Há tempos que não o encontrava. Um querido amigo, tomarense intelectualmente dotado e com ideias práticas. Como há cada vez menos. Falámos, bem entendido, da crise local. Procurou mostrar-se desinteressado. Insisti. A resposta veio pronta e categórica: -"O que não tem remédio, remediado está!" E lastimou logo a seguir que António Paiva tenha feito a Tomar o que Sócrates fez ao país e Jardim à Madeira. Referiu não entender aqueles que sem gabarito nem aptidões para a gestão da coisa pública, insistem em candidatar-se, apenas por uma questão de penacho, de reconhecimento social, que depois acabam por alcançar pela negativa. Concluiu, dedo espetado: -"Eu, se agora fosse o presidente da câmara de Tomar, já teria fugido a sete pés e para bem longe daqui!"
Dedução minha: Se os que ocupam as cadeiras do poder municipal, em vez de renunciarem, se agarram aos lugares, será porque ainda nem sequer viram bem as proporções do buraco em que estão e estamos todos metidos. Daqui a quanto tempo vão cair na real?
Há ainda uma outra hipótese. A de já terem intuído que, aconteça o que acontecer, no final do actual mandato a festa acabou para eles, por todas as razões e mais uma: tudo indica que o futuro executivo terá apenas 5 membros, com o máximo de 3 a tempo inteiro. Pelo que convém ir aproveitando ao máximo enquanto dura. Se é o caso, bom proveito e cuidado com as indigestões e as sequelas a médio prazo.
1 comentário:
Estou curioso por ver a posição que o PS, os IpT, a CDU e o BE vão tomar no dia 27/12 em relação à continuidade ou destituição da Mesa da Assemleia Municipal, liderada pelo Grande Relvas, cabeça do polvo cujos tentáculos asfixiaram o progresso da nossa Terra.
É que estou a lembrar-me da célebre série inglesa :
SIM, SR. MINISTRO !
Com todo o respeito,
Virgílio Lopes
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