As obras do paredão-mijatório, junto à moagem estão paradas há mais de oito dias. Para pensarem melhor? Por falta de dinheiro? Enquanto se aguardam esclarecimentos sobre a utilidade daquilo? Se calhar nem os próprios autarcas sabem bem porquê. A prova é que os eleitos do PS vão dizendo, privadamente, que aquilo é ideia do Paiva e que nem sequer sabem onde irá a Câmara arranjar dinheiro para pagar.
Entretanto, na Mata, a tal empreitada que fazia tanta falta como a fome, lá vai andando. A velocidade de caracol, mas anda. Até já começaram a edificar os novos sanitários, como se pode ver nesta foto.
Pelo aspecto actual, apareceu-nos uma dúvida pertinente -Com tanto ferro e betão, serão mesmo casas de banho ? Ou bunkers para um eventual guerra de caca?
Outro aspecto curioso é a localização escolhida. No final dos anos 4o do século passado, quando demoliram o casario, para dar lugar ao actual largo, deixaram do lado direito a abertura correspondente à multicentenária via de acesso da baixa à almedina (ver igualmente fotografia seguinte).
Posteriormente foi vedada com o muro mais baixo, na expectativa de que um dia tal caminho tradicional viesse a ser reabilitado. Azar dos azares, acaba entaipado por umas instalações sanitárias absconsas, com as trombas à vista. É no que dá confiar projectos e administração local a forasteiros e/ou indígenas ignorantes, que não sabem o que está para trás. Cuidam que tudo começou quando eles nasceram. É mais um exemplo flagrante do nacional-umbiguismo.
E nem valerá a pena desculparem-se com a falta de espaço, ou de local mais adequado. Se, por exemplo, ficassem do lado oposto, onde está o contentor, quais seriam os inconvenientes? É só porque ficaria muito mais barato, uma vez que dispensava toda aquela estrutura em betão armado? Ou terá sido para não roubar os habituais lugares de estacionamento para os carros do guarda e amigos?
Já é consensual que nenhuma das formações políticas com representação no actual executivo tinha ou tem qualquer projecto para Tomar. Idem, idem, no que concerne à vontade de elaborar tal documento orientador. Mais grave ainda, os casos do mercado, do campismo, do açude e das taxas, demonstram que a actual maioria circunstancial nem sequer consegue gerir de forma aceitável os assuntos correntes.
Têm por conseguinte razão, aqueles eleitores que dizem que a autarquia actual só serve como ganha-pão para os eleitos e para os funcionários, pelo que ficaria muito mais barato mandá-los quase todos para casa, mesmo com os respectivos vencimentos por inteiro. Poupavam-se telemóveis, ajudas de custo, despesas de representação, secretárias/os, assessores, outros assistentes, automóveis, papel, outros consumíveis. Ganhava-se muito tempo, que é dinheiro, dizem os ingleses. E evitavam-se aborrecimentos e as costumeiras asneiras, que custam e virão a custar balúrdios aos contribuintes.
Pode ser que um dia, um primeiro-ministro mais corajoso, consiga implementar uma lei estabelecendo que nomeados para o governo, ou eleitos para qualquer lugar, passarão a ganhar exactamente o mesmo que auferiam antes... Acabavam-se os oportunismos saloios que era um instante!
1 comentário:
Vergonha.
Falta de vergonha!
Ninguém sabe o que se anda a fazer. Na volta é uma ogiva de misseis da Al-Qaeda, ou quiça uma estação elevatória dos SMAS, e até agora ainda ninguém percebeu.
Também ninguém se digna vir á terra explicar o projecto.
Um muro de silêncio para nos irmos lamentando e desviando a atenção do que verdadeiramente interessa: A Câmara está falida... já não há dinheiro para palhaços!
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