Já vem sendo hábito. Sem que se perceba muito bem porquê ou para quê, desmancha-se o que estava feito para depois fazer quase idêntico. Desta vez é na Av. Marquês de Tomar. Quando as máquinas começaram a levantar o passeio e a faixa de rodagem, os mais optimistas pensaram logo que agora é que era. Íamos finalmente voltar a ter um parque de estacionamento para autocarros, em local adequado para os turistas e favorável para o comércio local. Seria apenas uma solução temporária, já se vê, mas se em tempos funcionou e bem, tudo indica que agora também satisfaria. Puro engano, porém! Trata-se apenas de fazer obra nova, o que acontece pela quinta vez em 40 anos, neste caso respeitando o que estava antes e limitando-se apenas a acrescentar quatro ou cinco árvores.
Até a cabine de informação, ali instalada em tempos pelo Turismo de Portugal, mas que nunca serviu para nada de útil, a não ser para suporte de cartazes publicitários, (ver foto), vai ser poupada e manter-se no local. Temos assim mais um exemplo tomarense do mundo às avessas. O estacionamento de autocarros que faz falta, continuará a não existir. A inestética cabine que não faz falta nenhuma, mantém-se.
Ali bem próximo, no Mouchão, a situação é comparável. Foram demolidas as casas de banho que faziam falta. Construiu-se uma espécie de redoma, que ninguém sabe para que serve ou virá a
servir.
No caso da velha Roda do Mouchão, ocorre a mesma inversão de prioridades. Em vez de aproveitarem, enquanto há artístas carpinteiros capazes, para mandarem fazer uma roda totalmente nova, não senhor. Decidiram mandar arranjar aquela para mais uma época. Mais ano menos ano, quando a actual, exausta por muitos e bons serviços, der o berro final, vai ser o bom e o bonito para a substituir... Qual será o próximo azar em obras camarárias?
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