quinta-feira, 2 de julho de 2009

COMEÇOU A CAMPANHA ELEITORAL!


Conforme escrevemos ontem, em primeira mão na blogosfera local, (ver post "Sobe muito a temperatura política local"), foi publicado o "Manifesto" do movimento de cidadania "Tomar em
primeiro lugar". A julgar pelas reacções desencadeadas, designadamente por meio de comentários aqui em Tomar a dianteira, foi uma excelente "pedrada no charco". Neste caso no pântano político tomarense.
Manda a verdade admitir que já tínhamos lido o "Manifesto" antes da sua publicação. Foi-nos trazido por mão amiga, de um querido companheiro de infância, que nos convidou a assinar. Declinámos tão honrosa solicitação para melhor podermos manter a nossa imparcialidade crítica, mas não excluímos eventuais futuras colaborações pontuais. Se for caso disso, bem entendido. Isto para esclarecer os nossos habituais leitores que só não publicámos o documento ontem por uma questão de cortesia para com os seus autores. O seu a seu dono.
Indo agora ao âmago da questão. Ao publicarem o seu manifesto, os mentores do movimento fizeram aquilo que o secretário do senhor de Lapalisse nunca se cansou de repetir "O melhor é sempre começar pelo princípio e acabar no fim." Parece uma brincadeira, mas não é assim tão simples afinal. Neste caso, "Tomar em primeiro lugar" explicitou os seus objectivos gerais, que são três: 1 -Devolver a Câmara aos tomarenses; 2 - Atrair investimento, emprego e riqueza; 3 - Fazer de Tomar uma capital cultural internacional. É claro, preciso e conciso. Agora falta a fase seguinte. Explicar aos eleitores como é que se lá chega a esses três objectivos. Dito de outra maneira. Quer queiramos, quer não, passamos a vida a viajar no espaço e no tempo. Nesta questão dos objectivos, vamos supor que se trata de três cidades longínquas. Para lá chegar é pois indispensável definir etapas, meios de transporte, itinerários, alimentação, repouso, distracção, etc. Pois é isso que os eleitores agora ficam a aguardar. Que "passos" vão dar para conseguirem aquilo que pretendem, caso vençam as eleições? E se não vencerem?
Para já, e assim em segunda leitura, parece-nos que o citado manifesto contém dois pontos bastante discutíveis. Por um lado "atraír investimento, emprego, riqueza" soa muito bem mas contém, na nossa opinião, dois vícios de linguagem que não auguram nada de bom. O primeiro é este: O investimento saudável, produtivo, não deve proporcionar emprego, mas sim postos de trabalho. A Função Pública e as empresas nacionalizadas e /ou municipais é que facultam empregos. (Ver o nosso post "Janos Kornai e a economia da penúria", de ontem). O segundo parece ser apenas um lapsus linguae -a riqueza não se atrai produz-se. É a riqueza produzida que posteriormente induzirá a vinda de outras riquezas. Ou não será assim?
Por outro lado, vamos ser frontais -"Fazer de Tomar uma capital cultural internacional", soa-nos a arrogância, a basófia, a megalomania. Dito isto, que é apenas uma modesta opinião, cá ficamos a aguardar. E não deixaremos de comentar sempre que necessário. Não é só pagar impostos...

5 comentários:

Anónimo disse...

"Fazer de Tomar uma capital cultural internacional".

Boa proposta.

Falta saber o que vai na cabeça dos proponentes para a concretizar. Se pensam levar essa ambição à prática com encontros e festivais disto e daquilo, com a CMunicipal a desempenhar o papel de agente intermediário de artes e espectáculo e outras iniciativas para sair nos jornais e televisão e dar umas entrevistas, e tudo acabar na recolha de cadeiras, desmontagem de palcos e aparelhagens sonoras e equipamentos de iluminação, e limpeza apressada dos lixos lá deixados, pois então, estejam quietinhos. Iniciativas dessas foi chão que deu uvas, quase sempre desbaratou dinheiro dos contribuintes pelo país fora, e o resultado foi uma mão cheia de nada.

Mas se for para criar infraestruturas locais que produzam cultura, uma escola de formação avançada em colaboração com outras de prestígio europeu que atraiam a Tomar estudantes e experiências novas do país e estrangeiro, julgo que a proposta poderá ter êxito a longo prazo.

Julgo que Tomar reune todas as condições para criar uma escola de nível superior de artes do espetáculo, por exemplo. Apenas um exemplo.

Pelo que julgo saber parece que Torres Novas vai dando alguns pequenos passos mais ou menos nesse sentido.

Tomar Jovem disse...

http://tomaranosisto.blogspot.com

NOVA CANDIDATURA !

Anónimo disse...

Torres Novas vai assinar amanhã o protocolo com o Governo para instalar uma LOJA DO CIDADÃO.

Depois de Rio Maior, Barquinha e Santarém, mais uma vez Tomar fica a ver passar.... as LOJAS DO CIDADÃO.

Anónimo disse...

CARLOS SILVA (PS) votou contra o estudo prévio dos arranjos exteriores da Convento.

Os argumentos, estão todos, no Geração Tomar

Anónimo disse...

"Fazer de Tomar uma capital cultural internacional"

Então não era esse o projecto do eng. Paiva? Fazer de Tomar capital europeia da cultura, algures para o ano de 2012? Será que nessa altura ainda seremos cidade?

Cá para mim anda aí no ar outra onda de megalomania, ainda por cima assombrada! Onde é que esta terra onde o Diabo perdeu as botas tem estruturas quer físicas quer humanas para sequer sonhar com tal?

Vão mas é trabalhar...