Foto L'Express
Joël Robuchon, o senhor da fotografia, é francês e um dos grandes cozinheiros à escala mundial, a par com Ferran Adriá e Alain Ducasse, entre outros. Com 64 anos, dirige 16 restaurantes situados nas principais cidades do mundo. Todos de grande categoria. O Guia Michelin, a bíblia dos gastrónomos, atribuiu-lhe no total 25 estrelas, o que é verdadeiramente excepcional, pois o inspectores do dito guia concedem um máximo de três estrelas a cada um, não sendo nada fácil obtê-las. Basta dizer que em Portugal, o melhor que se conseguiu até agora foram duas estrelas.
E que temos nós a ver com tudo isso? Para além do tradicional "Tudo o que é humano me interessa", julgou-se oportuno falar de cozinha, aprendizagem, qualidade e património imaterial da humanidade. Com efeito, enquanto um semanário local noticiava esta semana a candidatura da Festa do Tabuleiros a Património Imaterial da UNESCO (ver o nosso post "Análise da imprensa local e regional"), o próximo "Prós e contras", da RTP1, segunda à noite, será sobre um novo turismo para Portugal, e vários professores lamentaram-se recentemente, por causa dos exames nacionais serem demasiado facilitistas. Tudo razões quanto a nós mais do que suficientes para transcrever alguns excertos da recente entrevista do senhor Robuchon (JR) ao L'EXPRESS (EX)
EX -" Quem consigo convive ou trabalha actualmente, descreve-o como surpreendentemente descontraído. Admite que em tempos foi bastante exigente com os seus colaboradores? JR - Comecei a minha aprendizagem a lavar loiça e a descascar legumes no seminário menor de Mauléon-sur-Sèvre. Quando fui para o Liceu Hoteleiro de Paris tive um mestre que era absolutamente contra qualquer nódoa no avental. Tudo isto me ensinou a ser rigoroso. Por isso fui durante muito tempo intransigente, por vezes até, reconheço-o, com alguns excessos e fúrias. Apesar disso, a maior parte dos cozinheiros que trabalham agora comigo, têm mais de 25 anos de casa. E acontece que, em Janeiro passado, respondi a mais de 1.500 mensagens de boas-festas, entre as quais muitas de cozinheiros que ajudei a formar. Como vê, não se poderá dizer que tenham ficado traumatizados. Recebo até, algumas vezes, pedidos de antigos empregados que se despediram e me solicitam agora que aceite receber os seus aprendizes mais dotados, para estágios. EX - O que pensa sobre a ideia do presidente Sarkozy de conseguir inscrever a cozinha francesa na lista do Património Mundial Imaterial da UNESCO? JR - Julgo que tem por base uma boa intenção, mas o presidente da república foi mal aconselhado. Não consigo entender qual o interesse de semelhante inicitiva. Proteger os seus recursos alimentares, as suas técnicas, os diversos "savoir-faire", a França sempre soube proceder com uma verdadeira consciência da sua identidade. Assim, para que poderá servir a classificação global da cozinha francesa? Estará tão ameaçada que tenha necessidade de um monumento para a celebrar? Viajo muito pelo mundo, como sabe, e posso dizer-lhe que o nosso país, nesse caso, fica mais uma vez, aos olhos dos estrangeiros, com um ar arrogante!"
Tradução e adaptação de A. R. (Para os francófonos, entrevista integral em http://www.lexpress.fr/ )
Joël Robuchon, o senhor da fotografia, é francês e um dos grandes cozinheiros à escala mundial, a par com Ferran Adriá e Alain Ducasse, entre outros. Com 64 anos, dirige 16 restaurantes situados nas principais cidades do mundo. Todos de grande categoria. O Guia Michelin, a bíblia dos gastrónomos, atribuiu-lhe no total 25 estrelas, o que é verdadeiramente excepcional, pois o inspectores do dito guia concedem um máximo de três estrelas a cada um, não sendo nada fácil obtê-las. Basta dizer que em Portugal, o melhor que se conseguiu até agora foram duas estrelas.
E que temos nós a ver com tudo isso? Para além do tradicional "Tudo o que é humano me interessa", julgou-se oportuno falar de cozinha, aprendizagem, qualidade e património imaterial da humanidade. Com efeito, enquanto um semanário local noticiava esta semana a candidatura da Festa do Tabuleiros a Património Imaterial da UNESCO (ver o nosso post "Análise da imprensa local e regional"), o próximo "Prós e contras", da RTP1, segunda à noite, será sobre um novo turismo para Portugal, e vários professores lamentaram-se recentemente, por causa dos exames nacionais serem demasiado facilitistas. Tudo razões quanto a nós mais do que suficientes para transcrever alguns excertos da recente entrevista do senhor Robuchon (JR) ao L'EXPRESS (EX)
EX -" Quem consigo convive ou trabalha actualmente, descreve-o como surpreendentemente descontraído. Admite que em tempos foi bastante exigente com os seus colaboradores? JR - Comecei a minha aprendizagem a lavar loiça e a descascar legumes no seminário menor de Mauléon-sur-Sèvre. Quando fui para o Liceu Hoteleiro de Paris tive um mestre que era absolutamente contra qualquer nódoa no avental. Tudo isto me ensinou a ser rigoroso. Por isso fui durante muito tempo intransigente, por vezes até, reconheço-o, com alguns excessos e fúrias. Apesar disso, a maior parte dos cozinheiros que trabalham agora comigo, têm mais de 25 anos de casa. E acontece que, em Janeiro passado, respondi a mais de 1.500 mensagens de boas-festas, entre as quais muitas de cozinheiros que ajudei a formar. Como vê, não se poderá dizer que tenham ficado traumatizados. Recebo até, algumas vezes, pedidos de antigos empregados que se despediram e me solicitam agora que aceite receber os seus aprendizes mais dotados, para estágios. EX - O que pensa sobre a ideia do presidente Sarkozy de conseguir inscrever a cozinha francesa na lista do Património Mundial Imaterial da UNESCO? JR - Julgo que tem por base uma boa intenção, mas o presidente da república foi mal aconselhado. Não consigo entender qual o interesse de semelhante inicitiva. Proteger os seus recursos alimentares, as suas técnicas, os diversos "savoir-faire", a França sempre soube proceder com uma verdadeira consciência da sua identidade. Assim, para que poderá servir a classificação global da cozinha francesa? Estará tão ameaçada que tenha necessidade de um monumento para a celebrar? Viajo muito pelo mundo, como sabe, e posso dizer-lhe que o nosso país, nesse caso, fica mais uma vez, aos olhos dos estrangeiros, com um ar arrogante!"
Tradução e adaptação de A. R. (Para os francófonos, entrevista integral em http://www.lexpress.fr/ )
9 comentários:
Excelência?
Qualidade?
Tomar?
Portugal?
Don´t make me laugh!
Aiguilettes de poulet au riz
Ingrédients :
• 8 aiguillettes de poulet
• 250 g de riz
• 1 boîte de sauce tomates
• 2 cubes maggi
• 1 l d'eau
Préparation :
Mettez les aiguillettes de poulet à revenir dans une poêle creuse ou une sauteuse.
Une fois les aiguillettes revenues, ajoutez l'eau et les cubes.
Laissez cuire 10 min et ajoutez la sauce tomates.
Faites cuire le riz dans la sauce (riz cuisson 10 min).
…et voillá, bon apetit!
fait boire du vin rouge...
Jean de Paris
Fora de contexto, um incentivo ao TOMAR A DIANTEIRA para continuar:
Simple homenagem a um português desconhecido no Continente, Prof. Armando Medeiros, açoreano, falecido este mês e homenageado pela Assemb. Regional dos Açores em 19/Junho/2009.
Faculto a leitura dum seu artigo, "Retrateiro" que retrata muita coisa da sua terra, de Tomar e do país.
Leiam que faz bem
Falhei o Link. Vamos ver se sai bem
Leiam que faz bem
Peço desculpa: leiam no blog do Templário. Lá saíu corecto.
Porra.
Cliquem na foto Armando Medeiros.
Não sei se é a este artigo que se refere.
É. Obrigado.
Frango assado com batatas fritas e salada de tomate, alface e cebola, acompanhado de cerveja bem geladinha, não há "chef" franciú, americanú ou do raio que o parta que consiga um prato assim!
Enviar um comentário