Se algum dos nossos leitores ainda tem dúvidas sobre a real importância do campismo motorizado, fará o favor de olhar com atenção para esta foto aérea (clicar sobre ela para ampliar), de Paulo Novais/Lusa/DN, a quem agradecemos, tirada por ocasião da visita de Bento XVI a Fátima. Tinham portanto, e têm, toda a razão os muitos tomarenses, eleitos ou simples cidadãos, que nunca concordaram com o encerramento do Parque Municipal de Campismo, batendo-se sempre no sentido da sua reabertura.
"Água mole em pedra dura, tanto dá até que fura". Em Agosto de 2009, pressionados pelos eleitos, pelos eleitores e, sobretudo, pela aproximação das eleições; embora contrariados, os autarcas da então maioria PSD lá deram, ou por outra, foram constrangidos a dar, o braço a torcer.
Passados que estão 9 meses, Tomar a dianteira foi tentar saber porque razão há cada vez mais autocaravanas que preferem pernoitar fora do parque de campismo.
Como, por exemplo, estas duas de matrícula francesa, bem instaladas no novo parque, a sudeste da Ponte do Flecheiro. Conversando por aqui e por ali, em francês, em castelhano, em inglês de praia, e até em português, recolhemos uma série de elementos, pouco conhecidos da população em geral. Sabem os nossos leitores que quase todos os autocaravanistas fazem parte de grupos, e que estes passam as informações de que dispõem uns aos outros? Pois fiquem sabendo que até têm chefes de grupo, ou líderes, e tudo.
Graças a esta fraternidade, os autocaravanistas que demandam Tomar já sabem que o Parque de Campismo, por motivos que desconhecem, não dispõe sequer das condições mais elementares. Não há máquinas de lavar ou de secar roupa; não há estendais espalhados pelo parque; a ventilação dos balneários e dos sanitários é insuficiente; não há restaurante nem bar; a energia eléctrica fornecida às autocaravanas é insuficiente, e assim sucessivamente. Por isso, preferem ficar espalhados pela cidade, apesar dos preços praticados no parque até serem extremamente convidativos.
Intrigados, fomos indagar alhures. Conseguimos saber que os tais preços são extremamente convidativos porque datam de 2003, correspondendo a cerca de 30/35% dos actualmente praticados em qualquer outro parque de campismo do país. Temos, por conseguinte, que 9 meses após a reabertura, cinco autarcas a tempo inteiro ainda não tiveram ocasião para elaborar e aprovar novas tarifas! É no que dá gerirem uma câmara rica! Ou tratar-se-á apenas de, sinuosamente, provocar uma vez mais o encerramento do parque, alegando agora que dá demasiados prejuízos?! Nesta terra bendita já nada nos admira!
Além das maleitas antes apontadas, fala-se igualmente de pessoal de acolhimento com nítida falta de experiência, da fraca iluminação na parte nova do parque, da ausência de limpeza no sector mais elevado, justamente o mais procurado pelos autocaravanistas, mas que neste momento não pode ser utilizado. E depois há ainda a estranha situação que se vive no edifício da recepção. Devido à ocupação abusiva de duas salas por uma colectividade tomarense, (omitimos o nome, para não sermos acusados de inimigos da dita), funcionários queixam-se de falta de espaço, enquanto que os turistas lamentam não disporem de um serviço de guarda de valores, nem de uma sala de convívio assaz ampla. Houve até quem nos dissesse ser a situação actual do parque de tal modo precária, que nem sequer há verba para comprar uma simples torneira. Se assim é, bem se pode dizer que no Parque Municipal de Campismo até os senhores autarcas da transitória maioria estão a "armar barraca". Ao mesmo tempo que continuam a ter coragem para ir falando, quando entrevistados, de turismo de qualidade... Terá razão aquele turista que nos declarou que se o parque fosse privado, nem sequer teria conseguido obter o alvará de funcionamento? Quem é, ou quem são os responsáveis? Os eleitores, pois claro! Continuam a comer e calar, sabedores de que "quem cala consente". Será boa gente? É o que falta saber. 2013 é já ali adiante...
8 comentários:
Esta visão de Fátima não é nada comparada com algumas etapas de montanha do Tour de France onde chegam a estar alinhadas nos chamados pontos quentes cerca de 4.000 autocaravanas.
Outros mundos...outras vidas!
Atenção que as duas autocaravanas francesas, estão correctamente estacionadas, não têm toldo aberto, nem cadeiras ou mesas no exterior.
Não estão a fazer campismo fora dos locais apropriados e á luz do código da estrada,como veículos ligeiros de passageiros que são, estacionaram como qualquer outro veículo nos local apropriado.
Para 12:09
Alguém disse, ou permitiu que se subentendesse, o contrário?
AO ANÓNIMO DE 15/MAIO(2010 06:08H
Vá dizer isso ao Eduardo Serraverntoso e tente fazer com que ele compreenda!
Quanto à EN110 tive a curiosidade de ir consultar esta semana o projecto e verifico que mais uma vez temos um investimento com erros difíceis de entender.
No cruzamento da Auto-acessórios mantém-se a proibição se cortar para a Quinta Santo André para quem vem da rotunda do RIT (continuarão a haver infracções diárias). No mesmo cruzamento passa a ser proibido virar para a rotunda do bonjardim ou seguir em frente a quem vem da Quinta Santo André (até hoje era permitido). Inverte-se o sentido de trânsito na Rua do Supermercado Santo André. Será correcto?
Os eleitos não poderão dizer que não conheciam o projecto dado que há um fotografia no Cidade de Tomar em que todos estão a olhar para o projecto com um técnico. Terá explicado tudo direitinho?
Ouçam lá! Por via das dúvidas, não seria melhor correr com os autocaravanistas à pedrada, assim como fazem na Palestina aos carros de assalto isrealitas? Podia-se constituir uma Comissão Instaladora com a finalidade de arranjar um Corpo de Intervenção para apedrejar esses malditos que selvaticamente ocupam os espaços de estacionamento que deveriam ser dos nossos carrinhos?
Ao menos Tomar seria conhecida por alguma coisa. É que a fama da fonte cibernético/paulina já se desvaneceu com os anos...
E porque não uma rotunda no cruzamento da auto acessórios? Não percebo porque se fazem obras e piora-se a situação actual.
E uma outra rotunda no acesso à auto-lavagem logo a seguir! Aquilo é um caos quando se junta o trânsito que sai do Lidl.
Enviar um comentário