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Cidadão português a ser libertado pelo governo, logo após ter liquidado todos os impostos.
Finalmente, pressionado pelo agravamento da situação, o governo resolveu legislar no sentido de obrigar ao resgate todas as autarquias que ultrapassem determinados parâmetros de endividamento, previamente determinados. Para satisfazer esses pedidos de resgate é criado um fundo misto autarquias + governo, contribuindo aquelas obrigatoriamente com uma percentagem do IMI antes fixada, a qual será remunerada como qualquer outra aplicação de capital.
Resumidamente, foi isto que a comunicação social noticiou. Acrescentando que os autarcas em boa situação financeira protestaram imediatamente, contra o que consideram ser uma injustiça. Segundo argumentaram, vão pagar os justos pelos pecadores, num futuro quadro legal que beneficia os infractores. Linguagem futebolística à parte, os senhores autarcas reclamantes demonstram ter, ou fingir que têm, a memória curta. Infelizmente e como já vem sendo costume.
Enquanto se tratou de ir tosquiando pela calada as ovelhas e carneiros da Europa do norte, sem culpa alguma dos desmandos dos rebanhos meridionais, ia tudo bem. Até houve indignação quando alguns responsáveis alemães, holandeses e finlandeses, cansados de desembolsar milhões praticamente em vão e acossados pelos respectivos eleitorados, gritaram algo semelhante ao nosso conhecido e tradicional "Alto e pára o baile, que apalparam os peitos à minha filha!!!" Que eram isto e mais aquilo; que se nós não comprássemos aquilo que exportam estavam desgraçados; que sendo assim, então para que servia a solidariedade europeia...
Agora que tocou a unir e a contribuir, a favor de alguns compatriotas mais perdulários, qual solidariedade, qual carapuça! Toca a sacudir a água do capote. Cada qual que se desenrasque. Quem se endividou em excesso que pague.
Por estas e por outras semelhantes, cada vez estou mais convencido que somos um ganda povo. Solidário até à medula. Mas quando de trata de euros...
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