Um aspecto do percurso pedestre, que até meados do século XIX permitia aceder ao castelo pela Porta da Almedina ou Porta do Sangue, e que vai ser requalificado.
Estado em que se encontra um dos muros de suporte do Tanque da Cadeira d'El-Rei, no local em que se faz a ligação entre o Aqueduto de Pegões e a Mata dos Sete Montes.
Ruinas do antigo lagar da Cerca, agora Mata dos Sete Montes, vendo-se igualmente os destroços dos dois caros de bois que, até aos anos 70 do século passado, asseguravam o transporte de cargas dentro da Mata.
Tomar a dianteira
Em 22 de Março passado foi aqui lançado um repto à oposição e à comunicação social, no sentido de obterem informações tão completas quanto possível sobre alguns processos pendentes, de interesse para a comunidade concelhia. (Ver post "Repto à oposição que temos", de 22 de Março).
O prazo que concedemos terminou em 22 de Maio, sem quaisquer resultados. Os destinatários devem ter considerado que tudo não passava de palavras loucas. E para palavras loucas, orelhas moucas, como se sabe. Nestas condições, em 25 de Maio, o nosso colaborador António Rebelo subscreveu alguns requerimentos endereçados ao senhor presidente da Câmara, nos quais solicitava as referidas informações, ao abrigo da legislação em vigor. Fê-lo em seu nome e em representação de Tomar a dianteira.
Após recado de pessoa amiga, foi recebido pelo senhor presidente Corvêlo de Sousa, sem qualquer compasso de espera, com profissionalismo e muito cordialmente. Após amena troca de ideias, foi decidido que o nosso colaborador poderá aceder a todos os dossiers que solicitar, mediante prévia solicitação nos serviços da presidência. O senhor presidente garantiu-lhe que procura praticar uma administração aberta e transparente, no quadro normal da defesa dos interesses do concelho. Foi-lhe igualmente dito que, caso venha a surgir qualquer dificuldade na obtenção dos citados documentos, basta referir o facto à presidência, sem quaiquer intermediários. O nosso colaborador, que tem boas relações com o presidente Corvêlo de Sousa há mais de 40 anos, agradeceu a deferência, despediu-se e saiu.
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Alguns dias mais tarde, tive a ocasião de consultar, no Departamento de Obras Municipais, onde fui acolhido pelo sr. eng. Guerreiro,a planta daquilo que se pretende levar a efeito na antiga Cerca do Convento, actual Mata dos Sete Montes. Trata-se da tão apregoada ligação Cidade-Convento, susceptível de incrementar a vinda dos visitantes daquele Património da Humanidade à Cidade, de acordo com os textos oriundos da autarquia.
O primeiro grande problema é o facto de a Mata ser administrada pelo Instituto de Conservação da Natureza e o "dono da obra" ser o Município. Dado que aquele instituto alegou não dispôr de recursos suficientes, as iniciativas inicialmente previstas foram algo reduzidas. De acordo com o que percebi, a apregoada ligação pedestre é sobretudo um pretexto para solucionar outros problemas pendentes, com por exemplo as casas de banho e o colector de esgotos do Convento, que actualmente despeja na Mata, próximo da Torre da Condessa (um pouco mais acima, à esquerda do caminho pedestre). Será igualmente remodelada a casa do guarda, situada à esquerda de quem entra na Mata.
Quando concluída esta fase das obras previstas, os novos colectores virão ligar aos emissários que passarão pela Av. Cândido Madureira (Rua da Graça) e irão ligar aos já instalados no quadro das obras da Ponte do Flecheiro. Além dos colectores provenientes da parte sul do Convento, os emissários da Rua da Graça receberão igualmente os colectores vindos da Estrada do Convento e da Estrada de Paialvo. Tudo obras muito úteis, sem sombra de dúvida.
No que diz respeito à tal ligação pedestre, há o erro de se ter optado pelo acesso da Torre da Condessa, que já aqui tive a ocasião de criticar anteriormente, o qual será parcialmente resolvido, nesta fase, com um outro acesso pelo Portão do Lagar.
Obtida a garantia de que não está previsto qualquer trânsito motorizado através da Cerca, o único aspecto que me parece dever ser alterado é a prevista iluminação do percurso. Na verdade, instalar Bips (braços de iluminação pública), ou qualquer outra forma de iluminação, num percurso que raramente ou nunca será feito de noite, pois tanto o Convento como a Cerca praticam o horário normal da função pública, parece-me, salvo melhor entendimento, puro desperdício. Além de que linhas eléctricas em carga num local de acesso público mas muito pouco vigiado, pode ser bastante perigoso para floresta envolvente. E naturalmente, as obras previstas, tanto estas como as da Cerrada dos Cães, sempre melhorarão alguma coisinha, mas não provocarão de modo algum a vinda de mais visitantes a Tomar.Uma vez mais, não será por aqui que vamos lá...
1 comentário:
"não será por aqui que vamos lá..."
ai não será não, nem por aqui,nem por acoli...
pode crer!
a coisa está preta, não se vislumbrando caminho, nem fácil nem difícil...
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