quinta-feira, 16 de julho de 2009

ANÁLISE DA IMPRENSA LOCAL E REGIONAL

O Mirante

Cidade de Tomar

REDACÇÃO DE TOMAR A DIANTEIRA COLABORAÇÃO CLIPNETO
Hoje abrimos com duas fotografias patuscas. Na de cima, que ocupa grande parte da primeira página do MIRANTE, numerosos aquistas, a fazer lembrar os banhos rituais em Benares (Índia), na agora requalificada piscina (quase) natural do Agroal. Após mais de ano e meio e um milhão 250 mil euros, está finalmente concluída a primeira fase da requalificação da margem esquerda do Nabão, pertencente ao concelho de Ourém. Com varandins tipo paredão do Flecheiro, candeeiros, degraus, miradouro (neste caso miranabão) e etc., "ficou realmente espectacular", exultam os frequentadores. O pior é o mais mau! Espalhafatoso está; porém, à boa maneira portuguesa, fizeram o que dá nas vistas e esqueceram o essencial -não há balneários nem instalações sanitárias públicas. Só na 2ª fase, lá para meados do ano que vem. E sabem qual é a 3ª fase, em 2011/12? -O melhoramento da estrada de acesso! Está bem visto, não está? Consequências do clima que temos, das bebidas e dos dinheiros de Bruxelas.
Na outra fotografia, digitalizada a partir de CIDADE DE TOMAR, pode constatar-se imediatamente não ser verdade muito daquilo que dizem por aí. Na realidade, nota-se perfeitamente que o PSD deixou, há já algum tempo, de alimentar convenientemente os seus eleitos. Mesmo com as sucessivas excursões-compra votos tudo incluído, pagas com o dinheiro dos contribuintes. E não vale a pena negar. A fotografia não mente. O Jaime, por exemplo, quando fazia parte da junta de freguesia PS, liderada pelo senhor Augusto Brito, estava nitidamente mais gordo. Apesar de nessa altura ainda não levar alguns alunos do 1º ciclo do básico a almoçar no Macdonalds. Tudo visto e ponderado, senhores dirigentes laranjas, tratem mas é de providenciar um rancho decente às vossas tropas. Olhem que a campanha vai ser longa e complicada...
Na área mais especificamente política, todos os jornais dão relevo à conferência de imprensa de Ivo Santos e à apresentação dos candidatos da CDU. Mas é O TEMPLÁRIO o mais sumarento desta vez. Noticia, em manchete, que a Câmara vai assumir a dívida resultante da Festa dos Tabuleiros de 2003, dá relevo à ausência do representante da autarquia tomarense na inauguração dos "melhoramentos" do Agroal, inclui uma entrevista substantiva com Carlos Carrão e publica uma saborosa croniqueta de Carlos Carvalheiro.
Sobre a ausência na inauguração no Agroal, toda a redacção de TaD acha que foi uma decisão correcta. Perante tanto disparate na margem pertencente a Ourém, a nossa autarquia merece, sem sombra de dúvida, uma medalha de preservação do património natural. Se excluirmos o piso da estrada, o resto da margem tomarense está tal e qual como no século XIX. Não fizeram nada, mas também não estragaram nada. Bem hajam!
Da densa entrevista do vereador Carlos Carrão, destacamos dois pequenos excertos, sem qualquer comentário adicional, para não lhes diminuir o sabor original. Ei-los: "O eng. António Paiva foi um grande presidente de câmara, mas o Dr. Corvêlo de Sousa está a sê-lo também. Agora, são pessoas diferentes e portanto a opinião das populações é também necessariamente diferente..." "Considero que ainda não é desta vez que o PS é uma alternativa credível à gestão da Câmara Municipal de Tomar. Não tanto pelo cabeça de lista, mas pela equipa que não soube em tempo oportuno preparar para o efeito." O Luis Ferreira concordará, certamente.
Umas páginas adiante, Carlos Carvalheiro, homem de teatro e de cultura, sem compromissos políticos, mas claramente orientado à esquerda, brinda-nos com uma saborosa croniqueta, intitulada "Os 7 anões da Branca de Neve". Dela resolvemos extrair igualmente dois excertos, sem quaisquer comentários adicionais: "Pois pode muito bem acontecer que a Câmara de Tomar eleja em Outubro 7 vereadores, vindos cada qual do seu "grupo"... "Mesmo com o candidato que apresenta, o PS tem um eleitorado próprio e deve conseguir elegê-lo."
Citando o Carlos, na já referida croniqueta, que vale mesmo a pena ler, "está aqui uma coisa esperta, está!" Mas foi o que se conseguiu arranjar desta vez. Nunca ninguém viu fazer chouriços sem carne. E mesmo para "encher chouriços", continua a haver necessidade de carne.

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