quinta-feira, 11 de junho de 2009

ESTRADA DA PONTE DE PENICHE

Alguma imprensa local falou no caso e a televisão deu-lhe ressonância nacional. Pela nossa parte, estranhámos a actuação de presidentes de junta do PSD, bem como da autarquia, igualmente social-democrata (Ver post "Só nos faltava mais esta!", de 29 de Maio). Estamos a referir-nos ao incidente ocorrido na estrada da Ponte de Peniche.
Um cidadão decidiu, vá-se lá saber com que fundamentos, lavrar e obstruir a referida estrada. Trata-se naturalmente de prevaricação grave, pois põe em causa um dos direitos fundamentais consignados na constituição -a liberdade de circulação. Além disso, o autor do incidente é oficial das forças armadas, por conseguinte com especiais deveres de obediência, boa conduta, respeito pelas leis e pelas autoridades. Se for o caso, poderá alegar que esteve na guerra em África, o que lhe deixou sequelas comportamentais. Nesse caso, será uma circunstância atenuante a ter em consideração.
Inicialmente hesitante, a autarquia tomarense acabou por ceder às legítimas reclamações dos presidentes de junta envolvidos, e decidiu accionar judicialmente o prevaricador. Fez bem.
Mais tarde, alegando urgência determinada pela época de incêndios, o vereador responsável, Ivo Santos, mandou terraplanar novamente o sector lavrado e retirar os pedregulhos. Declarou então à imprensa que tal acção de reposição da legalidade não implicava de forma alguma a desistência da queixa antes apresentada. Fez bem e disse bem.
Agora, resolvido para já o assunto, e para continuar a fazer bem, a autarquia deveria apresentar ao citado munícipe a nota das despesas feitas (máquinas, camião, gravilha, combustível e pessoal), com a intimação para liquidar nos prazos legais. Dado tratar-se de cidadão abonado pelo Orçamento de Estado, caso não pagasse, não seria difícil conseguir a liquidação compulsiva.
Caso não proceda como se alvitra, e decida aguardar pela decisão judicial, que poderá demorar pelo menos largos meses, arrisca-se a autarquia a ser confrontada novamente com a repetição do problema. Sem ter sido devidamente escaldado aquando da primeira vez, o munícipe poderá muito bem reincidir, pois como é sabido só os gatos escaldados é que da água fria têm medo. E que ninguém venha alegar que se trata de instigação à vingança. Nada disso. Apenas a melhor maneira de repôr a legalidade absoluta e evitar, na medido do possível, futuras tentações, com a mesma ou outras origens. Afinal, que culpa têm os outros munícipes pagadores de impostos para arcarem com os custos ocasionados por um delito com dolo?

7 comentários:

Unknown disse...

De acordo.
A 100%.

Anónimo disse...

Haja justiça...
150 abdominais já, para o militar prevaricador.

Mais a sério:
Se estamos ainda, numa terra em que as coisas são tratadas como devem, o abusador, para não adjectivar de outra forma, deveria pagar e já, mas pelo verdadeiro valor, todas as custas e custos, directas e indirectas calculadas com lápis grosso!

Terá a palavra, o Exmo. Sr. Vereador e seus Serviços....

( ATENÇÃO: Estamos em ano de eleições!...)

Anónimo disse...

Dr, tome conhecimento, que os custos estão a ser rigorosamente apurados e serão remetidos a quem se prove ter sido o autor da iniciativa. É que ainda não foi provado o autor da façanha. Teorias valem o que valem... nem sempre a pressa éboa conselheira.

Anónimo disse...

Sim, a experiência da guerra em África terá deixado sequelas em muita gente, até mesmo nalguns bloguistas que por aqui aparecem! Agora se percebe alguns comportamentos e obcessões!

Anónimo disse...

Mais uma fantochada típica de terra de parolos. Então é assim.
1 - Um tipo, conhecido apoiante do A.Paiva (PPDocas empedernido) decide meter maquinas de terraplanagem para vedar estrada pública, para ver se dava - lembram-se do outro que foi deitar abaixo uma série de sobreiros para os lados da Machuca a mando do Paiva, que depois fugiu com o rabo á seringa?

2 - Os Presidentes das Juntas do PSD, mostram-se logo muito escandalizados, porque este é um ano de eleições e convem dar nas vistas;

3 - O jaime liga para a SIC e a coisa aparece num daqueles programas para labregagem consumir;

4 - A Câmara, como de costume, a assobiar para o lado, é obrigada a dar o dito por não dito e então agarra nas máquinas da protecção civil e vai desimpedir o caminho, mas alerta logo que não sabe (como se isso fosse possivel) que provocou o dano.

Isto é que é ser democrático.
E ainda querem que a malta vote neles? FAZ-LHES UM MANGUITO! Antes o Bruno ou o Becerra.

Anónimo disse...

és muito palerma. é fixe não saber do que se estáa falar. cresce pá

Anónimo disse...

...Um MANGUITO ou um MANGÃO, à vontade do freguês; qual prefere, seu elevado pensador?


e, estando o B em evidência, em vez do Bruno ou do Bezerro, porque não o Burro da Ti Alzira?

Porquê?

1- pisa terras (que dizem) de "parolos", mas não o é!

2- não vê "programas (que dizem) para labregagem", não aprendendo a ser labrego.

nunca diz mal nem bem, e tudo o que faz, faz bem.

mais ainda:

se lhe cheirar,
pregará um certeiro par
(em sítio que faz arfar)
a quem dele precisar....

cuidem-se!...


ferradura