PSD/TOMAR REFORÇA-SE

Fonte social-democrata de confiança informou-nos hoje que finalmente Rosário Simões tem o 3º lugar garantido, na lista para a autarquia, por imposição Paiva/Relvas. Disse-nos também que em 4º lugar o PSD apresentará o Eng. Técnico Farinha Perfeito, ex-chefe da Divisão de Obras Municipais, agora na situação de aposentado. Questionado sobre as reais hipóteses da nova escolha, garantiu-nos que, caso não entre de início, entrará a meio do mandato quando, conforme o acordado, Corvêlo de Sousa se aposentar e deixar a presidência para Carlos Carrão. Sobre Farinha Perfeito, adiantou que se trata de um excelente e experiente quadro dirigente, óptimo conhecedor da casa, acrescentando portanto à lista laranja uma dimensão técnica, que deixou de ter com a saída de António Paiva.

Sobre as hipóteses de vitória em Outubro, os dirigentes locais continuam convencidos de que é possível, embora talvez sem maioria absoluta. Contam com a ajuda de António Paiva para a campanha eleitoral, designadamente para os habituais debates, e não vêem neste momento quem lhe possa vir a fazer frente, com alguma hipótese de levar a melhor. "E se o PS perder as legislativas, então é trigo limpo e Farinha Amparo, visto que deixará de haver qualquer vantagem para os tomarenses em votar PS!", exclamou um dos nossos interlocutores.

Ao que conseguimos apurar, dúvidas, dúvidas, os da actual maioria camarária só têm duas, mas graves. A principal é a situação problemática do actual deputado Relvas, que corre sérios riscos de não figurar nas listas de candidatos, dadas as suas estreitas relações com Pedro Passos Coelho, adversário interno de Manuela Ferreira Leite, que persiste na sua tentativa de acabar com os baronatos no partido que dirige. Neste momento nada parece ainda definitivo, nem Relvas parece ter decidido ainda o que fará no caso de afastamento compulsivo da A.R.

A outra dúvida é de âmbito local. A cúpula social-democrata tem algum receio dos estragos que possa vir a provocar a candidatura do movimento "Tomar em primeiro lugar", que integra nomes de várias famílias tradicionais tomarenses (Mello e Castro Alvellos, Lebre, Oliveira Baptista, Mota Lima, Tamagnini, Redol, Schulz, Pedrosa Graça, etc.). Dado tratar-se de situação que ocorre pelo primeira vez desde o 25 de Abril, ninguém sabe ao certo qual o eventual peso eleitoral desse grupo, nem por conseguinte os votos que poderão vir a desviar do PSD.

A uma pergunta nossa acerca das outras formações, foram peremptórios e rápidos na resposta. Os esquerdistas (BE e CDU), não lhes dizem respeito. São votos de outra área política, afastada da social-democracia. As restantes formações "carecem de peso político e de credibilidade. Integram renegados do PSD e os eleitores não gostam mesmo nada de renegados."

Como escreveu, no seu blogue www.alguresaquiblogspot.com, Hugo Cristóvão, dirigente máximo dos socialistas a nível local (pelo menos nominalmente), "Em Tomar, para se vencer certas mentalidades e certas práticas, nem sendo o melhor do mundo." O actual presidente dos socialistas referia-se indeferimento da candidatura do conceituado matemático Pedro Antunes, pelos dirigentes do IPT, mas a sua frase tem implicações bem mais largas, conquanto não assumidas. Por enquanto?