quinta-feira, 6 de maio de 2010

ANÁLISE DA IMPRENSA DESTA SEMANA

Excelente, em termos de oportunidade e de concisão, O TEMPLÁRIO desta semana. Logo a abrir, o problema da insegurança, com "Convento Assaltado". Segue-se o previsto despautério da Levada "A obra municipal mais cara de sempre". "O muro que está a indignar os tomarenses", na última página, fecha o leque das anomalias nabantinas mais gritantes. Vejamos, sucintamente, cada uma delas.
O problema da insegurança vai certamente agravar-se. Por um lado, porque a persistência da crise e o aumento dos problemas sociais provocam acções menos dignas por parte de cidadãos pouco habituados a trabalhar, mas acostumados a gastar. Por outro lado, em virtude de o governo teimar em não investir nas suas funções básicas, entre as quais a segurança, para privilegiar opções muito questionáveis, tipo TGV e mais auto-estradas. Como o dinheiro não chega para tudo...
Segue-se o despautério da Levada. Mesmo em período de vacas gordas, o previsto museu "polinucleado" seria sempre um sorvedouro de dinheiros públicos, pelos motivos já antes aqui apontados: manutenção, pessoal menor, técnicos, energia, segurança... Num clima de crise, como o actual, trata-se de pura loucura. O que vale é que, na nossa tosca opinião, aquilo nunca irá para a frente. Falta a base orçamental. Abrir concurso é fácil. Pagar já será outra história. Se nem sequer tem dinheiro para concluir as obras do Pelourinho, ou para reparar os buracos junto ao Soldado Desconhecido, por exemplo, onde irá a autarquia arranjar o complemento local para os fundos de Bruxelas ? Contrairá mais um empréstimo ? E qual a garantia que dará ao banco ? O cavalo que levou D. Gualdim Pais à Palestina ? Mas se ele até na Praça está apeado, exactamente por falta de verbas para custear o cavalo...
Sobre o Muro Nabantino das Lamentações, já estamos conversados. Após a Fonte da Merda (segundo Cartaxo da Fonseca), o Paredão do Mijo. Mudam-se os tempos, persistem as asneiras.
Terão feito bem os militares de Abril ? Começa a haver dúvidas, um pouco por todo o lado... e a crise ainda agora é uma criança. Quando crescer...

O geralmente circunspecto CIDADE DE TOMAR continua esta semana a surpreender pela positiva. Desta vez até puxou para manchete o verdadeiro fulcro do problema nabantino -a coligação alimentar PSD/PS. À medida que vão tomando conhecimento dos processos ciosamente guardados da curiosidade dos eleitores, os dois vereadores do PS aparentam estar cada vez mais agoniados com o que se lhes depara. Daqui resultam duas atitudes muito contrastadas, por razões fáceis de descortinar.
Enquanto Luís Ferreira apostou tudo na circunstancial aliança, José Vitorino começa a mostrar algum enfado. Ferreira terá de continuar a insistir na sua absurda hipótese de partilha do poder, visto que não conseguiria alhures auferir nem metade do vencimento e demais mordomias de que beneficia como vereador. Vitorino, pelo contrário, detesta fretes, poderá sempre singrar noutras circunstâncias e começa a aborrecer-se de ser levado pela trela. Daí os primeiros desabafos, muito judiciosamente destacados por CIDADE DE TOMAR. Afinal, tudo tem um limite. Só falta saber quando e onde.

Semanário realmente regional, O MIRANTE, merece destaque esta semana, por três motivos: Uma magnífica entrevista do arquitecto Costa Rosa, tomarense e português dos quatro costados, daqueles como já não se fabricam mais. Basta dizer que, com mais de 80 anos bem vividos, ainda este ano foi a Sevilha, de propósito para assistir às melhores corridas de touros da Féria. A manchete sobre um assunto tão grave e crónico como a crise tomarense -os alojamentos ilegais em Fátima. Para resolver até ao final do ano ? De que ano ? O editorial "Portugal é uma azinhaga", na última página, no qual JAE põe o dedo na ferida da imprensa local e regional, comprada por sociedades de construção civil e obras públicas, aparentemente só para a manter sob controlo. É o país que vamos tendo. E lá vem outra vez a incómoda interrogação -Terão feito bem os militares de Abril ? É sua a resposta.

4 comentários:

Anónimo disse...

Dr. Rebelo.
Sei que precisa de alguma atenção e penhoro-me pelo facto de que os meus afazeres, que como sabe são muitos, não me virem permitindo acompanhar como gostaria, os seus interessantes e inúmeros dislates.

Gostaria de o informar que se deseja ter a remuneração da função que hoje ocupo no Municipio, em resultado de eleição, só tem um caminho: candidate-se e consiga ser eleito.

Saiba que teria o mesmo empenhamento, defenderia na mesma a ética republicana de serviço publico, opinaria e atacaria com a mesma veemência as regalias injustas, os oportunistas e tudo o que emendo estar errado, se não tivesse qq remuneração pela função. Fi-lo alias ao longo dos últimos 27 anos de militância politica.

Circunstancialmente hoje tenho uma remuneração por uma função electiva e é com orgulho que tenho a profissão de técnico de informática na administração publica, o que não lhe parecerá muito dignificante, pela forma elitista como escreveu, mas esse meu caro, é complexo seu.
Saiba por isso que este, hoje, Vereador, não anda na política por benesses financeiras ou outras, como o demonstra a minha longa vida de intervenção e trabalho publico não remunerado.
Deve ter-me decerto confundido com outrem ou talvez algum momentâneo reflexo numa qq superfície lisa que na sua maison se alcandore.
Discuta as minhas ideias, as minhas opinioes, as minhas obcessoes, concorde, discorde, faça de mim o seu mobil de culto ou de ódio, mas honestamente lhe digo: não seja nem invejoso, nem elitistamente mesquinho, que na sua idade fica-lhe tremendamene mal.
E olhe meu caro, se lhe ajuda continuar no dislate, que seja muito feliz.
Com um abraço de Liberdade, de igualdade e de fraternidade, do libertário
Luis Ferreira

Anónimo disse...

Falta acrescentar que o novel "Noite E Sol", desaparecido durante demasiados anos, apesar de aberto há meia dúzia de dias, já foi palco de pancadaria da boa, adivinhe-se com que protagonistas?
Triiiiimmmmm!!! Ganhou!!! Com elementos de etnia cigana!!!

Tomar, cidade templeira, cidade cigana!!!

Anónimo disse...

"Enquanto Luís Ferreira apostou tudo na circunstancial aliança, José Vitorino começa a mostrar algum enfado. Ferreira terá de continuar a insistir na sua absurda hipótese de partilha do poder, visto que não conseguiria alhures auferir nem metade do vencimento e demais mordomias de que beneficia como vereador. Vitorino, pelo contrário, detesta fretes, poderá sempre singrar noutras circunstâncias e começa a aborrecer-se de ser levado pela trela."

Hum... tenho cá para mim que deve ser mais ao contrário.

Anónimo disse...

O luís ferreira é mesmo fraquinho. Toda esta retórica para esconder que o seu vencimento é de um mero administrativo da câmara de alpiarça.
Aliás, só o é porque o partido (favores partidários) lhe deu um lugarzinho numa tal instituição de uma qualquer reforma ad...
O melhor era ter poder de encaixe e estar caladinho, mas para isso é preciso ter estofo. Ele bem tenta mostrar que tem mas...