sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Situação desconcertante numa autarquia sem conserto

Com os agradecimentos à Rádio Hertz e votos de Boas Festas para todos os que nela trabalham em prol de Tomar

Foi mais um violento murro nas minhas expectativas. Cuidava que o pedido de suspensão de Corvêlo de Sousa, que tardou, iria criar as condições para abrir aos tomarenses novas perspectivas, de que tanto necessitam. Estava equivocado. Apenas instalado como presidente provisório ou sucessor (a ver vamos),  Carlos Carrão foi lesto e desconcertante. Nomeou o estreante José Perfeito como vice-presidente, enxovalhando assim desnecessariamente a vereadora Rosário Simões, ultrapassada pelo 4º elemento da lista onde ela era 3ª. Anunciou um executivo com três pessoas a tempo inteiro, acrescentando que "No futuro se verá...", como se houvesse  hipótese de vir a conseguir que algum dos eleitos agora na oposição aceite usar trela a troco de rebuçados. Os socialistas já demonstraram que não estão dispostos a prejudicar a população mediante benefícios. Quanto aos IpT, não os estou a ver a servir de remendo no buraco provocado pelos eleitos PS. Seguir-se-á, afirmou Carrão, a nomeação dos secretários, do seu novo gabinete de alcaide e a redistribuição de pelouros, a priori todos para a relativa maioria.
Ao cabo de 14 anos como responsável pelas finanças camarárias, só agora, uma vez alcançada a almejada presidência, Carrão admitiu publicamente o óbvio: "A partir de 1 de Janeiro, toda a despesa da Câmara irá ficar concentrada em mim próprio". Não percebo qual a mudança. Se antes já assim era de facto... 
Admito que Rosário Simões não venha a bater com a porta, apesar de todo o seu trabalho anterior  ter sido   desconsiderado, ao aplicar-se o princípio segundo o qual "enquanto houver militantes, não se escolhem independentes".  Admito igualmente que José Perfeito venha cheio de coragem e animado das melhores intenções, tanto mais que para algo o distinguiram com a vice-presidência, para o que passou por cima de quem o precedia na lista. Só não vejo é caminhos para percorrer, horizontes para modelar ou folhas de estrada para seguir. Tal como continuo a não entender a passividade dos socialistas e dos IpT, cuja renúncia conjunta implicaria a imediata queda do executivo e a convocação de eleições antecipadas. Estarão com medo dos resultados eleitorais? Se assim é, tomem cuidado. Quanto mais tempo esperarem, maior será a desgraça e maior a vossa culpa, por cumplicidade objectiva. Duvidam? Então façam o favor de pensar um bocadinho: ParqT? Revisão orçamental? Orçamento 2012? Elefante branco da Levada? Obras da estrada do Convento? Mercado? Auditoria externa das contas, que apesar de obrigatória nunca foi feita? Ciganos? Estalagem? Convento de Santa Iria?
Quais são as vossas soluções? E as do PSD? Acham que esta maioria relativa ainda vai conseguir mudar de rumo?

1 comentário:

Pata Brava Tomarense disse...

A incompetência mais uma vez com Carrão, o formiga. Os actuais vereadores são velhos jarretas. Pedro Marques, Graça Costa, Vitorino, Luís Ferreira enfim gente sem nível. A cidade está morta e endividada. Velhos morrem por cá, comem por cá e papam reformas por cá e os jovens emigram. Triste terra que viveu desde Pedro Marques nas trevas maquiavélicas dos seus interesses pessoais e financeiros. Agora comandada pelo Relvas que provou saber estragar uma cidade fascista e que fará de Portugal se não houver tumultos e guerra social num país vendido aos estrangeiros. Rebelo dê com força que o senhor é dos poucos com coragem.