Jornal de Notícias, 18/12/2011, página 27
A notícia é fresquinha. Não só por ser de hoje mas também porque está frio. Em Beja, capital do Baixo Alentejo e no caminho turístico do Algarve para Évora, um museu gerido por uma comunidade intermunicipal está atascado em dívidas. De tal maneira que um dos autarcas acha que a solução é hipotecar o imóvel, um ex-convento, como o de Santa Iria, porém neste caso de Nª Sª da Conceição, como forma de conseguir um empréstimo bancário que permita ir pagando aos funcionários e proceder a obras de limpeza e manutenção, designadamente ao arranjo dos telhados.
À boa maneira alentejana, repousante mas profunda e percutante, o autor da notícia termina exarando a sua certidão de óbito daquele museu bejense: "Apesar de este ano já ter recebido 15 mil visitantes, o museu não gera receitas para fazer face às necessidades de limpeza e conservação." Temos assim que um museu com uma média diária de 50 visitantes nem sequer gera receitas para limpeza e manutenção. Quanto mais agora para equipamento, recheio, remodelações, vencimentos, consumíveis, promoção...
É mais um elefante branco, neste caso alentejano. Com os mesmos do costume forçados a pagar erros alheios...mas temos um belíssimo clima. Valha-nos isso!
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