segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Bela jogada de Luís Ferreira


Goste-se ou não de Luís Ferreira, forçoso é reconhecer que ao cabo de dois anos soube pôr fim a uma situação nada prestigiante para o PS, para o PSD ou mesmo para a política local. A coligação-post-eleitoral celebrada em Outubro de 2009 nunca passou afinal de um aborto, com os laranjas convencidos de que tinham comprado os eleitos socialistas para todo o serviço.  prova disso é que nunca acharam necessário qualquer tipo de diálogo. Nestas condições,  a recente ruptura da dita mancebia evidenciou coragem, coerência e respeito pela opinião dos eleitores, pois implicou a renúncia a vantagens materiais da ordem dos cinco mil euros mensais para cada um dos vereadores do PS. 
Após esse rompimento, logo imitado pelos social-democratas, ficou-se na expectativa em relação à atitude de Pedro Marques e dos IpT. Uma vez que José Vitorino e Luís Ferreira ousaram fazer o mais difícil, teria sido lógico que os outros dois oposicionistas procurassem "acertar agulhas" com os seus homólogos, no sentido de encontrar a melhor solução para a grave crise local. Infelizmente, o tempo passou e nada aconteceu nessa área. Pedro Marques  perdeu assim mais uma excelente ocasião para marcar a diferença, agindo em prol dos interesses dos tomarenses.
Quiçá farto de esperar e angustiado perante tanta inépcia, Luís Ferreira acaba de realizar mais uma jogada feliz. Em declarações à Rádio Hertz, alegando que a autarquia vive ao Deus dará, mostra-se favorável a eleições intercalares, como a melhor saída para a presente crise, aproveitando para implicitamente desafiar Pedro Marques. No seu entender, caso o líder dos IpT aceite uma renúncia colectiva, pode contar com igual atitude por parte dos socialistas, o que obrigaria à convocação de eleições, visto que o PSD ficaria sem quórum para reunir ou tomar qualquer decisão.
A bola está agora no campo de Pedro Marques e Graça Costa, que vão ser forçados a agir, ainda que o não queiram. Ou aceitam o oportuno repto lançado por Luís Ferreira, sentando-se à mesma mesa e conversando, tendo em vista eventuais futuras acções conjuntas; ou recusam qualquer conversa e não alinham na renúncia colectiva, pelo que passarão a ser considerados cúmplices objectivos da cegada social-democrata local. Têm a palavra os IpT. Contudo, se até na Assembleia Municipal já há "ratos a abandonar o navio" em grupos de três, manifestamente o naufrágio não deve tardar, que os roedores são animais extraordinariamente inteligentes e de raciocínio ultra-rápido. Sobretudo os mais velhos.


Post Scriptum
Entretanto o vereador socialista transcreveu em vamosporaqui.blogspot.com o seu comentário supracitado, acompanhando-o com uma curta introdução que vale a pena ler, porque transpira sinceridade e seriedade.

1 comentário:

Pata Brava Tomarense disse...

Pedro Marques está acabado em Tomar e os IpT são uma cambada de velhos mas averigue senhor professor Rebelo se Luís Ferreira vai perder mesmo os 5000 euros. Sabe caro professor estes abutres de vão de escada só pensam nos seus interesses pessoais e patrimoniais. Nada se provou porque a informática ainda estava na pré-história mas o senhor professor sabe muito bem quem granjeou património imobiliário à custa de negociatas com testas de ferro. Foi um ex-presidente da edilidade tomarense. Como nada se provou então ainda por aqui anda não será? Mas o povo não é parvo e por isso nunca mais ganhou em nada ou estarei enganado?