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"Tenho pena Rebelo que não queiras fazer parte de uma lista com pessoas capazes de tirar Tomar de onde está, desculpa-me a expressão, mas não é mal nenhum fazer parte de uma lista em que podias figurar como número dois ao lado da Drª, isso demonstraria um acto de humildade que é o que estes que estão no poleiro não têm." Acabo de reproduzir parte de um comentário de hoje, o qual pode ser lido na íntegra no post "Há sempre uma primeira vez".
Decidi fazer esta citação por me parecer tratar-se de um belo exemplo do clima de fantasia política em que se vive aqui pelas margens nabantinas. Desde logo porque continuar a abrigar-se no anonimato, como é o caso, quase quarenta anos após o 25 de Abril, roça o ridículo e denuncia um estilo conspirativo impróprio de um democrata. Depois, porque se trata de um mero processo de intenções. Assim, eu nunca disse ou escrevi que não queria fazer parte de qualquer lista. Limitei-me a esclarecer que apenas me candidatarei se o puder fazer como cabeça de lista.
Ainda na mesma linha, que fundamentos tem quem redigiu o comentário para afirmar tratar-se de "uma lista com pessoas capazes de tirar Tomar de onde está"? Quem são essas pessoas? Foram escolhidas por quem? Farão parte de que lista? É fácil lançar atoardas, que infelizmente só podem prejudicar os políticos locais. Difícil é sustentar tais afirmações, que além do mais denotam evidente alheamento da nova e mutante realidade local.
Bem gostaria de acreditar que das próximas eleições sairá um executivo capaz de nos recolocar na senda do progresso e do renascimento local. Infelizmente, olho à minha volta em vão. Cegueira minha? Quiçá. Mas então esclareçam-me, convençam-me que estou equivocado.
Pela minha parte, já fiz o que estava ao meu alcance: anunciei a minha disponibilidade. Nas minhas condições, como o Mário Monti em Itália, e só nessas. Já não estou em idade de brincar à política, não procuro benesses nem preciso de fazer carreira. Os dirigentes políticos locais têm outras opções? Não me surpreende. Afinal, desde as primeiras eleições livres, já lá vão mais de três décadas, quantas vezes é que acertaram? Que obras realmente úteis têm para apresentar? Feitas em que mandados?
Façam um favor a todos os tomarenses que dão a cara e sofrem pela sua amada terra -olhem-se bem ao espelho antes de escrever ou dizer certas coisas. Não agravem ainda mais a nossa crise, que é também provocada por nítida carência de recursos humanos realmente qualificados. Como escreveu a dada altura o multimilionário americano Warren Buffet, "é quando a maré baixa que se vê quem andava a tomar banho nu". Em Tomar estamos na maré mais baixa desde 74.
1 comentário:
"Desde logo porque continuar a abrigar-se no anonimato, como é o caso, quase quarenta anos após o 25 de Abril, roça o ridículo e denuncia um estilo conspirativo impróprio de um democrata."
- Não conheço a pessoa em causa, nem conheço os motivos para o seu anonimato, mas uma coisa tenho eu a certeza, o anonimato neste terra, e provavelmente no País ainda é a maneira mais segura de ir dizendo certas verdades.- Pode crer que sei do que falo...
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