sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Para quem cuida que...

Com a crise tomarense a agravar-se mais e mais a cada dia que passa, alguns dos principais responsáveis pela nossa triste decadência, em vez de responderem  aos acontecimentos, assobiam para o lado. Em vez de admitirem erros crassos e buscarem soluções, cuidam que o melhor ainda continua a ser tentar intrujar os eleitores. A manha mais corrente consiste em acusar quem naquilo que escreve lhes não é favorável, de nervosismo, impaciência, falta de educação e outras flores do mesmo estilo. Para todos eles, com destaque para os que pela calada me acusam de ser demasiado agreste e injusto com os meus conterrâneos, aqui vai um texto esclarecedor:
"A crise financeira do país fez pela Madeira o que os madeirenses foram incapazes de fazer durante três décadas; pôr Alberto João Jardim na ordem. Agora, para além do clássico aperto fiscal sobre os nativos, haverá cortes violentos na despesa; limites para o endividamento e uma real transferência de autonomia para fora do Funchal. Em condições normais, tudo isto seria para festejar. Mas os fracassos não se festejam. Passos Coelho aplicou a Jardim a mesma terapia de choque que a troika lhe aplicou a ele. O que significa que os portugueses precisam sempre de uma autoridade "exterior" para que o abuso termine. Assim foi depois da Primeira República, com uma longa e abjecta ditadura. Assim é agora, depois da incapacidade das elites políticas "democráticas" em pensarem um País economicamente viável.
A nossa história republicana é uma oscilação constante entre a balbúrdia e a repressão. Políticamente, somos um povo que não se recomenda."

João Pereira Coutinho, Correio da Manhã, 30/12/2011, última página.

Após este exemplo para todos os que são alérgicos às verdades inconvenientes, mais precisamente os que se consideram "o máximo" e ficam muito ofendidos quando se diz que afinal não são de primeira escolha, segue-se um outro, para mostrar o que é realmente uma análise nervosa, enviesada, alarmista, algo fantasista e politicamente demasiado marcada para ser levada a sério, revelando sobretudo que o seu autor está em pânico por não conseguir encontrar uma alternativa que os contribuintes possam pagar. É só clicar aqui e ler até ao fim.

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