quinta-feira, 18 de junho de 2009

ANÁLISE DA IMPRENSA LOCAL E REGIONAL




Redacção de Tomar a dianteira Colaboração CLIPNETO
As duas ilustrações supra, reproduzidas d'O MIRANTE, com a devida vénia, tocam-nos no que temos de mais essencial -a nossa maneira de ser e de estar. Na primeira, cujo título poderia ser "O homem e a sua obra", vê-se o historiador Jorge Custódio, anterior director do nosso Convento de Cristo, naquilo que é, desde há tempos, a entrada para os visitantes da antiga Casa Mãe da Ordem de Cristo, Património da Humanidade. O seu sorriso é enganador, pois as coisas por ali nunca foram nem vão pelo melhor dos caminhos. Basta olhar para aquele acesso. Está mesmo à altura do monumento, em termos de comodidade, estética, evidência ou conveniência para os visitantes. O MIRANTE publicou a fotografia a propósito da nomeação do retratado para director do Museu Nacional Ferroviário, no Entroncamento. Oxalá tenha mais sorte do que no Convento, onde não consta que tenha deixado saudades, ou no processo de candidatura de Santarém a Património Mundial, que custou pipa e meia de massa e acabou em águas de bacalhau, como era óbvio desde o início.
Porque estamos a escrever sobre Património Mundial, CIDADE DE TOMAR refere, em manchete, que a Festa dos Tabuleiros vai ser proposta para Património Cultural Imaterial da UNESCO. No nosso entendimento, trata-se mais uma daquelas acções de fachada, que em nada contribuirão para melhorar o que quer que seja por estas bandas. Basta ver o que acontece com o Convento, Património Mundial da UNESCO desde há mais de 25 anos. Que temos ganho nós com isso? Dá Deus nozes a quem não tem dentes? Há pois dá! Mas não adianta continuar à espera que apareça um D. Sebastião para nos salvar. Enquanto os tomarenses não decidirem abandonar a sua conhecida e confortável apatia, não conseguiremos levantar a cabeça, mesmo que os outros continuem a proclamar que nunca baixam os braços.
Ainda em CIDADE DE TOMAR, merece a pena ler com atenção as declarações de Bruno Graça, putativo cabeça de lista da CDU nas próximas autárquicas. E escrevemos putativo pois neste momento ainda não nos parece ser um dado adquirido tal candidatura, caso não haja um acordo mais largo nas forças de esquerda. Bruno Graça está consciente de que será uma tarefa bem ingrata concorrer com poucas ou nenhumas hipóteses de vencer, ou de vir a ter uma actuação consequente. Continuamos com os mesmo problema de sempre: sem união de esquerda, persistiremos a remar contra a maré e o barco a andar pouco. Quando anda.
De regresso a O MIRANTE, a nossa outra ilustração é um excerto de um texto irónico, publicado semanalmente sob o título genérico de "E-mails do outro mundo". Desta vez, Manuel Serra d'Aire, nome suposto como é óbvio, aborda, entre outros temas, o caso da nossa Sinagoga. Basta clicar em cima da ilustração para ler o excerto. A brincar, a brincar, o autor usa um tom jocoso para nos descrever subliminarmente como aquele jardim zoológico (apesar de tudo ribatejano) onde habita uma grande tribo de animais de outra época, racionais é certo, mas de modo muito desigual e dependendo das circunstâncias. Quando os outros nos vêem assim e ousam escrevê-lo, mesmo sob pseudónimo, é tempo de acordarmos e avançarmos no tempo. Caso contrário, o nosso futuro e o dos nossos descendentes poderá ser tudo menos brilhante.
Resta-nos O TEMPLÁRIO, cuja primeira página, no nosso entender, tornaria redundante qualquer comentário: "Rapto para fins sexuais em fase final de julgamento", "Paulo Arsénio "acordou" em 1989" "União de Tomar não sobe à 3ª Divisão Nacional". Nas páginas interiores, destaque para a habitual colaboração de Isabel Miliciano, sempre bem intencionada, mas por vezes perdida algures no passado. É o caso do tema desta semana sobre O Museu dos Tabuleiros, integrado num Projecto para Tomar.
Compreende-se a intervenção, pois convergem opiniões de vários quadrantes, no sentido de instituir o dito museu quanto antes. O que ainda ninguém explicou, se calhar porque ainda ninguém conseguiu colocar-se mentalmente no futuro pós-crise, foi a maneira de conseguir os fundos, tanto económicos como documentais, para o tal museu, bem como a maneira de custear as sempre avultadas despesas de funcionamento, de manutenção e de actualização. E sem isso, pouco ou nada se poderá fazer. Isto para não desencorajar abruptamente as pessoas ainda entusiasmadas com a ideia. Porque, de qualquer maneira, as perguntas fulcrais impõem-se sempre. Um museu dos tabuleiros com quê?, com quem?, para quê? porquê?. Só depois devem ser aboradads as outras, enumeradas antes, por questões de metodologia de apresentação. É tudo muito bonito, mas como já escrevemos alhures, se o Convento de Cristo, com apregoados 150 mil visitantes anuais, e entradas a 5 euros, não consegue mesmo assim verbas suficientes para funcionar e pagar ao pessoal, imaginem um hipotético Museu dos Tabuleiros...num concelho cuja autarquia não está propriamente a nadar em dinheiro, nem para lá caminha.

9 comentários:

Anónimo disse...

"1360. AQUECIMENTO LOCAL
Há o aquecimento global, ao que dizem resultante das alterações climáticas, da poluição e por aí fora e há também o aquecimento local. As autárquicas mexem, oh! se mexem em Tomar. Tenho por certo que este ano os tomarenses vão poder escolher entre independentes livres de dependencias comprometedoras e sem interesses que não os de Tomar e os desgastados independentes com interesses. Aumenta a nervoseira. E não é só nos nos desgastados independentes com interesses. Há mais interesses nervosos."
In Babantia

Olha a nervoseira!
Os políticos que se cuidem, porque as próximas eleições vão ser a doer! Ou se vão!

Anónimo disse...

Sr. Rebelo, gostei muito do artigo da Senhora Isabel Miliciano, e considero que a senhora está cheia de razão. Temos que apostar no que é nosso!
Sou um admnirador das ideias e opiniões que a Senhora Miliciano tem defendido. E mais, tem sido a única pessoa com verticalidade para dizer algumas verdades. Não posso esquecer os artigos sobre a Misericórdia de Tomar e outros sobre o Senhor relvas.
Garanto-lhe do que lhe conheço, sabe o que diz e da minha parte comungo profundamente das suas opiniões. Enquanto os outros articulistas falam e repisam na política, a Semhora avança com ideias.
Mas a propósito de custos, Sr. Rebelo, por acaso já lhe passou pela cabeça quanto gasta a Câmara com o Museu de Arte Contemporânea?
Quanto gastou na exposição sobre o surrealismo?
Quanto gasta com as estadias de José Augusto França no Hotel dos Templários? Com as deslocações a Lisboa para ir e buscar e levar a mesma pessoa, quando lhe apetece colocar em Tomar uma exposição de um dos amigos?
Que não lhe passe pela cabeça! Pois somos mais felizes quando não sabemos algumas verdades!
Ainda tenho esperança de ver publicado esta informação nos jornais da terra. Certamente que muito boa gente ficaria escandalizada.
Lanço aqui um repto à Senhora Miliciano para que aborde este assunto no seu jornal.

Com estima, um assíduo leitor dos artigos da Senhora Miliciano

Anónimo disse...

O Paiva foi o maior.
Quis que o Corvelo fosse candidato, e ele aí está! O PSD acagaçou-se e fez do homem mais apagado de Tomar o seu candidato!
Com tanto adversário o homem não se vai aguentar! É bem feita tivese juízo!
A política não é para quem quer, mas para quem pode!

O Observador

Anónimo disse...

Nunca percebi a razão pela qual o Paiva andava com José Augusto França ao colo!
Era para dar uma de intelectual!
Cá para mim ele até achava o velho um chato!

Anónimo disse...

O Cidade de Tomar descobriu a polvora.
Ete projecto das Festas dos Tabuleiros serem classificados pela a UNESCO como património imaterial da humanidade é mais velho que eu sei lá. Aliás foi um processo iniciado no primeiro mandato do Paiva, ainda o Trincão andava com o programa as Festas do Sol, do qual foi prublicado um livro, onde figruam as grandes festas da humanidade.
Tudomuito bonito, mas em termos de mais valia para Tomar se ligarem tanto à classificação da Unesco, para as festas, como têm ligado ao Convento de Cristo... Enfim.
Em época de pré-campanha cai bem estes títulos. Enchem o olho.

O Cidade de Tomar sempre gostou de ajudar quem está no poder. São feitios!

Sebastião Barros disse...

Para anónimo em 23:20

Ninguém escreveu ou teve sequer a intenção de escrever algo contra a Isabel Miliciano, que tem amigos aqui no blogue e não merece que a caluniem. O que se vincou foi a inviabilidade económica de um projecto ainda mal alinhavado, com linhas demasiado grossas e pontos demasiado largos. O facto da autarquia dispendar verbas porventura imorais com o sr. França e o seu museu de estimação, não legitima de modo algum que se façam outras asneiras semelhantes. Uma cabeçada nunca justifica outra cabeçada.
O email lidiarrebelo@gmail.com, ou a Rua Aurora Macedo, 73, estão à sua disposição para receber fotocópias, ou declarações assinadas sobre a questão das despesas com os surrealistas e outros. Teremos todo o gosto em publicar e comentar em Tomar a dianteira tudo o que for verdade e atente contra os interesses dos tomarenses. Naturalmente saberemos guardar o anonimato de quem nos ajude.
Antecipados agradecimentos.

Anónimo disse...

Caramba, os magnos problemas da nossa terra, retratados na imprensa local:
a) O julgamento está no fim!; rapto sexual é o assunto da semana! (somos uns polinizadores)
b) Um problema do foro pessoal, tornado noticia de primeira página! (somos uns alcofinhas)
c) Desgraça, o União não sobe!(f,f,f,…)
d) 60% da página ( a primeira!) são publicidade! (tratar bem, quem bem merece….)
Meus caros e caras (é bonito e “in” dizer assim…) se quiséssemos superior espelho destas enguiçadas paragens onde vegetamos, melhor não se arranjaria!...
Parabéns!
….
E pronto falemos de eleições e do Zebedeu, do Zacarias, do Belchior, do Judas….

Anónimo disse...

A entrada para o Convento é o retrato fiel da cidade e da mentalidade que por cá campeia. Esquinada, manhosa, estreita, afunilada...

Anónimo disse...

Parolada pegada!