quinta-feira, 18 de junho de 2009

CONFIRMA-SE A NERVOSEIRA E O RESTO...

O nosso colega nabantia voltou a referir hoje a nervoseira que por aí vai, associada à vida política local, cada vez mais animada. Não há fome que não dê em fartura! Após meses e até anos de marasmo, agora é cá uma agitação...
Tomar a dianteira está agora capacitado para confirmar que há movimentações tendentes a apresentar às próximas autárquicas uma lista de independentes da área conservadora. Essa lista, no estado actual das coisas, seria liderada por Jorge Ferreira, professor no IPT, e incluiria alguns pesos pesados do meio político local. Sabe-se, designadamente, que um antigo secretário de estado do PSD chegou a estar envolvido na formação da tal lista, tendo depois resolvido distanciar-se por razões pessoais.
Por outro lado, se acaso o PS/Tomar continuar a recusar obstinadamente o indispensável golpe de rins, sem o qual dificilmente conseguirá resistir em simultâneo aos IpT de Pedro Marques e ao PSD, agora forçado a caçar à sua esquerda pelo surgimento de concorrência à sua direita, poderá aparecer uma outra lista de esquerda, integrando independentes, CDU, BE e ex-socialistas. Há até pelo menos um actual membro da comissão política local dos socialistas que já se disponibilizou para "fazer uma perninha", desde que em lugar não elegível nessa dita lista à esquerda do PS.
PSD acossado pela direita; PS acossado pela esquerda; IpT acossados por ambos os lados do tabuleiro político; se todos estas iniciativas se vierem a confirmar, vamos ter uma campanha eleitoral nunca vista e resultados absolutamente imprevisíveis, embora com alguma vantagem à partida para os laranjas, uma vez que são os actuais detentores do poder.

19 comentários:

Rodrigo Castro disse...

O que por aqui anda, meu Deus !
"Não há fome que não dê em fartura", diz o meu amigo. Com toda a razão ! Fome de poleiro, fome de tacho. Embora me sejam desconhecidas as razões que levam a que uma câmara totalmente endividada seja motivo de tanta ganância.
Não acredito que, de um momento para o outro, surjam tantos interessados na vida nabantina e nos seus munícipes. O que andará por trás disto ?

Sem dúvida que a direita em Tomar é mais forte. E sem dúvida que será a direita a vencer, novamente, na nossa terra. Ninguém ponha isso em causa, pois será isso que vai acontecer (esta é apenas a minha premonição, não a indicação do meu sentido de voto).

Cumprimentos,

Rodrigo Castro

Anónimo disse...

Façam como eu vos digo, e façam-no até ao fim do corrente mês - comecem já àmanhã: para benefício da esquerda e para regeneração das vossas organizações partidárias que sairão todas mais revigoradas e unidas no final dos 4 anos se ganharem as eleições. Porque se o não fizerem, têm como certo que Curvêlo de Sousa ganha as eleições e o PSD terá o poder durante os próximos 3 mandatos, pelo menos. O melhor que conseguirão, se não o fizerem, é o PS eleger 1 vereador, os Idp`s elegerem (talvez) 1 vereador, o PCP eleger (talvez) 1 vereador e o BE eleger (talvez) 1 vereador e destes , um não elegerá vereador nenhum.

Não é pelo facto de o PSD ganhar as eleições e ser mau para o concelho, nada disso. O PSD é um partido responsável e zelará melhor ou pior pelos interesses do concelho. É apenas numa perspectiva dos interesses da esquerda.

E o que há a fazer?

Por uma vez ponham os interesses pessoais de parte (julgo que não será possível, sinceramente...). Assumam que são, fundamentalmente, as crispações pessoais decorrentes de interesses pessoais, que vos dividem em demasia.

Ponham na mesa uma proposta de coligação. Essa proposta de coligação só terá pernas para andar se todos se acordarem acerca do líder, que terá que ser nomeado pelo PS e o PS terá que estar aberto a negociar o cabeça de lista por si indicado. Para esta decisão, três reuniões bastam, dez dias bastam.

Na primeira reunião define-se se há abertura ou não por parte de todos. Se sim, nomeiam um moderador. Tenho um nome, pessoa já senior, bem conhecida, respeitada, com temperança. Se não perceberem, só o identifico por email. É só solicitarem, tenho o nome na ponta da língua.

A distribuição de lugares na lista é fácil. Presidente da AM: o moderador; Cabeça de lista: PS; 2º. na lista: PCP, 3º. na lista: Idp; 4º. na lista: BE.

Para elaborar o programa, coordenar a campanha e a acção dos eleitos no executivo durante os 4 anos, será constituída uma comissão formada pelos responsáveis de cada organização da coligação que reunirá de dois em dois meses. Estes reunirão de seis em seis meses com os responsáveis respectivos distritais. Tudo andará bem. Formarão uma equipa de aço...

E mesmo assim não está assegurada a vitória. Se o não fizerem o PSD e o CDS tratar-vos-ão da saúde.

Gostava de ouvir a opinião do "sábio" local, Sr. António Rebelo.... Estou caçoar..

Unknown disse...

Ó Rodrigo Castro.

Desculpe lá mas tenho de lhe dizer uma coisa.

Conheço muitos "políticos" e se há coisa que sei é que grande parte (a grande maioria!) deles é séria, capaz, proba e competente.

E são do PC, do BE, do PS, do PSD, do CDS... escolha!

Não insulte a nossa inteligência e sobretudo não insulte a sua.

Unknown disse...

Por amor da santa!

Perguntem ao Luís Ferreira se ele quer uma coligação com a CDU.

Que era impossível visto que a lei não permite uma coligação coligar-se.

Anónimo disse...

A coligação é com o PCP sem
penduricalhos atrás.

Uma correcção à proposta feita:

O 4º. na lista seria do PS, uma vez que o BE ficaria com a presidência da AM.

Quanto ao Sr. Luís Ferreira querer ou não querer alianças com o PCP, a questão não é pessoal, a questão é concelhia, diz respeitos aos munícipes e, neste caso, também à esquerda. A sua experiência política desde os 11 anos têm de o levar a ultrapassar questões secundárias. O PS já esteve coligado em Lisboa com o PCP e não está afastada a hipótese de o fazer para as próximas eleições.

Garantir uma coligação é um acto político de envergadura e maturidade. Normalmente são os políticos tidos como mais radicais os que melhores qualidades têm para aceitarem acordos políticos.

Rodrigo Castro disse...

Amigo Alfredo,

quando diz que "Conheço muitos "políticos" e se há coisa que sei é que grande parte (a grande maioria!) deles é séria, capaz, proba e competente."...

tenho que discordar de si.

A larga maioria escorre incompetencia por todos os poros.

Entretanto, ouvi dizer que a juventude do PNR anda a estabelecer contactos com a actual AE do Liceu para financiamento de recandidatura. O que sera que o PNR quer em Tomar ? :S

Unknown disse...

Olhe que não! Olhe que não.

Unknown disse...

"...a questão não é pessoal,.."

Claro que não. É política.

Portanto e reformulando.


Perguntem à Comissão Política concelhia do PS se quer uma coligação com a CDU.

Anónimo disse...

O PS corre o sério risco de ficar bem atrás da CDU.

Acho interessante a coligação das esquerdas

Anónimo disse...

Não é preciso coligação CDU + PS.

Legalmentes pode ser por exemplo PS+PCP+BE

Unknown disse...

Eu sei essas coisas.

Reformulemos então, a propósito dos preciosismos.


Perguntem à Comissão Política concelhia do PS se quer uma coligação com o Partido Comunista Português e/ou com o Bloco de Esquerda.

Anónimo disse...

Qualquer coligação que não inclua os indept's é erro crasso, é miopia política, e dava em total desastre.

Os independentes explorariam a seu favor a situação. Por outro lado, os independentes, indo a votos no cenário actual, não vão eleger ninguém. As próximas eleições vão ser muito partirizadas, o eleitor vai votar em partidos, pela camisola. Os idp's perderam, na actual situação política, margem de manobra.

As próximas eleições não são favoráveis aos independentes porque não tiveram o poder. Vai tudo ser mais renhido. O eleitor vai ser sério: ou vota no seu partido ou dá-o a outro partido.

O PSD tem os seus e muitos outros. Não tenham ilusões. Vivemos um ambiente muito parecido com o PREC e o PSD vai cantar de galo sem plataformas de entendimento à esquerda.

Sebastião Barros disse...

A união, a fazer-se, deverá ser à volta de um projecto de mudança, que valha a pena. Caso contrário, chegar a acordo na base de pessoas sem quaisquer planos, será ainda pior do que não conseguir acordo algum.
Convirá também não esquecer que sem a adesão dos tomarenses, nada feito. E os tomarenses não parecem assim muito interessado em levantar-se dos sofás onde tranquilamente costumam ver o mundo pela "janela mágica".

Luis Ferreira disse...

O PS integra, na lista que já divulgou de candidatos à Câmara Municipal, sete cidadãos independentes e nove militantes, sendo que as Listas que apresenta são maioritariamente constituídas por pessoas não filiadas.

Na sua acção nas diferentes autarquias, o PS tem colaborado sempre com outras forças, estabelecendo com elas as necessárias confluências de votação para prossecução do bem comum, sendo sua prática votar a favor de propostas de outras forças políticas, sempre que as mesmas nos parecem correctas. Aliás, tem sido essa a prática na Câmara e Assembleia Municipal, onde o PS tem votado imensas propostas do PSD, dos IpT, da CDU e do BE.
Infelizmente o mesmo não se tem verificado em relação às propostas do PS, normalmente votadas contra pelos outros partidos apenas e só, por serem apresentadas pelo PS. Muitas vezes voltam as mesmas propostas a serem apresentadas pelo PSD ou pelos IpT com roupagem diferente, sendo então aprovadas. Apesar de tudo, o PS desde o início do actual mandato, manteve sempre a mesma postura de responsabilidade.

Só a título de exemplo, para se perceber como outros agem perante o PS, está a fazer um ano que o PS apresentou uma Moção de Censura à maioria PSD. Como votou a oposição? O BE e a CDU abstiveram-se, os IpT votaram a favor e o PSD, claro, votou contra.

Que acto de maior relevância política há do que uma Moção de Censura a um "Governo", neste caso Municipal?

As esquerdas, não combatem, como sabemos a dita "direita". Historicamente sempre combateram os socialistas. As confluências, acordos e coligações são a excepção e não a regra.

Eu pessoalmente, sempre que tive responsabilidades de coordenação directa, procurei trabalhar com todos os sectores das "esquerdas". Fi-lo em 93, enquanto responsável das Relações internacionais da JS e como Director do Conselho Nacional de Juventude, onde, sob a coordenação de socialistas, trabalhava em convergência com comunistas, verdes e jovens do então PSR, para afirmação de uma política de juventude, baseada na justiça social e igualdade de oportunidade para todos. Depois, em 2004, quando assumi responsabilidades como Presidente da Concelhia do PS, no quadro da preparação das Autárquicas de 2005, com honestidade liderei duas reuniões com o BE e a CDU, realizadas a pedido do PS, para eventual feitura de coligação geral das esquerdas em Tomar, contra o déspota Paiva. O PC nas duas reuniões não apareceu, transmitindo que não estava interessada e o BE participou tendo sido posteriormente desautorizado pela sua nacional por fazer conversações nesse sentido. Da parte do PS, obtive a respectiva autorização política para feitura de coligação ou outra forma tida ou achada por conveniente.

Mais de 4 anos de caminhos diferentes, na percepção do que é hoje a responsabilidade do Estado, num mundo em rápida transformação, não auguram qualquer hipótese de conciliação prática entre um PC mais estalinista hoje, que no tempo do "pai dos povos" José Estaline e um BE, mais sectário e arrogante que nunca o PSR dos anos 90 ou a UDP dos anos 70 haviam sido. Quanto aos independentes nem há quase comentários a fazer: representam hoje apenas a corporação dos excluídos, interesseiros e outras espécimes larvares existentes em qualquer manta terrestre.

Possível membro da comissão política interessado em fazer parte de um "caldo knorr" das esquerdas alternativas, ao PS, à CDU e ao BE? Que novidade há nisso? Como as Listas não dão para todos, há sempre alguém que se julga melhor que os outros e procura guarida noutra árvore. Alguém acha que os Homens são perfeitos? Porque haveriam as organizações de Homens de o ser?

Os Partidos e todas as outras organizações fazem-se com os que estão, não com os que não estão.

(continua)

Luis Ferreira disse...

Os Partidos e todas as outras organizações fazem-se com os que estão, não com os que não estão.

Tal como Tomar se faz com os autarcas que existem, não com os que deviam existir.
Por exemplo: quantas pessoas competentes e com respeito pelos seus subalternos ou subordinados e empenhamento em prol da causa pública, amizade aos cidadãos Bombeiros, gosto pela Escola Pública, respeito pelos Pais e Professores e muito especialmente pelas crianças, conhecemos em Tomar? Imensos. Porque razão nos haveriam de calhar, logo dois Vereadores, Rosário e Ivo, que não são assim?
Outro exemplo: Quantas pessoas competentes, sérias e empenhadas nas suas profissões/missões conhecemos em Tomar? Imensas. Porque sorte nos haveria de calhar um, como Vereador, que é o que todos sabemos?

Enfim! A alternativa ao que temos, na minha humilde opinião, só se pode fazer mudando claramente de paradigma (estilo). Em primeiro lugar, na prevalência do interesse público e geral, em detrimento do interesse pessoal e mesquinho; Em segundo lugar, no respeito pela opinião e pressão legítima das partes, mas na capacidade de decisão, tendo em conta o interesse público e geral; Em terceiro lugar, no acompanhamento e valorização do que fazemos bem, em detrimento de valorizar o que fazemos mal.

Neste paradigma, independente dos partidos o interesse de Tomar, passa por nos libertarmos das burguesas amarras de um passado contemplativo, arregaçando as mangas para começarmos a fazer algo pelo nosso futuro: CHEGA DE LAMECHICE!

Quanto a coligações? O PS que continue a trabalhar numa coligação com o Concelho. E os outros que façam o mesmo. E cada um com os votos que conseguir, que assuma a sua parte da responsabilidade. Não se queira é que o PS fique refém de posições ou grupos políticos minoritários.

in vamosporaqui.blogspot.com

Anónimo disse...

Fiz alguns comentários neste post a insistir numa coligação de esquerda. Sempre tive a mania das coligações.... Os seus comentários são corajosos (afinal os outros escondem-se sabe-se lá por que cantos...) e revelam coisas interessantes.

Excelente documento sobre a situação política partidária local.

O Senhor está certo, mais certo do que eu pensava. Afinal a história, os factos, falam por si.

Coligações..., na boca deles é para iludir distraídos. Bem disparado.

Eles sempre quiseram dirigir o PS, dividir o PS. Para alguns é aquela ideia da "revolução permanente" e como já não existe a tradicional classe operária, descobriram uma nova vanguarda: os professores, funcionários públicos, os militares, polícias, magistrados, etc., e fartam-se de rir com o "Magalhães", com as Novas Oportunidades,etc..

Eles são os novos jesuítas da Contra-Reforma.

Anónimo disse...

De "pro" a "contra" em, o quê, setenta e duas horas?...

Coerência. Muita coerência.

O animador de bancada.

Anónimo disse...

Sinceramente, até reconheço, e com pena, essa incoerência que me desagrada.

Mas quando leio,

"Depois, em 2004, quando assumi responsabilidades como Presidente da Concelhia do PS, no quadro da preparação das Autárquicas de 2005, com honestidade liderei duas reuniões com o BE e a CDU, realizadas a pedido do PS, para eventual feitura de coligação geral das esquerdas em Tomar, contra o déspota Paiva. O PC nas duas reuniões não apareceu, transmitindo que não estava interessada e o BE participou tendo sido posteriormente desautorizado pela sua nacional por fazer conversações nesse sentido. Da parte do PS, obtive a respectiva autorização política para feitura de coligação ou outra forma tida ou achada por conveniente",

fico surpreendido, tanto mais escrito pelo que julgava ser o maior obstáculo a qualquer entendimento.

Mas se há caminho para andar..., isso já é outra música.

Anónimo disse...

Eu, como acho que os políticos de Tomar são todos muito bons, vou pôr uma cruz neles todos quando for votar.