segunda-feira, 27 de abril de 2009

NO MELHOR PANO CAI A NÓDOA...





As três ilustrações que resolvemos publicar mostram perfeitamente que no melhor pano cai a nódoa, como é uso popular dizer-se. Na primeira, a contar de cima, recortada d'O MIRANTE, secção CAVALEIRO ANDANTE, fala-se de Rosa do Céu. Ex-presidente da Câmara de Alpiarça, foi nomeado, e depois eleito, presidente da recém-criada Entidade de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo, a qual integra o concelho de Tomar. Pelos vistos, por aquelas bandas não é uma personalidade assim muito apreciada, como já aqui referimos anteriormente. E parecem ter razão os que o criticam. Se antes ninguém percebeu porque é que lhe atribuiram semelhante responsabilidade, para a qual não tem qualquer perfil, agora com a atribuição à Associação de Turismo de Lisboa da promoção do turismo naquela área, fica-se sem entender porque motivo a jovem entidade regional se chama de Lisboa. Mistérios da política...
A outra ilustração, recortada do Público, tem dois objectivos, um favorável, o outro desfavorável. O favorável pretende mostrar aos senhores autarcas aqui das margens do Nabão como é que as coisas deveriam ser feitas, caso a sua preocupação principal na área do turismo fosse bem receber os turistas, por exemplo em termos de orientação.
O desfavorável consiste em que se julga ser importante mostrar, com um exemplo concreto, como no melhor pano cai a nódoa. Um senhor vereador culto, conceituado jurista, ex-representante do Bloco de Esquerda na Câmara de Lisboa, com um gabinete de apoio bem fornecido de recursos humanos bem pagos, afinal desta vez deve-se ter distraído e foi mal servido. Conforme mostra o outro recorte, reproduzido do Dicionário da Língua Portruguesa da Porto Editora, sinalética refere-se a sinais que permitem identificar criminosos. O respeitável vereador e/ou o seu gabinete devem ter querido dizer sinalização, mas a língua pátria pregou-lhes uma partida. Acontece aos melhores, mas em Lisboa e vindo de vereador licenciado e tudo, parece mal.

9 comentários:

Anónimo disse...

Pois! Se existe lugar onde a língua portuguesa é mal tratada é em Portugal!

Unknown disse...

Bah!

A palavra "sinalética" é tão usual na acepção utilizada que me parece excessiva a crítica.

Unknown disse...

Até quem distinga "sinaléctica" de "sinalização".

Anónimo disse...

De qualquer forma não deixa de ser mal utilizada. Sem ser purista da língua, concordo que os termos devem ser usado na sua correcta acepção. Não concorda?

Já bem basta os velhos do restelo terem mandado incluir no dicionário da língua portuguesa termos como "bué" e outros. E se o senhor é a pessoa figurada nas suas intervenções percebo que terá estudado no bom tempo, tal como eu, e de certeza que lhe custa "engolir" certos sapos vivos da nossa linguística por via desse acordo recém firmado.

Unknown disse...

Ora viva.

A língua, caro amigo, é uma coisa viva.

O "bué" entrou no nosso léxico por via dos ditos retornados significando "muito" e, sinceramente, não vejo que caia nenhum santo do altar coma sua utilização.

Em Português do Brasil é utilizado significando "choradeira".

Aliás, bastas vezes se utilizam no Português palavras que têm origem em outras línguas, o "stress" parece-me evidente.

Quanto aos "velhos do Restelo", perdoe que lhe diga, é um conceito que é o inverso do que utiliza. Diz Camões que um velho do Restelo, Restelo é um topónimo deve ser grafado com maiúscula, era aquele que vendo as caravelas partir criticava preferindo a imutabilidade.

Como estamos na blogosfera, como diria eu se não fossem os neologismos?, referencio o excelente Assim Mesmo, blogue sobre a nossa língua de Hélder Guégués.

E, sim, sou a pessoa que se vê na fotografia, tenho 51 anos, não sei se estudei no bom tempo, tive muito bons e muito maus professores e o acordo ortográfico não me causa tanta repulsa que utilize a expressão "sapos vivos" quando a ele me refiro.

Cumprimentos.

Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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Anónimo disse...

Este Rosa do Céu nem para guardar uma pocilga tem nível. É o exemplo acabado dum tacho político antregue a um yesman. Mais de dois milénios depois continua actual a visão que Platão tinha da democracia.