quarta-feira, 17 de junho de 2009

ABRIR PORTAS AO PORTAS


"Quando o PC era bastante forte em Itália, Espanha e França, países onde agora já nem 5% dos votos consegue."
"O que prova a justeza da política do PCP que sempre recusou a tão desejada "modernização" que os seus adversários políticos, autor do blogue incluído, tanto desejam. É a prova provada que da traição não pode sair nada de bom" 17/o6/09, 20:16 (O negrito é nosso)

"O Rebelo não dava aulas de Matemática pois não? É que se nota um bocadinho...E a fixação por transformar vitórias da direita em derrotas já vem dos anos 6o do século passado. O Rebelo percebeu já há muito tempo que fazer opinião é muito importante e como ninguém o fazia, vai ele de o fazer...inteligente sem dúvida. Primeiro sob a capa de Conde do Flecheiro, depois retirando-a porque o embuste não fazia mais sentido. Agora brinda-nos com vários posts ao dia, todos num só sentido. Honesto intelectualmente, pois sabemos qual a sua filosofia de vida e política. Mas não insista em chamar-nos burros. Também sabemos ler resultados eleitorais e não temos medo da sua sapiência. Efectuando uma extrapolação e aplicando o método de Hondt, o próximo executivo seria PSD 3, PS 2, Bloco 1, CDS 1. Estes são os factos.O crescimento do CDS foi superior a 100% quando comparado com as últimas autárquicas. E é isso que o Rebelo infelizmente quer propositadamente esquecer ou evitar que alguém refira. Pois bem meu caro, não conseguiu." 17/06/09 (O negrito é nosso)

Decidimos reproduzir os dois comentários acima por nos parecerem exemplares, tanto pela positiva como pela negativa. Pela positiva, porque ambos usam uma linguagem correcta, embora nem sempre cordata. Pela negativa, porque ambos procuram pessoalizar as questões e atribuir aos outros intenções menos aceitáveis.
Usando linguagem escorreita e minimamente polida, escapam daquele nutrido grupo dos calhordas, labregos e artolas, que mais não fazem do que tentar transformar os blogues em reles pavilhões de suinicultura, com falta da mais elementar higiene.
Se alguém tem dúvidas a este respeito, fará o favor de tapar o nariz, encher-se de pachorra e tentar seguir o blogue do Templário. Aquilo não prestigia ninguém, antes envergonha e repele, mesmo os mais tolerantes. Os seus administradores não mereciam tal sorte, nem têm quaisquer responsabilidades. Limitam-se a ser tolerantes até ao excesso, pelos jeitos sem melhorias evidentes. De qualquer forma é o que temos e é com tais soldados que teremos de travar as batalhas que se avizinham. Aviso aos interessados...
Voltando aos comentários dos amáveis correspondentes deste blogue, vamos agora separá-los. Em relação ao primeiro, nada a acrescentar. Pensamos que é bastante eloquente. Como disse uma vez De Gaulle, que era militar e de direita, "os comunistas avançam até onde os deixam e recuam até onde os obrigam." Somos da mesma opinião.
No outro comentário, há uma série de insinuações despropositadas e sem qualquer fundamento. Também nós, por simples curiosidade, gostaríamos de saber quem terá sido o Conde do Flecheiro, mas nunca conseguimos. Quanto ao resto, afirmar que esquecemos propositadamente, com determinado objectivo, sem qualquer prova, é uma atitude inaceitável em pessoas de bem. Quem usou muito esse método foi o Estaline, que mandou matar multidões, afirmando que se calhar não fizeram mas tinham a intenção de fazer...
Sobre os resultados, fiquei boquiaberto com as afirmações a negrito. Antes de mais, porque nas autárquicas, como é sabido, haverá no mínimo mais uma força concorrente, os IpT, pelo que a extrapolação feita carece de realismo. Depois, porque na verdade, contrariando a afirmação do ilustre correspondente, o CDS não cresceu nada mais de 100%. De acordo com os resultados oficiais, nas autárquicas de 2005, obteve 797 votos, ficando em 5º lugar. Nas recentes europeias ficou em 4º, com um total concelhio de 1.221. Em que matemática é que 1.221 são mais de 100%
de 797? Na nossa aritmética envergonhada, para a afirmação ser verdadeira, o mínimo aceitável seria 1595 votos. Ou estaremos equivocados?
Uma vez que estamos a escrever sobre resultados eleitorais, aqui vão todos os obtidos pelo CDS, para evitar que nos venham acusar novamente de estarmos a esconder coisas propositadamente. Os populares obtiveram no concelho 2095 votos nas legislativas de 1999, 745 nas autárquicas de 2001, 2098 nas legislativas de 2002, 1895 nas legislativas de 2005, 797 nas autárquicas de 2005 e 1221 nas europeias de 2009. Nos restantes casos foram coligados com o PSD.
Se pretendêssemos usar o tal processo de intenções, poderíamos acrescentar que, provavelmente, o autor da mensagem pretenderia apenas fazer render o peixe nas eventuais conversas em curso com os laranjas, no sentido de uma coligação concelhia. Se calhar não andaríamos longe da realidade. Ainda assim, como não nos servimos de tais métodos, não ousaremos chegar a tanto. E esta hein?

7 comentários:

Anónimo disse...

Abrir portas ao portas
Que as portas estão fechadas
Onde eram quintas e hortas
Hoje estão feias fachadas


Hoje estão feias fachadas
Cidade sem rei nem roque
Seus políticos mal formados
Sem motor vão a reboque


Sem motor vão a reboque
Daquilo que vêem fora
Nem sequer ouvem o toque
Chegam sempre p´ra lá da hora…

Sebastião Barros disse...

Está excelente! Continue!

Tomar a dianteira

Anónimo disse...

Afirmo que sempre votei CDS. Acho que o actual cenário prova que mesmo não existindo na prática CDS em Tomar, ao invés de todas as outras forças partidárias, nem sequer tendo um único vogal na Assembleia Municipal, passar de 797 para 1221 e ultrapassar a CDU em termos de votação é um enorme resultado. Dito isto, prova-se que existe um espaço no espectro politico local para o CDS e que, com um bom candidato poder-se-ia naturalmente aspirar-se a uma cadeira na mesa da Câmara. Aspirar a mais do que isso será pura utopia, provincianismo bacoco. Dos nomes que por aqui e por aí se lançam às feras... apenas direi que não faz sentido importações ou contratações de vedetas de 3.ª apanha. Penso que está tudo dito.

Anónimo disse...

:DDDDD

Anónimo disse...

... já cá venho depois de conseguir parar de me rir...

:DDDDDDDD

Anónimo disse...

Boa Tarde Senhor Licenciado António Rebelo.

Acusa-me Vossa Excelência de usar "linguagem minimamente polida" assim sendo espero que uma muito mais cuidada redacção seja do agrado da sua insigne figura.

Refere também que uso uma linguagem correcta mas nem sempre "cordata". Quer explicar?

Consultado o dicionário, não quero dúvidas!, as acepções registadas são de sensato, prudente e pacato.
No comentário que escrevi, e que é o referente à política do PCP, gostaria que me instruísse quanto à acepção a utilizar.

Penso que não há nenhum motivo para pensar que não sou sensato, não tem razões para inferir que não sou prudente e não tem nenhuma razão para me classificar como não pacato, ou seja desordeiro, inimigo da paz ou intranquilo.

Penso que a razão de tanto barulho é aquele "autor do blogue incluído".

Estarei enganado?

Sim!?

Tanto melhor.

Outra questão é a referência neste "post" ao que acontece nestas e noutras caixas de comentários.

Sei, ainda sei ler!, que Vossa Excelência explicitamente nos retira dessa categoria mas a simples referência ao que se passa na caixa de comentários do "Templário" na nota que faz é para mim ofensiva.

Saúdo-o com as mais cordiais saudações democráticas.


Um animador de bancada

Anónimo disse...

Percebi.

Um animador de bancada.