Conforme anunciado ontem na informação local, foi dia grande para os capatazes municipais. Houve visita em grupo às obras da envolvente ao Convento de Cristo. Assim que apanharam a estrada de novo asfaltada, não falharam. Antes, sujava muito os sapatos.
Como não há jornalistas em Tomar a dianteira, não chegou cá nenhum convite, mas nem assim os senhores eleitos vão conseguir fugir com a nádega à injecção. Com licença!
Noticia O TEMPLÁRIO aqui que os dois parques de estacionamento junto ao Convento (Cerrada dos cães e Meia encosta) vão ser pagos. É mais uma patetice. A denunciar planeamento mal alinhavado. Se vão ter um cobrador em cada parque, as verbas conseguidas não serão suficientes para lhes pagar. Se instalarem o pagamento automático, poucos serão os pagantes, visto que a maioria são estrangeiros em carros alugados ou de matrícula estrangeira. De forma que, caso não paguem, também não lhes vai acontecer nada de grave. E depois, como há por ali algum terreno livre... Isto para já não falar na hipótese muito plausível de roubarem o poste-mealheiro distribuidor de senhas.
Mesmo sem convite, Tomar a dianteira lá se fez de novo à estrada, como vem fazendo desde há 17 meses (!!!). Eis mais um relatório ilustrado:
A Rua do Pé da Costa de Cima, usual saída do ParqT, foi em parte esfaltada. Será sol de pouca dura. Logo que haja recursos, haverá renovação de esgotos, água e etc., o que implica refazer tudo de novo. O tal planeamento. Ou a falta dele.
À esquerda mais uma mazela tomarense. Como é do conhecimento geral, nesta abençoada terra, o direito de propriedade -garantido pela Constituição- só serve para pagar o IMI e para arranjar chatices. Para o resto, é tudo da câmara. Até para se poder demolir tem de se requerer autorização. Neste caso, algo não correu como previsto, o que desencadeou logo uma ordem de embargo. Dado que o proprietário reside nos Açores, não podendo por isso ir refilar numa sessão pública, o estaleiro está assim há meses. Very typical, não é?! Quem manda são os senhores técnicos superiores...
Mais acima, mais um dislate. O acesso e o adro da Capela da Conceição são referenciados na Internet como excelentes locais para namoro. Inacessíveis há ano e meio, agora aparecem com pilaretes metálicos. Só para forçar os automobilistas a usar o novo parque. Ganância, é o que é! E mais uma machadada no turismo de namoro... e cada vez menos nascimentos!
Lá em cima, o aspecto por enquanto é este. O paredão à esquerda já está mais aceitável, mas continua sem se saber como vão proteger o alambor templário, à direita na foto, parcialmente coberto com plástico.
Quem suba de automóvel a Estrada do Convento, vai ter uma surpresa lá em cima: É proibido virar à direita. O que significa que os moradores do Casal do Láparo e arredores vão ser obrigados a continuar a transitar pela Estrada de Leiria ou pela de Paialvo. A não ser que -como veremos mais adiante- resolvam baptizar as suas viaturas como autocarros...
É que os ditos autocarros de turismo, estando proibidos de virar à direita, são depois obrigados a virar à esquerda, pois não podem descer a Estrada do Convento. E depois queixam-se que os turistas não vêm ao Núcleo Histórico! Onde de resto também não há estacionamento cómodo. O da Várzea Grande e o do Mercado são um bocado fora de mão, temos de reconhecer.
Resta a questão dos motoristas estrangeiros, como se sabe uns ases a falar e ler português. Aquele "excepto a autocarros" se calhar ainda vai dar muito que falar. Vamos aguardar...
Com a Calçada de S. Tiago de novo praticável pelos visitantes, não vão faltar problemas já que, uma vez chegados junto à porta homónima, encontram uma vedação de rede que lhes impede a passagem. Com muita paciência e alguma sorte lá acabam por se dirigir à Estrada do Casal do Láparo e daí para esta formosa entrada num monumento Património da Humanidade. Está-se mesmo a ver que é algo que bastante nos prestigia...
O resto da obra está como se vê. Parque para autocarros, nem vê-lo! Cafetaria? Lá para o fim do Outono. Instalações sanitárias? Há dentro do Convento, cuja entrada só custa 6 euros. E no jardim de acesso, mas muito mal sinalizadas.
Uma derradeira nota: Oxalá esteja enganado, mas parece-me haver qualquer coisa que não bate certo na futura cabine da EDP. Os vãos das portas não estão assim a modos que acanhados em altura?
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