O nosso correspondente em Londres, alarmado com os protestos implícitos contra as pedras velhinhas e as plantas selvagens, mandou-nos a colaboração seguinte: "Inesperadamente, fui um dia destes abordado pelo cidadão da fotografia, que me perguntou se eu era português, pois me ouvira falar, mas não tinha a certeza. Estávamos os dois num restaurante, eu em galante companhia, o meu interlocutor sozinho. Quando lhe confirmei ser português, indagou logo se eu conhecia alguém de Tomar ou arredores. Por acaso até tem sorte, que sou correspondente de um modesto blogue dessa cidade, disse-lhe. Calha-me mesmo bem, atalhou. Andava preocupado, pois esta é já a quinta ou sexta tentativa de hoje, e já perdi a conta ao total desde meados do mês passado.
Trata-se do seguinte: Sou um apaixonado por essa terra e pela sua fabulosa janela em gótico flamejante, bem como pelo seu passado de capital templária. Por isso fiquei muito incomodado quando soube aqui há tempos, por um amigo de outro amigo de outro amigo, sabe como são estas coisas, que tencionavam fazer uma ampla frente da esquerda tomarense, para concorrer às autárquicas que, salvo erro, são em Outubro, não é verdade? Sim, mas não estou a ver... ia eu a retorquir quando fui interrompido. É muito simples. Trata-se de comunicar àquela gente que as coisas mudaram de tal forma, que agora já não há proletariado, nem campesinato. Agora é só precários, desempregados, reformados, aposentados e outros encostados. Daqui resulta uma situação trágica, agravada com os paraísos fiscais e a crise -há cada vez mais gente a viver à custa do orçamento de estado e cada vez menos contribuintes. Nestas condições, vai ser necessário emendar o velho lema "A cada um segundo as suas necessidades, de cada um segundo as suas capacidades". Estou a reformular essa questão e muitas outras, que tenciono publicar em breve sob o título genérico "O Capital, edição revista, corrigida e ampliada". Mas enquanto não sai, diga lá aos tomarenses, por favor, que para fazer uma coligação é necessário reunir primeiro, ouvir toda a gente e funcionar sempre por maioria, apurada em voto secreto. Caso contrário, nem valerá a pena perder tempo, pois os governos de partido único já deram o que tinham a dar, tanto a nível nacional com local. E, já agora, tenha a amabilidade de me fotografar ali na rua, que é para eles saberem quem lhe falou realmente. -Mas pode simplesmente dizer-me o seu nome... Não é conveniente, dadas as circunstâncias. Tenha paciência, tire-me lá a fotografia, para não haver dúvidas. Muitíssimo obrigado. E despediu-se com uma vénia.
Ainda mal refeito da surpresa, aqui vai o recado e a foto, para aquilo que entenderem ser conveniente. E se na verdade conhecem ou reconhecem o cavalheiro, digam-me alguma coisa que fiquei curioso. Cumprimentos do vosso Amadeu Anjos, que tenciona ir entrevistar o Amandie um dia destes. Concordam?
13 comentários:
Sim!! è mesmo o Finantial Times que o Karl está a ler, aliás ele NUNCA leu outra coisa!
Se ele tivesse lido Freud ou Jung nunca teria escrito Das Kapital da maneira que escreveu!
Tens um mamar muito doce...
É porque já não mamo de olhos fechados!
Mamas de qualquer maneira...não és esquisito!
E quem é que pode ser esquisito hoje em dia??
Olha o Durão Barroso!
Se esse é o teu modelo a seguir...
O modelo Darwiniano...
E a consciência possível!
Darwin? Desculpe mas não velo programas de culinária.
Desculpe sr. padre!!
A propósito de padre, sabe quantos canários cabem debaixo das saias de um padre?
Tanto hoje como antigamente a resposta será NENHUM! porque os padres não usavam saia, mas sim sotaina e hoje usam calças e uma opa ou lá o que é!
MAS se eu fosse padre e usasse saia, podia-lhe dizer que as andorinhas de Portugal, antes que partissem para Àfrica, viriam ter comigo...
Saia ou sotaina tanto faz. O efeito é o mesmo!
Pois bem, a quantidade de canários que cabe debaixo da saia/sotaina dum padre depende do tamanho do poleiro.
Eu sei!!
Por isso, peço-lhe para reler o 2º parágrafo do meu comentário!!
Ou só funciona com canários??
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