sábado, 25 de agosto de 2012

Coprofilias

Transferido do blogue Algures aqui, de Hugo Cristóvão

O seu a seu dono. Foi Hugo Cristóvão, em alguresaqui.blogspot.com quem primeiro apresentou como metáfora daquilo que se passa em Tomar o recente e insólito caso ocorrido em Espanha, lá para os lados de Saragoça, em que uma respeitável senhora de 81 anos se julgou capaz de restaurar um fresco religioso do século X1X, com o resultado agora à vista de todos. Perante o escândalo, declarou candidamente à comunicação social que muita gente a viu a repintar a obra e ninguém lhe fez  qualquer reparo.
Exactamente como na política tomarense, com três notáveis excepções. Por um lado, os protestos escritos e orais contra o estado a que isto já chegou não são tão poucos como isso, embora ainda sem resultados práticos. Por outro lado, enquanto a senhora terá trabalhado apenas por amor a Cristo, os tomarenses artistas do pincel político actualmente a obrar, fazem-se pagar e bem. Terceira e fundamental diferença, enquanto a anciã espanhola parece já estar algo arrependida, reconhecendo que o seu benévolo trabalho não terá tido os melhores resultados, os pintores políticos nabantinos continuam muito seguros do seu nariz e da sua obra, condenado a esmo os malvados críticos, cuja óbvia malvadez os impede de reconhecerem a evidente excelência da obra até agora desenvolvida.
Fazem lembrar, esses pintores políticos oportunistas que temos, aquelas criancinhas sem fraldas dos países do terceiro Mundo. Sem ninguém a vigiá-las e sem outros brinquedos para se entreter, acabam muitas vezes por ir chafurdando com alegria nos próprios excrementos, numa evidente coprofilia resultante da incompreensão devida à idade. Como aqui pelas margens do Nabão. Devido à idade político/mental dos tais pintores, que não querem largar os pincéis senão quando a isso forem forçados. Já faltou mais. O pior é que entretanto o cheiro pestilencial é cada vez mais intenso.
Exagero? Olhe que não! Para tirar dúvidas, basta perguntar a um qualquer cidadão mais atento a sua opinião sobre uma  das obras da longa lista que começa ali junto à Várzea Pequena, passa pelo Mouchão, pela Ponte Marreca, pelo ex-estádio, pela bancada do dito, pelo parque de estacionamento, pelo pavilhão, pelo Elefante branco da Levada, pelo mercado, pelo paredão-mijatório, pelas obras da envolvente ao Convento... A resposta é rápida e sucinta: Ficou uma rica merda! E sendo assim...

Post Scriptum

Afinal parece que a "artista", longe de estar arrependida, apenas se queixa de que não a deixaram acabar. Exactamente como os políticos tomarenses após saídos das cadeiras do poder. Ele há coisas!|

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