A recente, inesperada e estrambótica carta aberta de Alexandre Lopes pode bem ter sido um dos primeiros sinais do novo clima político tomarense. E talvez até a primeira de uma série que poderá prolongar-se até à próximas autárquicas, daqui a 14 meses. Digo isto por me parecer que o citado conterrâneo procurou debalde duas coisas -justificar o estranho comportamento dos IpT, que apesar de sucessivas afirmações de que não seriam bengala de ninguém, no fim de contas, com a sua passividade não têm feito outra coisa, bem como arranjar um bode expiatório, que neste tipo de conjuntura dá sempre jeito.
É claro que os ipetistas, na senda do seu chefe, garantem a pés juntos que eu os persigo e que ainda temos a maioria relativa PSD sentada nas cadeiras do poder por culpa do PS. Que outra coisa haviam de dizer? Sucede que os socialistas tomarenses deram nesse caso o bom exemplo: renunciaram de motu próprio a confortáveis mordomias, da ordem dos 5 mil euros mensais (tudo incluído) e declararam estar prontos para provocar eleições intercalares. O resto é música, ao som da qual há cada vez menos gente a dançar.
Para além deste diz que disse que ia dizer, o essencial parece ser uma atmosfera de algum desespero, comparável nos seus contornos ao sucedido no final dos idos anos 80 com os comunistas e os esquerdistas. Se bem se recordam, a queda do Muro de Berlim e as sucessivas implosões dos países do Pacto de Varsóvia deixaram então os dirigentes e militantes do PCP e do BE por assim dizer órfãos, desorientados e desamparados. Referências fundamentais esvaíram-se num ápice e ao arrepio de qualquer previsibilidade.
Uma dúzia de anos mais tarde, temos uma situação comparável, com o vasto eleitorado do arco governativo: a receita tradicional mostra-se cada vez mais inadequada para fazer face a uma conjuntura dramática e cuja evolução assusta, mas por outro lado ninguém parece dispor de ideias novas ou de projectos alternativos. Que fazer então? Insistir na aplicação de soluções velhas para problemas novos? Ou ter a coragem de aproveitar o ensejo para com humildade e bom senso tentar inovar, indo ao fundo dos problemas e cortando-os pela raíz? Não dá votos? Depende da habilidade, da qualidade, da coragem e da credibilidade dos artistas. Como a seu tempo se verá, caso os tomarenses assim o entendam. Afinal já só faltam 14 meses...e as férias deste ano estão quase defuntas.
Uma dúzia de anos mais tarde, temos uma situação comparável, com o vasto eleitorado do arco governativo: a receita tradicional mostra-se cada vez mais inadequada para fazer face a uma conjuntura dramática e cuja evolução assusta, mas por outro lado ninguém parece dispor de ideias novas ou de projectos alternativos. Que fazer então? Insistir na aplicação de soluções velhas para problemas novos? Ou ter a coragem de aproveitar o ensejo para com humildade e bom senso tentar inovar, indo ao fundo dos problemas e cortando-os pela raíz? Não dá votos? Depende da habilidade, da qualidade, da coragem e da credibilidade dos artistas. Como a seu tempo se verá, caso os tomarenses assim o entendam. Afinal já só faltam 14 meses...e as férias deste ano estão quase defuntas.
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