sexta-feira, 7 de maio de 2010

MAIS TRÊS EPISÓDIOS DO PÂNTANO

Enquanto os senhores autarcas (alguns) vão dizendo que é maledicência, a triste realidade factual vai-se impondo. No semanário SOL de hoje, esta página permite comparações que não são mesmo nada favoráveis para o nosso concelho. Num distrito cuja taxa média de desemprego é de 9,4% (ver coluna da direita), fazemos parte do grupo "azul pálido", com uma taxa entre 10 e 14,9 %. Como companheiros de infortúnio apenas temos Abrantes, Sardoal e Chamusca. Torres Novas, Barquinha, Entroncamento, Constância Golegã, e até Ferreira do Zêzere, estão melhor, com menos de 9,9 % de desempregados. Deve ser por não terem tanta maledicência...

Muito se tem falado ultimamente na incapacidade dos nossos autarcas para lerem e entenderem projectos, para perceberem a realidade envolvente, ou para elaborarem planos consequentes. Esta local, fotocopiada do CORREIO DA MANHÃ de hoje, demonstra que tais incapacidades são afinal comuns a mais habitantes da cidade. Aos assaltantes toxicodependentes, por exemplo. Que essa de fechar uma empregada na casa de banho, sem verificar antes a eventual existência de telemóvel, é cá de uma capacidade de planeamento que até arrepia.

"7-5-10

Tudo tem um limite!

António Rebelo, putativo candidato a candidato do PS à Presidência do Município, democraticamente derrotado para esse objectivo, não deixa desde então de procurar, através da perfídia, da maledicência mais torpe e do elitismo mais atroz, atacar-me de todas as formas que pode. Acontece que eu até muitas vezes tenho achado que o Sr. até terá as suas razões em relação a algumas das opiniões que tem, que tem todo o direito de não ter gostado de ser derrotado e que gostaria de ter sido candidato do PS, que tem todo o direito de se achar o melhor de todos os Tomarenses vivos, dos que viveram e dos que hão-de viver.
Disso tem todo o direito.
O que já não tem direito é de insinuar de que estou na política porque ganho mais do que na minha profissão e que em resultado disso é que mantenho a minha determinação no sucesso do acordo político alcançado entre o PS e o PSD, para evitar que de novo a autarquia de Tomar fosse "assaltada" pelos interesses "que resolvem".
É mesquinho, provinciano e de um dogmatismo atávico tal atitude.
Quem me conhece, quem sabe como eu vivo e ao que às questões "terrenas e financeiras" ligo, só se pode rir de tão baixo ataque político.
De facto o desespero deve ser muito grande.
Tais ataques não me desviarão um milímetro do trilho que o PS e eu próprio decidimos em tempo, colectiva e solidariamente, trilhar em nome de Tomar."

Luís Ferreira no seu blogue vamosporaqui. As cores são de Tomar a dianteira.

Está-se convencido de que os nossos direitos estão consignados e garantidos na Constituição da República, e afinal...
Está-se convencido de que os nossos autarcas devem respeitar a verdade, e afinal...
Está-se convencido de que qualquer político deve ter capacidade de encaixe, e afinal...
Francamente, a realidade política tomarense é cada vez mais peculiar.

5 comentários:

Anónimo disse...

O que já não tem direito é de insinuar de que estou na política porque ganho mais do que na minha profissão e que em resultado disso é que mantenho a minha determinação no sucesso do acordo político alcançado entre o PS e o PSD, para evitar que de novo a autarquia de Tomar fosse "assaltada" pelos interesses "que resolvem"

Estará a criatura a pensar naqueles venturosos tempos da sociedade com o seu actual adjunto e de certas habilidades de apoios do governo (civil) para melhor viver com Graça, Luis?

É mesmo obsessivo!

E gosta de se ver ao espelho!!!!!!

Anónimo disse...

Meteste-te com o Ferreira e levaste resposta à altura.

Percebes agora porque esta terra não tem mesmo solução, não é Rebelo?

Quando o Vereador da Cultura confunde a cultura da batata com a batata da cultura e te dá sopa, tudo está dito.

Cantoneiro da Borda da Estrada disse...

Sinceramente, entendo que o Sr. Luis Ferreira, neste aspeto, tem razão para se sentir ofendido. Afinal, o que ganha como autarca é legal, a democracia e a Constituição permitem estes entendimentos entre partidos. Felizmente.

O Partido Socialista, como os outros, lutam pelo poder, o que é legítimo, para além de natural. Não estou ainda convencido que ao nível do poder local os políticos se movam pela lógica de obterem um melhor salário. Os salários dos autarcas, especialmente de presidentes de câmara e vereadores não são, de modo nenhum, de causar espanto.

É injusto ver as coisas por esse ângulo e não é a melhor maneira de dignificar a política e seus agentes.

Estou em crer que não foi essa a intensão do autor do artigo a que se refere o reparo do Sr. Luis Ferreira.

Anónimo disse...

O problema não está no luís ferreira.
Veja-se o caso do corvelo (o ignorado presidente - o inexistente), esse sim, veio para a câmara para obter um bom salário e uma excelente reforma. Coma mérito? JAMAIS!

Anónimo disse...

mas é claro que os vencimentos dos autarcas são curtitos, nem pagam o trabalho...aspiram todos a Mexias e Constâncios. Se é pouco, porque não nos poupam à sua presença, ou querem convencer-me que os move o amor à coisa pública...enganem-me que eu gosto. Tomar tinha muito a ganhar se desistissem de dar graxa ao ego e passear às custas. Há por aí espelhos que mentem muito.