Excelente mobilização conseguida pelo PSD local
Terminou às 21 horas a segunda edição das sondagens de Tomar a dianteira, desta vez dedicada ao PSD. Eis os respectivos resultados factuais:
Votos registados....................... 623 (PS = 217)
Rosário Simões..........................142 (22%)
João Tenreiro............................ 112 (18%)
António L. Santos...................... 111 (17%)
Carlos Carrão............................. 42 (06%)
Outros.......................................186 (29%) (PS = 35%)
Restantes candidatos todos com menos de 2%
Comentário
A primeira evidência da sondagem é o indiscutível êxito da actual vereadora Rosário Simões, cuja principal qualidade não é de certeza a simpatia. Outros factores terão pesado, designadamente o apoio do funcionalismo público municipal e não só, nalguns casos como forma de agradecer progressões profissionais tornadas possíveis pela agora vencedora. Na política, tal como na agricultura e na vida em geral, quem não semeia, pouco ou nada colhe. E quem semeia ventos, colhe tempestades.
Falta todavia demonstrar que o modelo de gestão até agora desenvolvido por Rosário Simões se adapta aos novos tempos e pode vir a ser integrado numa futura gestão autárquica, inevitavelmente muito mais rigorosa e parca, passando pela supressão forçada de empregos, em consequência das crescentes restrições orçamentais. O tempo das promoções a crédito já lá vai e não volta. Com ou sem crescimento.
Inversamente, pode considerar-se humilhante e dificilmente reversível a derrota sofrida pelo presidente Carrão, para mais largamente ultrapassado pela sua actual vereadora independente. A demonstrar que a maioria dos funcionários e dos militantes laranja não tem afinal por ele grande consideração. O que tende a evidenciar que, caso venha ainda assim a ser candidato PSD ou Independente, apenas poderá contar à partida com o eleitorado rural. Na melhor das hipóteses, porque quer a sua actuação ruinosa ao longo destes últimos 15 anos, quer a política governamental em curso, necessária mas extremamente impopular, não o recomendam de todo.
João Tenreiro e António Lourenço Santos, actuais líderes locais, não desiludiram. Ambos conseguiram resultados dentro do esperado, tendo em conta a extraordinária mobilização concretizada. Agora terão de encontrar um candidato com pulso, envergadura, estatuto, estatura e projecto, susceptível de num primeiro tempo convencer o eleitorado e depois de tornar operacional o mastodonte burocrático local. Vasto e árduo programa!
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