capacidade de trabalho, foi varrido na primeira ocasião, conforme aqui foi previsto logo aquando da celebração do acordo de coligação. Agora até os vândalos vão aproveitando para se vingarem. Realmente os tomarenses não apreciam quem trabalhe, sobretudo quando não pertence à fina flor local, a chamada "boa sociedade tomarista". 
Resta ao autarca corajoso mas demasiado frontal para a idade e para o lugar que ocupa afixar no seu gabinete de trabalho -se assim o entender- estas duas sentenças: "A política é a arte do possível, toda feita de execução e de escolhas permanentes". Pierre-Mendès France, antigo primeiro-ministro socialista francês, que assinou a paz na Indochina (o actual Vietnam) e era descendente de judeus portugueses expulsos em 1492 (Mendes). " Dizem que a política consiste em escolher entre as duas melhores opções em cada caso. É falso. A política consiste sempre em escolher entre o mau, o péssimo e o execrável." John Keneth Galbraith, economista célebre e embaixador americano na Índia.


As obras da rotunda continua a ser, ao cabo de alguns meses, uma autêntica caixinha de surpresas. Após o bizarro paredão-mijatório, o "relevé" ao contrário, a demolição do anterior tanque e a posterior construção de um igual no mesmo sítio, agora colocaram candeeiros novos mesmo ao lado dos que já lá estavam, numa evidente e lamentável falta de respeito pelo dinheiro de todos nós. É caso para dizer a quem projector semelhante alarvidade -Vão gastar para o raio que vos parta!
Porque é evidente -salvo se os autarcas insistirem com a empresa, para sacudirem a água do capote- é evidente, dizíamos que a EDP não vai retirar os candeeiros anteriores, por uma questão de poupança. Fica-lhes mais barato estragar alguma energia do que pagar a mão-de-obra e o material, necessários para retirar e armenazenar os ditos. Tal como já acontece na "Rotunda dos Ciganos" ou na Choromela, na parte recentemente alvo de obras de saneamento e requalificação.
Cúmulo dos cúmulos, um dos antigos candeeiros, que fora retirado para faciltar as obras, acaba de ser recolocado no seu lugar de sempre. Mas teve azar, o coitado -ficou às avessas, de forma que agora alguns maldosos dizem que é um lampadário gay. Só funciona atrás!


Além da pouca sorte com o projecto e com a empresa adjudicatária -que manifestamente nunca antes se metera numa obra deste tipo, nem dispõe de pessoal à altura da tarefa- os senhores arquitectos (ou posteriormente os senhores autarcas da provisória maioria?!)- resolveram divertir-se à custa do pagode pagador de impostos. É a única explicação plausível para este autêntico aborto estético. Devem ter partido do princípio de que os tomarenses andam desorientados, pelo que se torna indispensável mostrar-lhes todos os dias onde moram. O leitor encontra melhor explicação para semelhante aberração por assim dizer no meio do núcleo histórico?

8 comentários:

Anónimo disse...

Este é um exemplo perfeito da arquitectura enquadrada no espaço envolvente. Recria a atmosfera da cidade naquela zona. É o prédio mais bem conseguido nos últimos 30 anos em Tomar! Parabéns a todos quantos estiveram envolvidos na sua concepção e execução.

Anónimo disse...

Mais um caso sem explicação:
- De 12 a 14 de novembro, decorrem em várias cidades e vilas portugueses (Aljezur, Batalha, Lagos e Vila do Bispo) comemorações dos 550 anos sobre a morte do Infante D.Henrique. Tomar ficou de fora.

P.M.

Anónimo disse...

Ao que isto está a chegar:

O Ferreira das farturas e da "chulice" dos orçamentos públicos acaba de ser promovido,distinguido com epítetos de monta :

"Autarca corajoso"

"Vítima...da sua capacidade de trabalho"

"Realmente os tomarenses não apreciam quem trabalhe."

E depois diga "raios e coriscos" de um tal cavaleiro templário que,agora começo a ver,tem as suas razões.

Não concorda Dr. Rebelo?

Anónimo disse...

Sobre a dificuldade de venda do (bonito)prédio frente ao antigo hospital: Díficil vender e até alugar. Infelizmente.
Porque a população idosa/aposentada já não muda de residência;
-porque parte da população activa (do Estado ou Privados) vivem aflitos com possíveis dispensas ou despedimentos no futuro. Tudo parece estar a colapsar em Tomar;
-porque outra parte dessa população activa ainda reside em Tomar, está a pagar a casa ao Banco, mas trabalha noutras terras. Há alunos do IPT a trabalhar em "part-time" no novo centro comercial em Leiria;
-porque a parte restante dessa população está no desemprego;
-porque os jovens que terminam os estudos e vão iniciar a vida activa não ficam num local onde não há ofertas de trabalho. Se ficam, ficam em casa dos pais.
Ou seja, não se criando postos de trabalho em nenhuma área, antes os reduzindo(industria, comercio ou serviços), nenhuma nova população se fixa. Por isso Tomar caminha no sentido de uma aldeia de reformados, como hoje já se pode encontrar no interior beirão ou transmontano, Alentejo, Andaluzia ou sul de Itália. A função pública ainda disfarça essa desertificação mas será por pouco tempo: sem população reduzem-se os serviços. Porque razão o Hospital de Tomar já está em processo de perca de valências?
Este é o verdadeiro crime que os políticos e os tomarenses cometeram e estão a cometer nos últimos 25 anos. E não é com vereadores "activos" e tontos que talvez (ainda)se encontre uma saída para evitar este suicídio colectivo!
Pior, políticos impetuosos "à tomarense" só disfarçam a incompetência própria e a da cidade.
Pedro Miguel

Anónimo disse...

Mais uma explosão de perturbação da personalidade. O ferreira das farturas a falar dele próprio utilizando os epítetos do seu "clube de fãs"...
Realmente só em Tomar!!!

Anónimo disse...

Olé olé o luís é que dá!
Então se por um lado esta é a pior câmara de sempre, este é o pior conjunto de autarcas, o concelho está com uma administração municipal que envergonha.
E depois distraímo-nos com do mal, o menos, existe um rapaz tonto, gastador, mas com uma estratégia louca de poder pessoal, que até faz umas tontarias á custa de gastar o nosso dinheiro, á tripa forra e ainda é bom rapaz. Tenham dó, se calhar o Passos Coelho tem razão, se fossem julgados criminalmente sobre o gasto dos dinheiros públicos, estávamos livres de tal corja de políticos.
Tomar precisa de gente séria, na política e na autarquia, mas com ideias e com saber, para utilizar os dinheiros públicos da melhor forma, não em festas em tempo de funeral.
Ainda não viram porque os partidos continuam a dominar. É porque os cidadãos se demitem e atiram a qualquer coisa, tal como apoiam qualquer saloio, que apareça de gravata ou bem falante. Assim continuamos a engolir no futuro tais políticos, como os que nos governam em Tomar e até no País.

Anónimo disse...

Na rotunda versão 2, após a era fonte cibernético/paulina, falta acrescentar à palavra "Tomar" a adjectivação de "Cidade Cigana".

Bem hajam!!!

Anónimo disse...

alguém me sabe explicar o porquê da palavra TOMAR, na rotunda, ficar direcionada para a igreja Sta. Maria do Olival??????