sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Vandalismo e imobilismo

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Cidade de Tomar, 1ª página, 07/12/201

Diz o Cidade de Tomar de hoje (ver ilustração) que a autarquia tomarense já perdeu mais de 20 mil euros, devido a actos de vandalismo que provocaram a destruição de ecopontos, contentores e papeleiras. Todos de plástico, porque são muito mais baratos, esclarecem os responsáveis.  Não sendo de todo possível colocar um polícia a guardar cada equipamento, não se vê como tenciona o executivo que temos solucionar o problema. Logo, talvez não fosse pior equacionar a hipótese de comprar novas unidades, em alumínio, em chapa zincada ou em inox. Muito mais caros, bem entendido. Mas que têm a inexcedível vantagem de não arder. Afinal exactamente aquilo que se pretende.
Talvez o nosso amigo e leitor Leão da Estrela, que é especialista no assunto, nos possa esclarecer quantos ecopontos a autarquia poderia ter comprado com os 20 mil euros que se foram em fumo.
Para além de tais cálculos, é cada vez mais inquietante o imobilismo em todos os domínios do actual executivo, oposição incluída. Lastimam-se, queixam-se, protestam, falam, falam, falam, mas quanto a decisões profícuas zero. Neste caso dos contentores, por exemplo, como tencionam ultrapassar o problema? Já debateram o assunto de forma aprofundada? A que conclusões chegaram, se é que a alguma?
Se a actual situação persistir, não tardará que as habituais línguas viperinas se ponham a vaticinar que se calhar há interesses particulares na compra dos equipamentos em plástico, bem como nos costumeiros actos de vandalismo, uma vez que, regra geral, os vendedores têm sempre uma "atençãozinha" para com quem encomenda. E aqui entramos naquela zona cinzenta, na qual se integra também o recente roubo da quase totalidade da anterior iluminação do castelo, logo na altura em que ia finalmente ser instalada a nova, prevista desde 2008 (ver "Tomar 2015", página 31, no post "D. Sebastião moderno e o roteiro da tragédia"). Pelos vistos, até já temos ladrões dotados de serviços de informação. Ele há coisas!

2 comentários:

Leão_da_Estrela disse...

Caro professor,

Não faço a mínima ideia quantos ecopontos se podem comprar com esse valor, porque aqui no concelho essa é uma competência dos SMAS, não tendo a ver com a limpeza urbana, que deste tipo de equipamento compra papeleiras e dispensadores para sacos de dejetos de canídeos; mas dava para comprar cerca de 400 papeleiras plásticas, se a informação for importante.

Mas o que está em causa, nem sequer é o material deste equipamento, é a incivilidade de quem o destrói; sem querer defender ninguém, a opção pelo plástico é muito mais racional e abrangente: com o mesmo custo, cobre-se uma fatia muito maior do território. Repare, aqui temos espalhadas cerca de 5.000 papeleiras, a custos actuais seria um investimento de cerca de 250.000 Euros. Se se comprasse papeleiras em metal, ou teria que ser investido cerca de um milhão de Euros, ou apenas se comprariam 1.250 papeleiras, o que para o caso seria um número irrisório. Ainda assim, deixe-me dizer-lhe que aqui, felizmente, esse é um problema residual (o incêndio de equipamento para resíduos), nos últimos dez anos terá acontecido com menos de meia dúzia.

Não posso no entanto deixar de referir que as caixas multibanco são de metal e ultimamente é o desporto nacional rebentar com elas! sim, sei que as papeleiras não têm notas, a não ser que algum larápio lá se esqueça delas, mas reforço o que escrevi no início da minha resposta: este é um problema de civismo e a sua resolução passa por preveni-lo por outras formas que não "albardar o burro à vontade do dono"; pelo andar da carruagem, qualquer dia não há vidros nas janelas, não há calçada portuguesa no chão, etc.,etc.

Educação para a cidadania, precisa-se! se isso é também responsabilidade da autarquia? definitivamente, sim!

recicladamente,

Anónimo disse...

Está cheio de razão! Contudo, não sei se esse tal de civismo alguma vez passará por estas bandas. E entretanto os contribuintes é que vão pagando... Donde a sugestão do material metálico. Estético, naturalmente.

Nataliciamente,