quarta-feira, 29 de julho de 2009

UMA BIZARRICE ELUCIDATIVA...

António Rebelo
Ainda atónito, tencionava manter o silêncio sobre o caso. Como, porém, continua a estar na berra, vamos a ele.
Um dia destes fui surpreendido pelo Doutor Francisco Louçã, na TV, a verberar o PS, que alegadamente teria assediado uma fundadora e militante do Bloco de Esquerda. Fê-lo em tom acusatório, quase inquisitorial. Fiquei atónito. Em 2009, na Europa, mesmo num país dos menos evoluídos, um líder partidário ousa descer tão baixo? Não se terá dado conta do ridículo da situação, semelhante à daqueles pais, de muito antes do 25 de Abril, que diziam aos rapazes -"Você anda a tentar desviar a minha filha; mas olhe que se o volto a apanhar aqui a rondar a porta..."? Acabei transitoriamente por achar tão grotesco que decidi aguardar. Cuidei que os dirigentes socialistas não tardariam a colocar o acusador de circunstância no seu lugar.
Pois não senhor! Limitaram-se a desmentir os alegados contactos, mas devem ter pensado que era natural tal tipo de acusação, manifestamente arcaica. Esperei então pelos jornais, por análises mais serenas, por quem colocasse a questão "en su sítio". Pois também não. Tanto em editoriais como em notícias, acharam que o importante era saber se realmente houve aliciamento ou não e qual a posição da eventual assediada.
Face a tudo isto, desanimei. Afinal não podes ter razão contra todos os outros, pensei com os meus botões. Mas depois, recordei que o mesmo Doutor Louçã nada disse sobre o aliciamento de Miguel Vale de Almeida, igualmente fundador e militante do Bloco, que integra as listas PS para a Assembleia da República. Querem ver que afinal, no caso da militante, não se trata só de um problema político?, interroguei-me.
Agora que o suposto assédio é escalpelizado na VISÃO, aproveito para despejar o saco. Face ao ocorrido, quer alguém do PS tenha ou não estabelecido contactos com Joana Amaral Dias, a atitude inquisitorial do Doutor Francisco Louçã é não só ridícula como lamentável, perigosa e elucidativa. Ridícula, porque nos envergonha como povo europeu, numa altura em que por esse continente fora dezenas de militantes de esquerda ou extrema-esquerda colaboram com ou fazem parte de governos de direita. E ninguém se incomoda com isso. Faz parte dos direitos de cidadania. Para não ir mais longe, o actual governo francês, de centro direita, inclui dois ministros que continuam filiados no PS (Bernard Kouchner, nos Negócios Estrangeiros, e o sobrinho de François Mitterand, na cultura). Além disso o antigo primeiro-ministro e secretário-geral do PSU e depois do PS, Michel Rocard, acaba de ser encarregado pelo presidente Sarkozy de elaborar um relatório sobre a fiscalidade verde. Para já não falar do trotsquista Jean-Cyrile Spinetta, que preside à AIR FRANCE e à AREVA.
Lamentável, porque mostra que o Doutor Louçã, no fim de contas e nos factos, é na realidade muito menos avançado em termos societais do que aquilo que pretende dar a entender.
Perigosa porque, se agora que o BE é um pequeno partido, sem esperanças reais de chegar ao poder, o Doutor Louçã já considera pelo menos uma militante como propriedade do partido, se um dia chegasse ao governo com maioria, tudo indica que seríamos todos propriedade do estado. Como na Coreia do Norte?
Perigosa, porque não aponta para uma sociedade de cidadãos livres. Antes para um país de dependentes das formações partidárias de ideologia não totalmente explicitada aos eleitores.
Elucidativa enfim, pois nos permite perceber, enquanto é tempo, aquilo que na verdade o Doutor Louçã pretende para o país que somos todos. Comigo não conte de modo algum. Até porque já tinha alguma reserva em relação à sua sinceridade. Um líder político que é simultaneamente catedrático de economia, não deve proclamar que "quem tem lucros não pode despedir" ou "reforma por inteiro com 40 anos de descontos", por exemplo, pois tem obrigação de saber que tal não é possível. Nem aqui nem em qualquer outro país com um regime pluripartidário e eleições livres, transparentes e justas. Tenha vergonha Doutor Louçã!

31 comentários:

Anónimo disse...

Eu se perdesse um borracho daqueles também ficava pior que estragado!

O FANTASMA DAS CUECAS ROTAS

Sebastião Barros disse...

Pois! Mas estaria a misturar política vertical com actividades geralmente horizontais, e tal compota nunca deu bons resultados. Mesmo aqui em Tomar, nos finais do século passado...

Anónimo disse...

Que a JAD tivesse sido convidada, que tivesse aceite o convite ou o recusasse, que se aconselhasse com o Mário Soares ou com o papa é-me indiferente, quero lá saber é lá da vida deles e não tenho nada a ver com isso.
Que lhe tenham acenado com um cargo no governo, é la com o PS que é quem sabe o que melhor lhe convêm, nada tem a ver comigo. Agora que lhe tenha, em alternativa, oferecido um lugar na presidência de um Instituto público acho mal. "No jobs for the boys" foi a consigna do PS há uns tempos, e pensava eu era para prover com os mais competentes, e não estou a insinuar que JAD seja incompetente. Mas acho estranha esta atitude de um PS que anda sempre com a boca cheia de ética republicana. Mas não estranho. Em Roma sê romano.
E foi a isto que o bispo Louçã se referiu, não que gosto da figura, mas por alguma razão não disse nada quando foi de Miguel Vale de Almeida que se mudou de armas e bagagens para a lista de um PS que apenas uns tempos atrás tinha qualificado com expressões nada meigas.

Anónimo disse...

Pois é. O opinante Sebastião parece não ter percebido que o problema não está em alguém do PS ter assediado a senhora. Ou que a senhora vá para aqui ou para ali, se lhe der na real gana. O problema está em o PS ter pretendido comprar um apoio, usando um cargo do Estado como contrapartida. Tanta conversa e, afinal, o opinante Sebastião afinal não chegou à essência da questão. Quererá o opinante Sebastião debruçar-se sobre a correcção deste (putativo) comportamento do PS? Ou a evidente aversão a Louçã impede-o de discernir tais "minudências"?

Anónimo disse...

Bem observado, fantasma das cuecas rotas...

Anónimo disse...

O ódio cega.

Sebastião Barros disse...

Sejamos claros precisos e concisos.
Quem lhe disse que não percebi? Quem lhe disse que não cheguei à essência da questão?
Qual a diferença entre um cargo de estado e um lugar de deputado, ministro ou assessor? Que tem o BE a ver com aquilo que o PS faz, desde que no estrito âmbito da legalidade republicana? Quem investiu o BE ou o Doutor Louçã no papel de supremo juiz destas questões? Os tribunais serfvem para quê, afinal?

Sebastião Barros disse...

Pois realmente é capaz de cegar. E quando assim acontece uma pessoa começa a escrever frases de duas palavras. Depois começa a caminhar ao lado dos sapatos e acaba por se calar, ao perceber as tristes figuras que faz. Mas não deve ser o seu caso, uma vez que é do BE, uma força só com gente esclarecida e de alto gabarito intelectual.

Anónimo disse...

Mas eu não pus o timbre na questão da legalidade.
Pu-lo na apregoada ética republicana e não me parece ético, e não sou do BE, comprar ou tentar comprar o apoio de alguém com um cargo dirigente num qualquer instituto, que parece ser o da Droga e Toxicodependència. Lá que seja ministra, deputada ou o raio que a parta é lá convosco. Mas curiosamente lembrei-me daquele pateta alegre que dá pelo nome de José Lelo e das suas picardias com Manuel Alegre a propósito da colaboração deste numa iniciativa do BE.
E não lhe faço a injustiça de pensar que não compreendeu, gostaria era de perceber a razão da pequena distorção que faz.
Sendo cero que é legal o PS nomear a prima do ministro ou o tio da secretária de estado ou a JAD.

Sebastião Barros disse...

A mim o que me chocou sobretudo foi a atitude inqualificável de Louçã, que não o deixa muito bem na fotografia da esquerda pluralista. E continuo a não vislumbrar qualquer diferença qualitativa entre o recrutamento de Vale de Almeida e a frustrada tentativa vilipendiada por Louçã.(Se realmente houve tentativa) A que se deve tal diferença de critérios?
Se distorci algo, terá sido sem me dar conta, por isso agradecia que fosse mais preciso nas suas alegações, juntando sempre o exemplo à afirmação.

Anónimo disse...

Quem lhe disse, sr. Sebastião, que tais compotas não dão bons resultados? Então a Anabela do Centro de Emprego vai, ao que parece, para deputada porquê?
E a Sanfona?

O FANTASMA DAS CUECAS ROTAS

Anónimo disse...

Ao que parece há por aqui alguns chocados com a atitude do Louçã! O problema não está no Louçã! O problema está no que ficaram chocados com ele porque afinal não percebem nada de política, nem sequer conseguem ler o perfil dos políticos através da sua "praxis", para não falar doutras questões.
Se tivessem alguma acuidade de discernimento perceberiam que com esta atitude o Louçã está a ser coerente com os valores que defende, e perceberiam que o seu fundamentalismo marxista não mudou nem um milímetro, embora aparentemente o seu partido seja aquele que melhor se tem adaptado às constantes mudanças e "nuances" da política nmacional. Mas isso é só aparente...

O FANTASMA DAS CUECAS ROTAS

Sebastião Barros disse...

Para o Fantasma das cuecas rotas

Por enquanto o filme continua. Dê tempo ao tempo e depois volte a contactar-nos SFF

Anónimo disse...

Ao Fantasma das cuecas rotas:

Deixe-me discordar do seu raciocínio, de resto muito bem construído mas enviesado à partida e por isso com conclusão falta.
Realmente o Louçã, goste-se ou deteste-se,nunca foi nem é fundamentalista marxista. É apenas um medíocre trotsquista, disposto a ignorar o passado quando isso lhe convém, para singrar na política doméstica. Por isso concluiu um acordo de união com os estalinistas/maoistas, capitaneados pelo Fazenda, que esses sim, pretendem ser marxistas puros e duros. A tal ponto que nunca renegaram a trágica política do Zé dos Bigodes (Estaline), que custou milhões e milhões de injustas mortes. E a vida a Trotsqui, refugiado no México e que ele mandou assassinar. Temos assim uma parte dos trotsquistas portugueses unidos com os partidários do assassino de Trotsqui. Bonito!
Por outro lado, mas na mesma linha, enquanto o organizador do exército vermelho era um arauto da revolução permanente e do entrismo, Louçã parece mais virado para o oportunismo e para o conformismo. Isto para já não falar dos constantes ataques contra o PS, como se o partido dirigido pelo primeiro-ministro tivesse usurpado o poder, ou fosse o principal inimigo dos trabalhadores.
Há ainda um último detalhe. Um catedrático de economia que vem defendendo reivindicações que sabe não poderem ser satisfeitas, poderá ser tudo; cidadão de boa-fé não é.

Anónimo disse...

Ora então parece que sempre há um aldrabão e que não se chama Joana.

Anónimo disse...

"Um catedrático de economia que vem defendendo reivindicações que sabe não poderem ser satisfeitas, poderá ser tudo; cidadão de boa-fé não é."

Sim. Já percebemos que não gramas o BE.

Sendo ou não se sendo do BE, uma coisa que está aos olhos de todos é que se a classe politica não estragasse tanto e não fizesse uma tão má gestão dos nossos recursos e potencialidades, a população poderia ter muitas mais regalias.

E quem sabe até a tal reforma integral após 40 anos de trabalho produtivo. PRODUTIVO!

Anónimo disse...

Para anónimo das 20:16

Segundo parece, há até vários aldrabões. Mesmo no Bloco de Esquerda. Isto para já não falar em trambolhos de outra época. Leia por favor o post "Afinal havia outra..." E resigne-se!

Sebastião Barros disse...

Para anónimo das 21:32

É capaz de ter alguma razão no que escreve, porque SE a minha avó tivesse um motor FERRARI, ou até MERCEDES, era bem capaz de ganhar algumas corridas de Fórmula 1. Infelizmente a senhora já morreu há uns bons anos, pelo que deixei de pensar nisso. Lembrei-me agora, por causa da sua rapidez a acusar os outros. O meu amável contraditor pensa então que quando se critica alguém é porque não se grama? Não lhe parece um bocado simplista, para não dizer primário?
Olhe que pela boca morrem os peixes. E os homens por vezes também.

Anónimo disse...

31 de Julho de 2009 22:02

O Não sei quê de Campos foi aldrabão. Mentiu com todos os dentes que tinha na boca. Mais algum?

Devolvo o conselho, Resigne-se.

Anónimo disse...

Nem simplista, nem primário:

Verdade em palavras curtas.

Sebastião Barros disse...

Parece-lhe normal e isento de aldrabice o Louçã acusar na TV que o PS andou a assediar, quando afinal ele mandou fazer exactamente a mesma coisa?
Quando se vê o agreiro no olho do adversário mas se ignora uma tranca no próprio olho, as coisas não podem ir bem.
Como escreveu Marcelo Rebelo de Sousa, no SOL: "Sexta 24 -LOUÇÃ - Entrevista a Judite de Sousa. A sua melhor de sempre. Demagógica de alto a baixo. Mas incisiva. E eficaz?"
Quer mais? Leia as declarações de Vale de Almeida, fundador do Bloco e agora desiludido, igualmente no SOL.

Anónimo disse...

Não é a mesma coisa!

O BE ofereceu à sra do PS um convite para encabeçar lista nas autarquias.

Já à do BE, o PS assediou-a tentando comprá-la, oferecendo-lhe um cargo dirigente no instituto da Droga e Toxicodependència.

É diferente!!!!!!!!! Consegue tirar os seus óculos partidários e ver esta grande diferença???? Que o PS utiliza o seu poder, e o facto de estar no Governo, para distribuir tachos e aliciar quem lhe convém?

Olhe, quanto aos comentários do Marcelo Rebelo de Sousa... Por favor! Esse sr que opina sobre tudo, desde futebol aos ultimos avanços científicos, passando claro pela politica...

Nunca ouviu dizer que quem sabe de tudo, é porque realmente não sabe de nada?

Um conselho: não lhe preste muita atenção. O que ele diz não se escreve.

Anónimo disse...

"Quer mais? Leia as declarações de Vale de Almeida, fundador do Bloco e agora desiludido, igualmente no SOL."

Quanto a este tema, tem a minha opinião em post, aí.

Anónimo disse...

É isso mesmo.
É tudo uma questão de óculos partidários, bem lembrado.
Que se convidem ex-adversários para a equipa não me traz nenhuma diferença. Parece que em Tomar há um que se transferiu do Porto para o Benfica, perdão do PCP para o PSD.
Agora o que faz toda a diferença é o convitezito para o IDT. Assim a modos que "luvas". E isto com o dinheiro, diz Elisa Ferreira, que é nosso, do PS.

Anónimo disse...

Quem é que passou do PCP para o PSD?

Sebastião Barros disse...

Para anónimo das 12:52

O amigo está a ver o filme ao contrário. O que o Marcelo diz é que se escreve! Quanto ao caso JAD, continuo a não perceber. Ele não é uma competente psicóloga? Não trabalha exactamente nesse tal instituto cuja chefia ou direcção ela diz que lhe ofereceram mas ninguém confirma? Francamente não estou a ver qual é o problema. O governo legal está inibido de convidar quem quer para os lugares que entender, desde que de nomeação política?

Anónimo disse...

"Isto para já não falar dos constantes ataques contra o PS, como se o partido dirigido pelo primeiro-ministro tivesse usurpado o poder, ou fosse o principal inimigo dos trabalhadores"

Não usurpou o poder, foi eleito. Mas daquela maneira...tipo lobo vestido com pele de cordeiro.

Ou alguém pensava que aquele tipo com ar de maricote ía sair uma prenda destas? Um aprendiz de tiranozinho...

A questão é que o capuchinho vermelho dos tempos de hoje já não corresponde à figura desinformada de outros tempos...

O capuchinho vermelho dos tempos de hoje é mais cosmopolita, menos virginal. Ainda se deixa enganar, é certo, mas depois de enganado, dá mais luta.

"...Como se o PS fosse o principal inimigo do trabalhadores"

Olhe, quem trabalha é que sente no pelo o recuo que isto tem levado.
Retiram regalias e perspectivas á classe média, afundam-na.

Têm como principal preocupação governamentel defender os interesses dos Belmiros e Azevedos deste País, ou não reparou (ou já se esqueceu)

das 1as declarações de Socrates, quando tomava posse do Governo? Foram as de autorizar a abertura das parafarmácias nos hipermercados.

Ora bem, quem tem esta imperiosa preocupação em deixar bem claro estas como as 1ªs medidas de interesse nacional... já deixava prever como iria ser o resto.

Sim, porque facilitar a auto-medicação não é medida de interesse nacional. Aqui também andamos para trás.

Mas está certo: mais vale ter a aspirina na prateleira ao lado das bolachas. Para as dores de cabeça que estes gajos nos têm dado...

Ao fim e ao cabo, o Socrates até tem sido amigo. Dá as dores de cabeça, mas também facilita o acesso à aspirina.

Vote nele outra vez.

Sebastião Barros disse...

Como decerto não ignora, as farmácias são um feudo dos já instalados. Os novos farmacêuticos não podem abrir farmácias, o que contraria a legislação europeia. E o sr. Cordeiro, que não é farmacêutico mas preside à ANF, sabe isso muito bem.Na minha opinião, não lhe fica bem vir para aqui defender privilégios arcaicos, no mesmo texto onde acusa Sócrates de nos ter prejudicado para fazer o jogo do sr. Belmiro.
Ainda sobre o Sócrates, vale mais ir perdendo a ilusões, pois seja ele ou a tia Manuela a formar governo, os tempos da "boa vai ela" estão a acabar. Um país onde os funcionários são os que trabalham menos horas, têm mais férias e mais feriados que em qualquer outro da UE, não vai poder continuar pelo mesmo caminho das facilidades e das farturas. Nem nada que se pareça.

Anónimo disse...

Pois é. E os professores eram dos que tinham mais regalias.

Nunca reclamou de ter regalias, quando estava no activo?

E não tem medo que os governos futuros começem a cortar tantas regalias quequalquer dia até as reformas sejam consideradas regalias? E por isso sejam cortadas?

Como reformado, o que opina?

Sebastião Barros disse...

Creio que o amável comentador ou lê bem mas percebe mal, ou o inverso. Ninguém escreveu que era contra isto ou contra aquilo. O que se disse foi que a presente situação económica vai obrigar o próximo governo, seja qual for a sua cor política, a tomar medidas bastante dolorosas. Só isso.
Quando o governo for forçado a reduzir as pensões de aposentação da função pública, não queira estar neste país, pois poderá morrer de fome.

Anónimo disse...

Discurso balofo, é o que é.

De certeza que não se queixava das regalias que tinha como funcionário público.

Agora pense: que nós, os que felizmente trabalhamos, descontamos para a sua reforma. Mas para a nossa, já ninguém vai descontar.

Porquê? Porque houve quem mamasse demais, no vosso tempo.E alguns trabalharam de menos. Alguns, digo.

E ainda temos de ouvir, a sua voz de profeta iluminado, que não contemos com reformas?

Convença-se de uma coisa: Está a ser criado um alarmismo geral, cujo unico objectivo é facilitar a tarefa de retirar mais e mais regalias às pessoas.

Quanto á minha dieta, não esteja tão preocupado. Não passarei fome, sabe porquê?

Porque tenho um quintal onde posso plantar batatas.

E fique descansado: se lhe reduzirem a reforma posso dividi-las consigo.

Um abraço.