sábado, 8 de dezembro de 2012

Mais vale tarde que nunca

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 Foto 1 - O novo projector, cujo foco luminoso se via cá de baixo. Mais abaixo, na zona sombreada, o suporte do anterior.
                                      
Foto 2 - Embora se calhar contrariados, lá acabaram por instalar o novo no mesmo local do antigo
Foto 3  - Face nascente da muralha templária.

Foto 4 - à direita a cor mais cinzenta indica o novo troço do alambor templário, agora posto a descoberto.

Foto 5 - À esquerda dos plásticos, a parte do mesmo alambor que foi destruída pela escavadora, logo no início das obras.

Mais um fim de semana e mais uma visita às infindáveis obras da envolvente ao Convento de Cristo. Com algumas notas positivas e outra que nem tanto. Vamos a elas. Após as reclamações ilustradas e fundamentadas que aqui foram difundidas, é com todo o gosto que se assinalam algumas modificações no boa direcção. O projector mal instalado no campanário do sino de alarme, cujo foco se via cá de baixo, já está no lugar do antigo (fotos 1 e 2). Problema resolvido. Aplausos. Parece compreender-se finalmente que aqui se não critica por gosto, mas apenas para procurar remediar, na medida do possível. Um conhecido político local exclamaria decerto "Só agora, no final do mandato?!" Prefiro outro caminho: "Mais vale tarde que nunca".
Outra nota agradável: os suportes dos antigos projectores soi-disant roubados (a meio do alambor, na foto 3) já foram removidos. O aspecto geral melhorou um pouco.
Voltando à questão do alambor templário, que tantos engulhos já causou, após meses e meses de abandono, recomeçaram as escavações (foto 4). Há agora um novo troço a descoberto, o qual vem confirmar tudo aquilo que já aqui foi escrito, aquando do desastre arqueológico. Resumidamente, trata-se do alambor da torre gémea da mais tarde designada Torre de Dª Catarina, como se vê perfeitamente na ilustração de Pier Maria Baldi, do século XVII. É portanto bem conhecido, porque historicamente documentado, o sector ainda enterrado, que importa desentulhar e preservar quanto antes. Infelizmente, alguma arqueologia à portuguesa tende a exagerar nas cautelas dispensáveis e a falhar nas mais elementares. É o que está sucedendo agora. Após a impune destruição da parte nordeste do alambor, anda-se agora a exagerar escusadamente, pois já se sabe tratar-se de um alambor entulhado que vai em diagonal rumo à fachada norte do ex-Hospital Militar. Sendo assim, para quê tanta medição, tanta hesitação, tanta apalpação? Mandem arrancar a amoreira quanto antes (o que é inevitável), bem como o que resta da outra árvore mais à esquerda e mãos à obra.
Bem sei que a senhora directora interina do Convento de Cristo é arqueóloga, o que não se percebe de todo, uma vez que actualmente os grandes monumentos apenas interessam ao sector turístico... Razão tinha portanto aquele autarca rural muito vicentino, que dizia fregúésia em vez de freguesia: "Com gente assim, como é que querem que esta merda progreda?!?"

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