quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O que falta fazer

Apenas mais algumas horas para votar >>>

Do que por aí vou ouvindo, cheguei à conclusão que os nossos políticos locais continuam sem ter consciência plena da situação política futura, particularmente na segunda metade de 2013. Uma vez que à esquerda do PSD todos têm a certeza de ir no sentido da História, pelo que estão cheios de razão seja qual for o assunto, o que segue destina-se aos social-democratas e afins, que queiram ter a humildade de ler e pensar um bocadinho.
Além da previsível e muito forte erosão eleitoral provocada pela crise nacional e internacional, teremos em Tomar as sequelas da desgraçada política autárquica dos últimos quinze anos, cujos efeitos nefastos estão agora à vista de todos. Nestas condições, nem a actual maioria relativa, nem as formações oposicionistas presentes no executivo têm qualquer interesse em assumir o passado. Pelo contrário. Se e quanto mais o fizeram, mais votos perderão, por motivos óbvios. 
Sob um outro ângulo, uma vez que nas últimas autárquicas PS e IpT obtiveram praticamente o mesmo número de votos, a haver um enorme derrocada eleitoral do PSD, como a priori se prevê, a que se junta a evidente fractura dos socialistas, com Vitorino e Ferreira desavindos, quem poderá proclamar vitória? Os IpT, pois claro! A não ser que o PSD consiga terminar atempadamente e com êxito os seus "Trabalhos de Hércules". Quais são eles?
O primeiro e o principal é designar um candidato consensual, equidistante das duas actuais capelinhas em compita, estranho ao que está para trás e com gabarito susceptível de convencer o eleitorado tomarense, maioritariamente da terceira idade, logo desconfiado em relação aos jovens da era do facilitismo. Esta designação do cabeça de lista pressupõe a resolução prévia de duas outras tarefas. Uma é a de conseguir um "poiso" digno para o presidente Carrão. Outra é obter que Miguel Relvas aceite encabeçar uma última vez a lista laranja para a Assembleia Municipal, a meu ver a única maneira de não vir a abandonar Tomar magoado com os tomarenses, porque com o sentimento de haver sido escorraçado. O que seria péssimo para o devir desta terra. 
Feito tudo isto, que já não é nada pouco, restará então debater e redigir um programa substantivo e em conformidade com os novos tempos de vacas pele e osso. Conseguirão? Cá contamos estar para ver e comentar.

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