CIDADE DE TOMAR aparece esta semana com um certo aspecto de "newsmagazine", com uma manchete de fazer chorar as pedras da calçada: "A família chorou a sua morte até que este regressou...vivo." Em duas páginas interiores fica o leitor a saber que não se trata do fado da desgraçadinha. Fala-se antes da longa e acidentada vida de um tomarense de Carregueiros, o senhor José Soares ou José Cartaxo, ex-residente em Moçambique.
Na página 3 deste mesmo semanário noticia-se que a autarquia vai (finalmente !) tomar posse administrativa daquela ruína do lado esquerdo de quem sobe a Rua de Pedro Dias. Trata-se de demolir e limpar devidamente o local, caso o seu proprietário não tome idêntica iniciativa, dentro do prazo que lhe foi comunicado pela câmara. Um pouco mais adiante, na página 10, um texto polémico de António Serraventoso, com o título "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades !" Já Camões, apesar de zarolho, disse o mesmo há mais de 400 anos, com os resultados que conhecemos...
Ainda mais dois textos que vale a pena ler, sobre a triste e complicada situação local: "Remover escombros", de Joaquim Margarido, e "Apontamentos sobre políticas de Tomar", assinado por Rui Reis Vieira. Ambos na página 12. Parece tratar-se novos colaboradores, benévolos e com ideias, coisa suficiente rara em Tomar para ser destacada.
"Família recebe factura astronómica de água sem saber onde a gastou", titula O MIRANTE - Médio Tejo, a toda a largura da primeira página. Embora concordando que se trata de uma enormidade, e de manifesta insensibilidade social, quando se pretende cortar o fornecimento, caso a factura não seja liquidada, e antes de se apurar devidamente onde e se há ruptura, como parece óbvio, temos de convir que uma factura de 3 mil e tal euros, num país onde qualquer pequeno salto à vara rende 10 mil no mínimo, não será propriamente astronómica, como refere a citada manchete.
Igualmente na primeira página, o mesmo semanário noticia a abertura do ano lectivo no IPT, com fotografia do seu actual presidente, cuja intervenção reproduz em parte. Ei-la: "Os professores e funcionários do IPT vão ter que se adaptar ao que os alunos, as empresas e a sociedade lhes pedem. Os primeiros terão de voltar a aprender, a aprender a ensinar, e terão que ensinar matérias que hoje nem sequer conhecem. Os segundos terão que reinventar a cada momento o seu próprio trabalho para satisfazer os requisitos de transparência e responsabilização que o Novo Mundo começa a exigir." Caso para perguntar, ainda que sem esperança de próxima resposta -EM TOMAR ???!!!
Mas a foto dos dois docentes, em hábito académico, está muito bem !
Mas a foto dos dois docentes, em hábito académico, está muito bem !
AZEITONA "ENTOPE" LAGARES, POLITÉCNICO DE TOMAR "EM RISCO DE SE PERDER", ROUBO DE RODAS DE CARROS E BOTIJAS DE GÁS, A PENSAR NOS TABULEIROS DE 2011 ELA NÃO PÁRA DE FAZER FLORES, são os títulos de primeira página d'O TEMPLÁRIO. Destaque para o primeiro tema, com desenvolvimento nas páginas 8 e 9. Aí se fica a saber que este ano houve muita azeitona e, sobretudo, muita gente que resolveu finalmente regressar à agricultura, mesmo se de forma transitória. A demonstrar que, tendo em conta as cada vez mais débeis finanças do país, um dia destes vai ser necessário (e será muito útil, digo eu) fixar um limite temporal para o Rendimento Mínimo de Inserção, excepto naturalmente para todos os incapacitados. Para os outros, não seria melhor fixar-se um prazo máximo de Y meses, findo o qual não haveria mais mama ? A partir da perda de direito ao subsídio, comida sim, assistência médica sim, alojamento colectivo sim, calçado usado e vestuário usado sim. Mais dinheiro não, que a vida custa a todos. E não me venham com o chavão de que se trata de uma posição reaccionária. Neste caso, reacção = realismo. Não dá votos ?!? Pois se calhar não. Mas honra e proveito nunca couberam no mesmo saco. Ou, de forma mais directa, não se pode ganhar sempre em todos os tabuleiros.
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