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Continuamos em plena "trégua dos pasteleiros", de forma que escasseiam os acontecimentos políticos e/ou societais nos periódicos locais. N'O Templário, José Gaio anuncia a sua saída, dizendo adeus aos colaboradores, anunciantes e leitores. Reitera que sai sobretudo por motivos de ordem estritamente privada, embora vá falando de renovação desejável.
Não pretendendo fazer futurologia, auguro dias muito complicados para os sucessores do até agora director. Por um lado, porque a tragédia tomarense se agrava de dia para dia, com o seu triste cortejo de dramas de toda a ordem, o que leva os potenciais anunciantes a retrair-se cada vez mais. E sem eles...
Por outro lado, tanto quanto sei, os novos motores d'O Templário tenderão a imprimir-lhe subtilmente um estilo mais militante, ao arrepio do que o actual estado das coisas aconselha. Oxalá não venham a arrepender-se demasiado tarde...
O outro tema forte desta semana é a entrevista de Anabela Freitas ao Cidade de Tomar. Mais por falta de outros assuntos palpitantes do que propriamente por aquilo que encerra. Digamos, procurando não ferir susceptibilidades, que a candidata socialista "vende bem o seu peixe", pecando no entanto por insistir demasiado em ideias gerais. Sucede que especialistas de ideias gerais somos praticamente todos nós. Os problemas só surgem quando há que passar aos projectos precisos, estruturados, quantificados, calendarizados, articulados e explicados.
Nas duas páginas de texto, para além do já antes conhecido, apenas consegui lobrigar uma novidade: o PS - Tomar vai continuar a desenvolver contactos até ao final de Janeiro, tendo em vista eventuais coligações ou outras formas de colaboração. Só depois abrirá mais o jogo, apresentando os outros membros da lista, bem como o programa eleitoral a submeter ao voto dos cidadãos.
No estado actual das coisas e tendo em conta o que por aí se vai ouvindo, Anabela Freitas vai ter pela frente uma tarefa bem ingrata. Para além das desvantagens já aqui antes elencadas (tomarense, mulher, socialista, inteligente, jovem...) os meios locais apontam dois outros óbices. O primeiro resulta do facto de a candidata não ter qualquer experiência profissional no sector privado, numa altura em que a função pública está pelas ruas da amargura e com tendência para piorar muito. O outro parece-me ainda mais bicudo: Tradicionalmente o socialismo é um regime de redistribuição da riqueza nacional, como forma de atenuar as desigualdades sociais. Sucede que desde a saída do socialista Sócrates e até nova ordem, só há sacrifícios para distribuir. O que significa que os tempos não estão para medidas socializantes, como de resto é cada vez mais evidente em França, onde o presidente Hollande, esperança de toda a esquerda europeia, navega à vista, sendo já o presidente mais impopular dos últimos cinquenta anos. Mau prenúncio para Anabela Freitas e para os seus apoiantes, praticamente forçados a mudar a espingarda de ombro quanto antes, sob pena de...
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