quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Análise sucinta da imprensa regional de hoje

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Dois temas a merecer especial referência nesta edição d'O Templário. Um triste, outro irónico. Vamos ao triste. Após dez anos de intensa actividade, José Gaio anuncia que abandonará o seu cargo e o semanário no final do ano. Invoca motivos de ordem privada e a necessidade de renovação. Vai fazer falta; muita falta! É costume dizer-se nesta circunstância que com a sua saída "o jornalismo fica mais pobre". Julgo que não será o caso em Tomar, tendo em conta o estado a que isto já chegou, mas lá que vai sentir-se e de que maneira a sua ausência em determinados contextos, disso não tenho a mínima dúvida. Desejo-te boa sorte, José Gaio. Tu mereces!
O tema irónico é a manchete do semanário, sobre o aumento dos bilhetes dos transportes locais. Apesar de a autarquia estar a perder cerca de 400 mil euros anuais = 80 mil contos, os senhores autarcas acham muito natural continuar com uma tabela de preços largamente subsidiados, mesmo para aqueles cidadãos que podiam muito bem andar a pé, com enormes vantagens para a saúde. Faz algum sentido um "passe 4 -18 - estudante" a 9 euros e 25? Ou um passe normal a 18,50? Excepto no que diz respeito às pessoas com evidentes dificuldades de locomoção (mediante confirmação médica), todos os outros deviam pagar exactamente o preço de custo. Essa mania de viver à custa dos outros tem de acabar. Quanto mais depressa, melhor. Não é popular escrever isto? Claro que não! E pagar os impostos, julgam que é?
No Cidade de Tomar sobressai uma interessante entrevista ao conterrâneo António Lourenço Santos, um dos eventuais candidatáveis do PSD. Ao longo de três páginas, expõe com profundidade e acerto quase todos os problemas fulcrais que nos afligem: "A câmara tem que ser motor e não pode ser travão; tem que ser facilitador e não pode ser instância de burocracia; tem que ter um papel de promoção e não de cobrança e distribuição." Os do "polvo" e outros instalados que se vão preparando para a urgente e indispensável tempestade que se avizinha. As mudanças raramente são indolores...
Também O Mirante publica declarações de Luís Oosterbeek e Luís Mota Figueira, dois professores coordenadores do IpT, que naturalmente falam sobretudo de ensino, por ocasião de mais um congresso, desta vez Luso-Brasileiro e em Mação. Pareceu-me interessante a abordagem feita. Ignoro contudo se não estarão já irremediavelmente ultrapassados, tendo em conta a evolução económica do país e o estatuto de menoridade do IpT, habitual carro vassoura do ensino politécnico. É cada vez mais a época do saber fazer/saber dizer, mas o nosso ensino continua apegado ao tradicional saber ouvir/saber repetir, que julgo já ter dado o que tinha a dar. Estarei a ver mal?

1 comentário:

templario disse...

DE: Cantoneiro da Borda da Estrada

Sobre as palavras do eventual candidato do PSD, apenas convém chamar a atenção para o que este PSD disse na última campanha eleitoral para a AR.

Lembram-se? Não se lembram?!

Ele devia acrescentar, para amainar o ódio que alastra a este PSD por todo o País: O PSD tomarense (e eu próprio), em relação aos tomarenses, não os burlaremos, não cometeremos nenhuma fraude semelhante à que o meu partido cometeu para com o povo português nas últimas legislativas. E demarcamo-nos desde já da gestão camarária dos últimos anos e da influência decisiva que teve Miguel Relvas na escolha dos nossos candidatos.

Neste PSD não se pode acreditar, tão pouco no que eles dizem. O PSD é neste momento um conjunto de bandos à cata de tachos por todo o lado.

Isto não quer dizer que o Sr. ALSantos seja membro de algum deles.

A ver vamos!

Mas o melhor é estar de olhos bem abertos.