quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Análise sucinta da imprensa regional de hoje

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Carjacking na Várzea Grande, em pleno dia, eis o principal título da primeira página dos dois semanários locais. Logicamente, de resto. Já aquela da "mulher vítima", não me parece que esteja à altura dos pergaminhos de CT. A vítima foi uma senhora de 82 anos, que nada sofreu, para além do enorme susto e da transitória perda do carrito, o que já não é nada pouco. Entretanto, os dois meliantes já foram detidos pela GNR, em Leiria. Ao que consta trata-se de forasteiros de passagem. De qualquer forma, mesmo não se tendo tratado de um daqueles assaltos em plena estrada, como nos filmes, é mais uma chaga no martirizado concelho nabantino. A demonstrar que a degradação não é só nos edifícios, atinge também muitos outros sectores da sociedade. E vai agravar-se seriamente, se entretanto nada for feito e se continuar por estas bandas a aguardar que as soluções surjam "de cima".
Por exemplo na primeira página do Templário temos uma perfeita ilustração de degradação jornalística. José Gaio é um profissional brioso e honesto. O seu jornal não necessita de "habilidades" para ser lido ou aumentar as tiragens. Assim sendo, qual a utilidade de induzir os leitores em erro ao titular "Idosa assaltada no cemitério", quando a verdade é que o dito incidente ocorreu no cemitério de Casais? Confesso que não estou a ver. À mulher César, não lhe basta ser séria; tem de parecê-lo!
Outro tema comum aos dois semanários é o protesto dos presidentes de junta do concelho (excepto o de Carregueiros e o de Santa Maria) contra a lei de agregação de freguesias. Tendo em conta que todos tiveram oportunidade de encontrar soluções adaptadas a cada caso, não a tendo aproveitado, para que serve agora esta serôdia batalha de rectaguarda, contra um lei legítima, aplicada da forma nela prevista? Julgam-se os senhores autarcas das freguesias acima das leis do país e por isso dispensados do seu acatamento? Não se tratará antes de simples embirração, motivada por aspectos que pouco ou nada têm a ver com o tão apregoado serviço às populações?
No Cidade de Tomar, este tema das freguesias ganha até contornos insuspeitos: "Autarcas de Tomar contra o desaparecimento de 10 freguesias". Até agora estava convencido de que o concelho passava a ter 11 freguesias. Perante a notícia supra, fico baralhado. Se desaparecem 10, vão ficar apenas 6, visto que o total era até agora de 16. Ou estarei a "ver" mal? Por favor, alguém que me esclareça. E que saiba responder a esta pergunta chã: As dez freguesias desaparecidas vão ser recolhidas em que outro concelho? Pergunta incontornável dado que, na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. É dos livros!
Um parágrafo final para realçar a "Foto Revista" do Mirante. Em vez de se entreterem com atitudes birrentas, comerciantes da Rua Direita da Várzea Pequena vão procurando fazer pela vida, apesar da crise que a todos atinge. Aqui fica a reprodução da notícia, como forma de apoio. O caminho é esse! Oxalá venha logo que possível o ambicionado parque para autocarros!



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