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Foto O Templário
Segundo O Templário online, a Direcção-Geral do Património Cultural decidiu classificar o Açude da Fábrica, também conhecido como Açude de Pedra, "de interesse público". Ignoro o encaminhamento que terá conduzido a tal desfecho, que considero mais uma má notícia para Tomar. E uma iniciativa nefasta para a futura recuperação da nossa terra. Além de ser muito estranho que o velho Açude de Pedra só agora, mais de 40 anos após o encerramento da Fábrica de Fiação e numa altura em que as suas instalações já foram saqueadas, venha a ser considerado de interesse público, parece-me óbvio que se trata de mais uma armadilha anti-Tomar.
Como bem sabem todos os proprietários e todos os investidores, foi sobretudo a partir do momento em que o centro histórico nabantino foi classificado, que se acelerou a sua desertificação e subsequente ruína. Porque terá sido?
A nossa Constituição garante o direito de propriedade, no seu artigo 62º. Contudo, tal direito apenas obriga a pagar o IMI e o IRS sobre as rendas. Quanto ao resto, praticamente nada se pode fazer sem a prévia autorização da burocracia autárquica. Que em Tomar é de altíssimo gabarito. Abundam os casos em que os pobres requerentes aguardam durante anos que suas altezas tenham a grandeza de alma (?) de despachar os processos.
Assim sendo, está-se mesmo a ver para que irá servir a nova classificação do Açude de Pedra, outrora praia fluvial das camadas populares tomarenses, que ainda não tinham afigurações, não armavam ao pingarelho nem iam para o Algarve a crédito. Vai ser usado apenas para sacanear algum incauto que se arrisque a pretender empreender algo naquela zona. Só pode.
Há burócratas tão tapados que ainda nem sequer perceberam uma evidência elementar: Mesmo as galinhas dos ovos de oiro precisam de alimentação, água e alojamento para continuarem a pôr. Quando por excesso de cobiça lhes confiscam ovos. alimentação e água, põem-se ao fresco. Vão-se em demanda de paragens mais clementes. Exactamente o que já fizeram há muito os investidores mais evoluídos. Entenderam finalmente?!?!?
Na política como na economia, nada sucede por mero acaso. E não é com vinagre que se apanham moscas.
Na política como na economia, nada sucede por mero acaso. E não é com vinagre que se apanham moscas.
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