Foto 1 - Para começar, convém situar e quantificar o problema. O almejado Museu da Levada está orçado em praticamente 6 milhões de euros = 1,2 milhões de contos, a que se devem acrescentar os trabalhos a mais, designadamente as escavações arqueológicas em curso. Deste total, a União Europeia apenas financia perto de 5 milhões. O remanescente terá de ser assumido pelo Município de Tomar.
Foto 2 - No início do Verão passado, o arquitecto Chuva Gomes disse, durante a visita organizada pela autarquia, que "não existe propriamente um projecto, mas apenas um guião, que vai sendo complementado consoante os elementos fornecidos pelo dono da obra." Esta foto, obtida esta manhã, mostra os dois pavilhões da antiga central eléctrica, cujo aspecto exterior não foi alterado nos últimos três meses, o que significa que o empreiteiro e o arquitecto aguardam instruções.
Foto 3 - No chamado "Moinho Velho", a parede exterior já está concluída, situação estranha dado que o telhado -prioritário em qualquer obra- continua por acabar há mais de dois meses, conforme se pode ver na foto seguinte.
Foto 4 - O telhado inacabado do "Moinho Velho", a denotar no mínimo falta de coordenação dos trabalhos.
Foto 5 - A fachada poente do Moinho Velho, há meses a aguardar conclusão.
Foto 6 - Pormenor do telhado da Moagem a Portuguesa, incompleto há pelo menos 2 meses.
Foto 7 - Vista geral das escavações arqueológicas, no antigo lagar à esquerda da Central Eléctrica, que já duram há mais de 3 meses. Tudo o que agora está a ser feito neste espaço, antes destinado aos serviços técnicos e de acolhimento dos visitantes, não estava previsto na empreitada inicial, pelo que terá de ser contabilizado como "trabalhos a mais". Uma vez concluída a escavação, qualquer que tenha sido o seu resultado final, vamos ter mais um mono tipo pretenso "Forum Augustano", nas traseiras do quartel dos bombeiros. Falta agora decidir onde instalar as valências antes destinadas a este espaço -recepção de visitantes e serviços técnicos.
Foto 8 - Aspecto do telhado do lagar onde antes funcionou a Fundição Tomarense, com molhos de telha de canudo e ripas de madeira a apanhar chuva há mais de 3 meses.
9 - Aspecto do Lagar de Martim Teles, com o telhado por concluir há mais de 2 meses, para não fugir à regra.
Foto 10 - Outro aspecto do telhado da antiga Fundição Tomarense, também neste mesmo estado há mais de 2 meses.
Foto 11 - Aspecto do futuro telhado do ex-arquivo de Fábricas Mendes Godinho, por enquanto apenas isolado a esferovite e forrado a onduline...
Foto - 12 ...que pelos vistos não deu para acabar. Convém reparar que devido à chuva, a onduline até já "deu o corpo à curva", neste caso aos barrotes.
Foto 13 - Por alguma razão alguém colocou sobre o nome do gabinete de arquitectos responsável pela obra este camelo sem as patas traseiras. Maneira de dizer que o camelo não tem pernas para andar? A ser assim, constitui uma excelente metáfora para um Museu da Levada que tudo indica estar encalhado. À espera que o dono da obra decida o que quer.
3 comentários:
... e ainda a procissão vai no adro...
Caro senhor apresento-me como a PBT e a partir de hoje farei comentários aqui, acolá e ainda escreverei no meu próprio blogue. Vou ser dura, assertiva para com tudo e todos e sem piedade.
Há-de chegar... quando tudo cair. É o costume. Depois chegam as lágrimas, as acusações.
É só olhar para o vizinho convento de Santa Iria e as ruínas do antigo Colégio Feminino.
Em resumo: Depois da casa roubada, trancas à porta.
Maria
Enviar um comentário